RIBA-DOURO, Denís de - CAVALEIRO E DEUS-MENINO. [Sangüineas de Gardy d'Arriaga]. [S.l.], [s.n. - Tipografia da L. C. G. G., Lisboa], [1927]. In-8.º (16x17 cm) de 75, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Obra poética baseada numa lenda antiga, tendo a Serra da Estrela como pano de fundo.
Livro belissimamente ilustrado com pequenas sanguíneas, em número de 17, coladas ao longo do texto.
"Cavaleiro e Deus-Menino é o título dum novo livro que a ilustre poetisa [Ilda Correia Leite (1907-?)] que tem por pseudónimo Diniz de Riba-Douro publicou, baseando-se numa lenda deliciosa engendrada pela alma romântica do nosso povo. Ao encanto dos versos juntam-se esplêndidas sangüineas de Gardy de Arriaga que mais fazem realçar a obra."
"Nas lombas da Serra da Estrela, orçando já pelos mil metros, ergue-se em aprazível estãncia, uma vetusta capela - a da Senhora do Espinheiro.
Situada no limite de Seia, a meio caminho do Sabugueiro, isolada quási no pendor grave da montanha, julgar-se-ia que apenas fôsse visitada por zagais e pastores, que ali dobrassem o joelho e murmurassem fervoroda prece, à hora em que o sol declina e o som argênteo das campânulas dos rebanhos são versos preciosos que já poeta algum soube rimar.
Mas não. A tôda a hora e de tôda a parte, dos alcantis sobranceiros ou da planície distante, da casa rica ainda quási feudal ou da cabana rupestre dum carvoeiro da torga, alguém encaminha seus passos e dirige seus olhares ansiosos para a Senhora do Espinheiro.
E não é - a Virgem nos perdoe - que as gentes de lá vão tenham a Senhora do Espinheiro por mais milagreira do que as Virgens que iluminam o âmbito das suas paróquias.
É que se venera também e principalmente na mesma capela a imagem mirífica dum Menino Jesus, que, indumentado de Marechal, - casaca de alamares, chapéu armado, esporins nas botas de cavaleiro, espada no cinturão e o globo na mão erguida, - espalha os seus milagres às mãos cheias.
Diz a lenda que vivendo em Seia duas rivais e poderosas famílias, numa delas havia prendada menina, formosa como as flores de Abril, e na outra bem composto mocetão, digno das invejas de Apolo.
Amavam-se os dois jovens perdidamente, ao geito português de outrora."
(Excerto do preâmbulo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Sem as capas originais. Conserva todas as gravurinhas intactas.
Muito invulgar.
Peça de colecção.
25€
31 dezembro, 2018
30 dezembro, 2018
PEREIRA, Joaquim António - ANGOLA, TERRA PORTUGUESA. Acções de guerra : vida no Sertão. Memórias e comentários. [Por]... Capitão de infantaria. Lisboa, Composição e impressão : Expansão Gráfica Livreira, Lda., 1947. In-8.º (20 cm) de 252, [4] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Memórias do autor, militar português destacado em Angola de 1907 a 1919.
Livro ilustrado em separado com um retrato de Madama S., esposa do autor.
"Numa tarde de Julho, abafadiça e ardente como chapa de ferro ignescente, embarco em Lisboa com destino a Angola. Preso de alma e coração, à saudade de Madama S., tomo lugar a bordo do paquete África, da Empresa Nacional de Navegação. [...]
O irrequietismo domina a saudade e é por isso pedido a João de Almeida que me requisite, individualmente, ao batalhão disciplinar, para fazer parte da coluna dos Dembos, isto, porque, sendo ajudante do batalhão disciplinar, não podia ser nomeado, em escala, para o serviço exterior.
Satisfeito o desejo, sou incorporado na coluna em organização, como comandante dum pelotão de sessenta praças indígenas, com dois sargentos euns tantos cabos europeus, além dum segundo cabo preto, de nome Pedro, perspicaz e inteligente."
