15 dezembro, 2018

HUGO, Victor - NAPOLEÃO O PEQUENO. Volume I [Volume II e Volume III]. Lisboa, Empreza da Historia de Portugal : Sociedade editora, 1901. 3 vols in-8.º (18,5cm) de 158, [2] p. (I), 160 p. (II) e 156, [4] p. ; E. num único tomo. Col. Os Romances Celebres, X
Romance polémico de Victor Hugo em 3 volumes (completo). "Napoléon le Petit (no original) foi um romance político de Victor Hugo, publicado em 1852. Criticava o governo de Napoleão III e a política do Segundo Império Francês. Hugo viveu no exílio em Guernsey durante a maior parte do reinado de Napoleão III, e as suas críticas tiveram eco no país dado que era uma das personalidades mais proeminentes e respeitadas da época. Neste trabalho, pela primeira vez foi utilizado o "esquema" 2+2=5 como uma negação da verdade pela autoridade. A obra foi contrabandeada para França tendo sido utilizados os mais variados estratagemas de dissimulação (entre fardos de palha, latas de sardinha, etc.), para ser copiada e distribuída, e lida em reuniões secretas."
(Fonte: wikipédia)
"Quinta-feira 20 de Dezembro de 1848, achava-se em sessão a Assembleia constituinte, rodeada de um imponente desdobramento de tropas. Em seguida a leitura de um relatorio do representante Wladeck Rousseau, feito em nome da commissão encarregada de verificar o escrutinio da eleição á presidencia da Republica, relatorio onde se notava esta phrase que resumia todo o seu pensamento: «É o sello da sua inviolavel potencia que a propria nação, por meio d'esta admiravel execução dada á lei fundamental, colloca sobre a Constituição para a tornar sagrada e inviolavel»; no meio do profundo silencio dos novecentos constituintes reunidos em massa, o presidente da Assembleia nacional constituinte, Armando Marrast, levantou-se e disse:
«Em nome do povo francez;
«Atendendo que o cidadão Carlos Luiz Napoleão Bonaparte, nascido em Paris, possue as faculdades de elegibilidade prescriptas pelo pelo artigo 44 da Constituição;
«Attendendo que, no escrutinio aberto em todo o territorio da Republica para a eleição do presidente, reuniu a maioria absoluta dos suffragios;
«Em virtude dos artigos 47 e 48 da Constituição, a Assembleia nacional proclama-o presidente da Republica desde o presente dia até ao segundo domingo de Maio de 1852»."
(Excerto do Cap. I, O 20 de dezembro de 1848)
Encadernação editorial com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto do vol. I.
Invulgar.
10€

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