02 dezembro, 2018

AGUILAR, Eduardo de - ENTRE ESPADAS E AMORES : romance do tempo de Luis XV. Lisboa, Livraria Popular de Francisco Franco (Casa fundada em 1890), [1925]. In-8.º (18 cm) de 576 p. ; C.
1.ª edição.
Romance histórico ao gosto da época, dedicado pelo autor a Magalhães Lima.
Capa de Alfredo de Moraes.
"No ano de 1714, Luis XV de França, sentindo-se bastante doente, fez-se transportar de Paris para Versailles, sitio da sua predilecção, mas deveras detestado pelo seu primeiro ministro Colbert, muito principalmente desde que o rei, numa noite celebre de 1684, recebera por esposa, clandestinamente, a senhora de Mantenon, de quem existiam dois filhos, o duque de Maine e o conde de Tolosa. A senhora de Mantenon, viuva do poeta burlesco Scarron, mostrava umas certas disposições para o trono, mas elas mais se acentuaram quando o arcebispo de Paris se prestara á indignidade da ceremonia do casamento, deitando-lhe a benção nupcial.
O rei contava, então, quarenta e sete anos de edade e ela uns cincoenta.
Quando, pois, Luis XV se instalou em Versailles, e a sua enfermidade se ia agravando a cada momento, a habil senhora, conhecendo muito bem as intenções do duque Filipe d'Orleans, pretendeu aniquila-las e, para isso, conseguiu um édito declarando dignos do trono os filhos legitimados do rei."
(Excerto da Introdução)
Eduardo de Aguilar (1875-1942). “Nasceu no Porto a 5 de Março de 1875, falecendo em Lisboa no ano de 1942. Além da função de contabilista que exerceu mais tardiamente, é com ligação à área das letras, nomeadamente através da actividade jornalística, que Eduardo de Aguilar se estreia no plano profissional. Com uma obra literária de cariz popular que oscila entre a tendência neo-romântica e incursões no realismo, Eduardo de Aguilar foi autor do livro de versos Cantigas à Bandarra (1924), a única obra poética que se lhe conhece, tendo-se destacado, sobretudo, enquanto romancista e autor dramático. No âmbito do romance, género a partir do qual granjeou a simpatia da crítica jornalística, publicou, no ano de 1912, A morgadinha de Silvares, a edição a favor da Sociedade das Escolas Liberais intitulada De profundis e O mistério da ressurreição. No ano seguinte, foi autor do romance Tragédias de Roma, que atraiu a atenção e as melhores críticas da imprensa da época, e, em 1921, publicou Amores Trágicos e o romance realista A caminho das trevas. Seguiram-se-lhes Almas gentis de namorados e Os fidalgos do cruzeiro, ambos publicados em 1922, e posteriormente O ilustre Bernardo, Vida de miseráveis e Entre espadas e amores, tendo sido ainda autor do romance campestre Os sinos da minha aldeia (1941)."
(Fonte: http://vcp.ul.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=43&Itemid=122#porto_01)
Exemplar cartonado, aparado, em bom estado de conservação. Capas apresentam falhas marginais.
Muito invulgar.
Indisponível

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