(Excerto do Cap. I, Primeiras impressões)
"Posta a tropa em marcha, desembarco do comboio de caminho de ferro de Ambaca, em Cabiri, três horas depois, para bivacar em quadrado geométrico, ao ar livre, formação apropriada, nas colónias, a evitar os efeitos da surpresa do inimigo protegido pela floresta. Dentro do quadrado fica tudo voltado para fora: as bocas dos canos das espingardas, das metralhadoras e das peças de artilharia. [...]
O soldado preto é, na guerra de África elemento de primordial valor, elemento combativo de primeira grandeza, porque é sóbrio, paciente e valente. É um guerreiro temerário. Tem a consciência do que faz e marcha para a morte como se fora um autómato. Teve posição de destaque nas glõrias.
O soldado preto é imperturbável. Marcha com alimentação ou sem ela. Nada lhe faz falta, se nada houver para lhe entregar. Sob o comando do oficial português, é homem temível. Avança sempre; avança impassível da concentração para a sepultura. O soldado preto é guerreiro e intrépido.
Mas a guerra...
Que é a guerra?
É um sorvedouro de vidas, haveres e de reputações."
(Excerto do Cap. II, Guerra dos Dembos)
Índice:
I - Primeiras impressões. II - Guerra dos Dembos. III - Outras guerras, outros assuntos. IV - Guerra do Libolo. V - No Quartel General. VI - No Depósito de Degredados. VII - No Planalto de Benguela. VIII - Dembos. IX - Quartel General. X - Seles. XI - Decretaria Militar do Quanza. XII - Em Luanda. XIII - Revolta grave. XIV - Corpo de Polícia. XV - Regresso à Metrópole. XVI - Notas dispersas: - Bode espiatório; Combates em que tomei parte; A ordem; João de Almeida; Características de Angola: Ligeiras características de Angola - Orografia - Hidrografia - Geologia - Fauna terrestre - Fauna marítima - Clima - Flora - Viação ordinária - Caminhos de ferro - Cooperação dos nativos; No Gabinete de Massano de Amorim; Imposto de Cubata; Nome de Pessoas Ilustres; Comerciantes francos; Não nomeei subordinados; Produto do que eu fiz; As virtudes do Exército.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capas sujas, com mancha de humidade (visível também no retrato de Madama S.).
Raro.
Com interesse histórico.
20€
1.ª edição.
Memórias do autor, militar português destacado em Angola de 1907 a 1919.
Livro ilustrado em separado com um retrato de Madama S., esposa do autor.
"Numa tarde de Julho, abafadiça e ardente como chapa de ferro ignescente, embarco em Lisboa com destino a Angola. Preso de alma e coração, à saudade de Madama S., tomo lugar a bordo do paquete África, da Empresa Nacional de Navegação. [...]
O irrequietismo domina a saudade e é por isso pedido a João de Almeida que me requisite, individualmente, ao batalhão disciplinar, para fazer parte da coluna dos Dembos, isto, porque, sendo ajudante do batalhão disciplinar, não podia ser nomeado, em escala, para o serviço exterior.
Satisfeito o desejo, sou incorporado na coluna em organização, como comandante dum pelotão de sessenta praças indígenas, com dois sargentos euns tantos cabos europeus, além dum segundo cabo preto, de nome Pedro, perspicaz e inteligente."
(Excerto do Cap. I, Primeiras impressões)
"Posta a tropa em marcha, desembarco do comboio de caminho de ferro de Ambaca, em Cabiri, três horas depois, para bivacar em quadrado geométrico, ao ar livre, formação apropriada, nas colónias, a evitar os efeitos da surpresa do inimigo protegido pela floresta. Dentro do quadrado fica tudo voltado para fora: as bocas dos canos das espingardas, das metralhadoras e das peças de artilharia. [...]
O soldado preto é, na guerra de África elemento de primordial valor, elemento combativo de primeira grandeza, porque é sóbrio, paciente e valente. É um guerreiro temerário. Tem a consciência do que faz e marcha para a morte como se fora um autómato. Teve posição de destaque nas glõrias.
O soldado preto é imperturbável. Marcha com alimentação ou sem ela. Nada lhe faz falta, se nada houver para lhe entregar. Sob o comando do oficial português, é homem temível. Avança sempre; avança impassível da concentração para a sepultura. O soldado preto é guerreiro e intrépido.
Mas a guerra...
Que é a guerra?
É um sorvedouro de vidas, haveres e de reputações."
(Excerto do Cap. II, Guerra dos Dembos)
Índice:
I - Primeiras impressões. II - Guerra dos Dembos. III - Outras guerras, outros assuntos. IV - Guerra do Libolo. V - No Quartel General. VI - No Depósito de Degredados. VII - No Planalto de Benguela. VIII - Dembos. IX - Quartel General. X - Seles. XI - Decretaria Militar do Quanza. XII - Em Luanda. XIII - Revolta grave. XIV - Corpo de Polícia. XV - Regresso à Metrópole. XVI - Notas dispersas: - Bode espiatório; Combates em que tomei parte; A ordem; João de Almeida; Características de Angola: Ligeiras características de Angola - Orografia - Hidrografia - Geologia - Fauna terrestre - Fauna marítima - Clima - Flora - Viação ordinária - Caminhos de ferro - Cooperação dos nativos; No Gabinete de Massano de Amorim; Imposto de Cubata; Nome de Pessoas Ilustres; Comerciantes francos; Não nomeei subordinados; Produto do que eu fiz; As virtudes do Exército.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capas sujas, com mancha de humidade (visível também no retrato de Madama S.).
Raro.
Com interesse histórico.
20€
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*PEREIRA (Joaquim António),
1ª E D I Ç Ã O,
África,
Angola,
Autobiog./Memórias,
Colonização,
Exército,
Guerra,
História,
História de Portugal,
Militaria
29 dezembro, 2018
DÉSORMEAUX, Dr. - GERAÇÃO E FECUNDAÇÃO. 4.ª edição. Lisboa, Editor - João Carneiro : Livraria de João Carneiro & C.ᵀᴬ, [191-]. In-8.º (16,5cm) de 60, [4] p. ; B. Bibliotheca Sexual, N.º 2
Interessante trabalho sobre o assunto presente à luz dos conhecimentos da época."A transformação propriamente dita da donzella em mulher não se limita apenas ás modificações que acabamos de apontar e que, não ha duvida, imprimem uma consideravel differença do caracter e na economia geral, independentemente d'uma série de affecções ou disposições morbidas que provocam, mas que em breve desapparecem.
Essa transformação não se completa tambem sômente com a desfloração, ou rompimento da membrana hymen, o que equivale a dizer como o inicio dos prazeres sexuaes.
É certo que os primeiros gosos do amor augmentam a energia do systena circulatorio do sangue e, por isso mesmo, os vasos arteriaes levam mais calor e mais vida a todas as partes do corpo.
A satisfação dos desejos e das necessidades a que conduz a união dos sexos dá egualmente uma nova disposição ás faculdades intellectuaes.
A donzella, ha pouco timida, torna-se desembaraçada; a timidez transforma-se-lhe em confiança e até em audacia no desejo; os movimentos são mais livres, o andar mais meneiado, na conversação, a voz é menos incerta. sonora e, emfim, todo o porte se apresenta mais resoluto."
(Excerto do Cap. II, Segredos da fecundação)
Summario:
I - Destino dos sexos. II - Segredos da fecundação - A concepção - III - A fecundação. IV - Influencia do estado physico sobre a fecundação. V - Previsões dos sexos (Determinismo sexual).
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
A BNP possui apenas um exemplar no seu acervo.
20€
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*DÉSORMEAUX (Dr.),
Curiosidades,
Erotismo,
Estudos médicos,
Literatura erótica,
Psiquiatria,
Saúde,
Sexualidade
28 dezembro, 2018
GRAVE, João - O SANTO. Porto, Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, L.ᴰᴬ, 1927. In-8.º (18,5cm) de 234, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de novelas campestres, das quais sobressaem duas de índole histórica - O Santo e A punição: na primeira, o eremita frei Múnio, tem de lidar com os seus anseios e tentações, numa luta permanente entre o bem e o mal; na segunda, D. Vasco Gil, poderoso rico homem de Riba Fria, tem de lidar com as suspeitas de infidelidade de sua esposa, D. Leonor Alvim.
"O coração de frei Múnio não era agora árido como torrão estéril e requeimado em que não desabrochassem a graça e o viço duma flor. O isolamento na montanha, longe de todo o tumulto e de tôda a inquietação humana, déra-lhe, com a serenidade que o pacificou, uma fé profunda que havia de renová-lo, iluminando-o duma claridade espiritual. Da sua memória, outrora tão prêsa às coisas terrestres, pudera êle expulsar, depois de longo tempo de oração e penitência, prosternado ante a cruz e a caveira que tinha na sua cabana, sôbre um altar erguido por suas próprias mãos, as imagens voluptuosas da flor da mocidade. Sempre que no seu organismo a carne pecaminosa e tentadora se revoltava, logo frei Múnio se apressava a castigá-la com disciplinas que a cada golpe lhe faziam borbulhar o sangue no corpo. Infligia-se torturas físicas, como os estoicos: e só deixava de punir-se com dureza, para sublimar-se de pensamentos ou desejos impuros, quando os seus braços tombavam desfalecidos de fadiga."
(Excerto de O Santo)
Novelas:
- O Santo. - O ladrão. - A punição. - A morta romântica. - A herança.
João José Grave (1872-1934). “Foi um escritor e jornalista português. Autor de obras de ficção, crónica, ensaio e poesia. Como jornalista chefiou a redacção do Diário da Tarde e colaborou nos jornais Província, Século e Diário de Notícias, e em vários órgãos da imprensa brasileira. Foi director da Biblioteca Municipal do Porto e dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal. A nível literário, esteve inicialmente próximo dos naturalistas, notando-se influências de Emílio Zola. Depois enveredou pelo romance de costumes.”
Encadernação editorial com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Conjunto de novelas campestres, das quais sobressaem duas de índole histórica - O Santo e A punição: na primeira, o eremita frei Múnio, tem de lidar com os seus anseios e tentações, numa luta permanente entre o bem e o mal; na segunda, D. Vasco Gil, poderoso rico homem de Riba Fria, tem de lidar com as suspeitas de infidelidade de sua esposa, D. Leonor Alvim.
"O coração de frei Múnio não era agora árido como torrão estéril e requeimado em que não desabrochassem a graça e o viço duma flor. O isolamento na montanha, longe de todo o tumulto e de tôda a inquietação humana, déra-lhe, com a serenidade que o pacificou, uma fé profunda que havia de renová-lo, iluminando-o duma claridade espiritual. Da sua memória, outrora tão prêsa às coisas terrestres, pudera êle expulsar, depois de longo tempo de oração e penitência, prosternado ante a cruz e a caveira que tinha na sua cabana, sôbre um altar erguido por suas próprias mãos, as imagens voluptuosas da flor da mocidade. Sempre que no seu organismo a carne pecaminosa e tentadora se revoltava, logo frei Múnio se apressava a castigá-la com disciplinas que a cada golpe lhe faziam borbulhar o sangue no corpo. Infligia-se torturas físicas, como os estoicos: e só deixava de punir-se com dureza, para sublimar-se de pensamentos ou desejos impuros, quando os seus braços tombavam desfalecidos de fadiga."
(Excerto de O Santo)
Novelas:
- O Santo. - O ladrão. - A punição. - A morta romântica. - A herança.
João José Grave (1872-1934). “Foi um escritor e jornalista português. Autor de obras de ficção, crónica, ensaio e poesia. Como jornalista chefiou a redacção do Diário da Tarde e colaborou nos jornais Província, Século e Diário de Notícias, e em vários órgãos da imprensa brasileira. Foi director da Biblioteca Municipal do Porto e dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal. A nível literário, esteve inicialmente próximo dos naturalistas, notando-se influências de Emílio Zola. Depois enveredou pelo romance de costumes.”
Encadernação editorial com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível
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*GRAVE (João),
1ª E D I Ç Ã O,
Contos / Novelas,
Literatura Portuguesa,
Romance Histórico
27 dezembro, 2018
VAZ, Tenente Rebocho - OSSADAS DA GUERRA. (Jornal da Flandres). 1.º milhar. Aveiro, Composto e impresso na Tipografia «Minerva Central», 1921. In-8.º (20cm) de 197, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Capa: "Atelier Íbis CB".
Importante obra coeva sobre a 1.ª Guerra Mundial. Trata-se das memórias do autor, tenente de infantaria do C. E. P. destacado na Flandres, escrita sem preocupações literárias, nem artifícios históricos.
Obra de referência, e uma das mais interessantes que sobre a Grande Guerra se publicaram entre nós. Dedicada por Rebocho Vaz "Á gloriosa Infantaria : Á gloriosa Artilharia - Ás armas gemeas que em tantas tardes de victória e dôr ergueram para o céu da Flandres o seu sonóro grito de Epopeia...".
Na contracapa do livro está impresso a informação de que se encontra no prelo a 2.ª parte de Ossadas da Guerra, com o subtítulo (na recoca). Nada foi possível apurar sobre esta, que julgamos, nunca terá sido publicada.
Livro valorizado pela dedicatória manuscrita do autor, não autografada.
"Ossadas da guerra...
Assim quiz chamar a este livro - morno ainda das cinzas do grande brazeiro, ainda quente do sangue generoso dos Herois!
A historia da guerra está feita? Não.
Não ha senão literatura arrebicada, artificial sem nervos nem estremecimentos morais, ilustrando o fundo das gazetas e o locanismo nacional, e apenas este linfafatismo ridiculo, quasi todo exprimido á custa das frivoleiras dos «que não foram á guerra» enriquece a arteria da historia - a nossa pobre historia da guerra.
Daqui o desconhecimento mais ou menos pormenorisado do nosso singular drama no grande Conflito Europeu. Toda essa agitada e horrivel tranquilidade da onda submersa - a grande onda tragica e sangrenta - os seus dramas sombrios, as resignadas tragedias, as humilhações, revoltas, tédio, saudades e torpezas vis, abnegados sacrificios, heroismo, dôres, - todo esse afogueado rescaldo que faísca no misterio das noites famosas e violentas do Front, ninguem o palpou, ninguem o ascultou ainda.
Ora com olhar ainda desvairado das vertigens macabras, eu debruçando-me para o meu antigo poço de soldado - poço de visões e horriveis destroços - alinhavei desartificiosamente as linhas que vão lêr-se, e fiz este livro.
A linguagem é a minha linguagem, é aquela palavra rude que eu não tratei de cuidar e comigo falava nas trincheiras o meu glorioso serrano de olhar de febre.
Eu não quiz fazer literatura, mas sim guerra.
Preocupou-me a verdade, violenta, inexoravel, rude! Assim a vasei nestas paginas sem arte, e daqui nasceu o titulo que dei a este livro.
Ossadas da guerra...
Sim porque é entre tumulos que escrevo!
... ossadas tumultuosas, carcomidas, funebres, espalhadas ao Deus dará, uma prodigalidade sinistra, sobre o chão de lama e sangue das «Terras de Ninguem»; ossadas perdidas, desse colossal e fantastico esqueleto da Grande Guerra - o esqueleto do nosso esforço, da nossa Epopeia - em clarões de morte e ilumindas pela tragica luz dos very-lights!"
(Prólogo)
Matérias:
Nas avançadas: I - A patrulha de reconhecimento. II - A patrulha de escuta. III - S. O. S. ! (Save Our Souls). IV - No Man's Land. V - A 1.ª linha. VI - O very-light verde. VII - O Maqueiro. VIII - A ordenança. IX - O Sinaleiro. X - A Trincheira de comunicação. XI - O Alferes de Infantaria. XII - O Sargento. XIII - O Apoio. XIV - O Rancheiro. XV - O Tenente. XVI - O Comandante de Companhia. XVII - B. Line. XVIII - A 3.ª Linha. XIX - O Museu. XX - O Batalhão. XXI - A firma do "Bate e Foge". XXII - "No estaminet". XXIII - O provisor e o vague-mestre. XXIV - Artilharia ! XXV - Em Laventie. XXVI - Os Heróis da Grande Guerra.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito raro.
Com interesse histórico.
Indisponível
1.ª edição.
Capa: "Atelier Íbis CB".
Importante obra coeva sobre a 1.ª Guerra Mundial. Trata-se das memórias do autor, tenente de infantaria do C. E. P. destacado na Flandres, escrita sem preocupações literárias, nem artifícios históricos.
Obra de referência, e uma das mais interessantes que sobre a Grande Guerra se publicaram entre nós. Dedicada por Rebocho Vaz "Á gloriosa Infantaria : Á gloriosa Artilharia - Ás armas gemeas que em tantas tardes de victória e dôr ergueram para o céu da Flandres o seu sonóro grito de Epopeia...".
Na contracapa do livro está impresso a informação de que se encontra no prelo a 2.ª parte de Ossadas da Guerra, com o subtítulo (na recoca). Nada foi possível apurar sobre esta, que julgamos, nunca terá sido publicada.
Livro valorizado pela dedicatória manuscrita do autor, não autografada.
"Ossadas da guerra...
Assim quiz chamar a este livro - morno ainda das cinzas do grande brazeiro, ainda quente do sangue generoso dos Herois!
A historia da guerra está feita? Não.
Não ha senão literatura arrebicada, artificial sem nervos nem estremecimentos morais, ilustrando o fundo das gazetas e o locanismo nacional, e apenas este linfafatismo ridiculo, quasi todo exprimido á custa das frivoleiras dos «que não foram á guerra» enriquece a arteria da historia - a nossa pobre historia da guerra.
Daqui o desconhecimento mais ou menos pormenorisado do nosso singular drama no grande Conflito Europeu. Toda essa agitada e horrivel tranquilidade da onda submersa - a grande onda tragica e sangrenta - os seus dramas sombrios, as resignadas tragedias, as humilhações, revoltas, tédio, saudades e torpezas vis, abnegados sacrificios, heroismo, dôres, - todo esse afogueado rescaldo que faísca no misterio das noites famosas e violentas do Front, ninguem o palpou, ninguem o ascultou ainda.
Ora com olhar ainda desvairado das vertigens macabras, eu debruçando-me para o meu antigo poço de soldado - poço de visões e horriveis destroços - alinhavei desartificiosamente as linhas que vão lêr-se, e fiz este livro.
A linguagem é a minha linguagem, é aquela palavra rude que eu não tratei de cuidar e comigo falava nas trincheiras o meu glorioso serrano de olhar de febre.
Eu não quiz fazer literatura, mas sim guerra.
Preocupou-me a verdade, violenta, inexoravel, rude! Assim a vasei nestas paginas sem arte, e daqui nasceu o titulo que dei a este livro.
Ossadas da guerra...
Sim porque é entre tumulos que escrevo!
... ossadas tumultuosas, carcomidas, funebres, espalhadas ao Deus dará, uma prodigalidade sinistra, sobre o chão de lama e sangue das «Terras de Ninguem»; ossadas perdidas, desse colossal e fantastico esqueleto da Grande Guerra - o esqueleto do nosso esforço, da nossa Epopeia - em clarões de morte e ilumindas pela tragica luz dos very-lights!"
(Prólogo)
Matérias:
Nas avançadas: I - A patrulha de reconhecimento. II - A patrulha de escuta. III - S. O. S. ! (Save Our Souls). IV - No Man's Land. V - A 1.ª linha. VI - O very-light verde. VII - O Maqueiro. VIII - A ordenança. IX - O Sinaleiro. X - A Trincheira de comunicação. XI - O Alferes de Infantaria. XII - O Sargento. XIII - O Apoio. XIV - O Rancheiro. XV - O Tenente. XVI - O Comandante de Companhia. XVII - B. Line. XVIII - A 3.ª Linha. XIX - O Museu. XX - O Batalhão. XXI - A firma do "Bate e Foge". XXII - "No estaminet". XXIII - O provisor e o vague-mestre. XXIV - Artilharia ! XXV - Em Laventie. XXVI - Os Heróis da Grande Guerra.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito raro.
Com interesse histórico.
Indisponível
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§ AUTÓGRAFOS,
*VAZ (Tenente Rebocho),
1ª E D I Ç Ã O,
1ª Guerra Mundial,
Autobiog./Memórias,
Crónicas,
História,
História de Portugal
26 dezembro, 2018
TABORDA, Vergílio - ALTO TRÁS-OS-MONTES : estudo geográfico. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932. In-8.º (22,5cm) de XI, [1], 224, [2] p. ; [8] f. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Dissertação de Doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Ciências Geográficas).
Ilustrada no texto com tabelas, e em separado com desdobráveis e fotogravuras impressas sobre papel couché.
"Êste livro pretende ser uma contribuição para o estudo geográfico de Portugal como ela se me afigura mais útil, quer dizer sob a forma de monografia regional. Com efeito, só depois duma série de trabalhos desta natureza, de pacientes e minuciosos inquéritos que cinjam tanto quanto possível toda a realidade geográfica nos seus múltiplos aspectos dentro dos vários pequenos quadros regionais, só depois disso será possível ensaiar-se um grande e sério trabalho de síntese geográfica do país."
(Excerto do Prefácio)
"A região que se designa aqui por Trás-os-Montes compreende apenas uma parte, embora a maior parte, da província interior do além Douro. Quem da Régua sobe para Chaves nota, passada Vila Real, uma mudança de aspectos e de paisagem: entra-se no Alto Trás-os-Montes.
Com ter características geográficas próprias, a região do Alto Trás-os-Montes integra-se num todo maior que é a província transmontana. Quem diz província diz unidade histórica. Mergulhado no isolamento das suas montanhas e vales profundos, privados de estradas e caminhos acessíveis, à margem da circulação que animava o litoral do país, de natureza rude, clima excessivo, solo em regra pouco fértil, habitado por uma grei rural que, mantendo uma tradição comunalista vivaz, praticava uma agricultura primitiva e criava os seus gados, bastando-se a si própria, Trás-os-Montes oferece desde cedo uma fisionomia peculiar que o distingue das outras regiões de Portugal."
(Excerto de A região e os seus limites)
Índice:
I - A região e os seus limites. II - Os materiais do solo. III - O relêvo do solo. IV - Clima. V - Revestimento vegetal. VI - As culturas. VII - Criação de gado. VIII - Propriedade e exploração do solo. IX - Relações económicas. X - A habitação e as povoações. XI - A população.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico, antropológico e etnográfico.
Indisponível
1.ª edição.
Dissertação de Doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Ciências Geográficas).
Ilustrada no texto com tabelas, e em separado com desdobráveis e fotogravuras impressas sobre papel couché.
"Êste livro pretende ser uma contribuição para o estudo geográfico de Portugal como ela se me afigura mais útil, quer dizer sob a forma de monografia regional. Com efeito, só depois duma série de trabalhos desta natureza, de pacientes e minuciosos inquéritos que cinjam tanto quanto possível toda a realidade geográfica nos seus múltiplos aspectos dentro dos vários pequenos quadros regionais, só depois disso será possível ensaiar-se um grande e sério trabalho de síntese geográfica do país."
(Excerto do Prefácio)
"A região que se designa aqui por Trás-os-Montes compreende apenas uma parte, embora a maior parte, da província interior do além Douro. Quem da Régua sobe para Chaves nota, passada Vila Real, uma mudança de aspectos e de paisagem: entra-se no Alto Trás-os-Montes.
Com ter características geográficas próprias, a região do Alto Trás-os-Montes integra-se num todo maior que é a província transmontana. Quem diz província diz unidade histórica. Mergulhado no isolamento das suas montanhas e vales profundos, privados de estradas e caminhos acessíveis, à margem da circulação que animava o litoral do país, de natureza rude, clima excessivo, solo em regra pouco fértil, habitado por uma grei rural que, mantendo uma tradição comunalista vivaz, praticava uma agricultura primitiva e criava os seus gados, bastando-se a si própria, Trás-os-Montes oferece desde cedo uma fisionomia peculiar que o distingue das outras regiões de Portugal."
(Excerto de A região e os seus limites)
Índice:
I - A região e os seus limites. II - Os materiais do solo. III - O relêvo do solo. IV - Clima. V - Revestimento vegetal. VI - As culturas. VII - Criação de gado. VIII - Propriedade e exploração do solo. IX - Relações económicas. X - A habitação e as povoações. XI - A população.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico, antropológico e etnográfico.
Indisponível
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*TABORDA (Vergílio),
1ª E D I Ç Ã O,
Antropologia,
Estudos estatísticos,
Estudos técnicos,
Etnografia,
Geografia,
História,
Monografias,
Teses/Dissertações Universitárias,
Trás-os-Montes
25 dezembro, 2018
O MEU GUIA : para todas as categorias de pessôas. [S.l.], [s.n.], [192-]. In-8.º (6,5x13cm) de 192 p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Bonito guia de orações, ilustrado em todas as páginas com belas vinhetas tipográficas.
Índice:
Orações da Manhã - Padre nosso; Ave Maria; Credo; Actos de fé, de esperança e de caridade; Acto de agradecimento. Orações da Noite - Angelus Domini; Oração pelo Papa e pela Egreja; Oração de uma esposa e mãe á Ss. Virgem; Oração por pae e mãe. A Santa Missa. Ordinario da Missa. Orações para a Confissão - Para antes da Confissão; Exame de consciencia; Oração para depois do exame; Acção de graças para depois da confissão. Orações para a Communhão - Desejos de Commungar; Oração para antes da Communhão; Acção de graças para depois da Communhão; Oração a Nossa Senhora; Rosario das almas; Devoção ao sagrado Coração de Jesus; Consagração ao S. Coração de Maria; Cantico de Nossa Senhora; Ladainha de Nossa Senhora; Novena das Almas do Purgatorio; Para obter a intercessão de S. Gregorio Papa; Oração pelas Almas do Purgatorio; Via Sacra; Hymno de S. Ambrosio e S. Agostinho; Ao glorioso São José; Responso a S. Antonio; Visita ao SS. Sacramento; Ladainha do SS. Sacramento; Ladainha do Santissimo Nome de Jesus; Salve Rainha.
Encadernação almofadada inteira de pele com crucifixo gravado a seco e a ouro na pasta anterior. Corte das folhas em dourado.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Manuseado, com pequenos defeitos marginais. Com dedicatória manuscrita no verso da guarda anterior.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Indisponível
1.ª edição.
Bonito guia de orações, ilustrado em todas as páginas com belas vinhetas tipográficas.
Índice:
Orações da Manhã - Padre nosso; Ave Maria; Credo; Actos de fé, de esperança e de caridade; Acto de agradecimento. Orações da Noite - Angelus Domini; Oração pelo Papa e pela Egreja; Oração de uma esposa e mãe á Ss. Virgem; Oração por pae e mãe. A Santa Missa. Ordinario da Missa. Orações para a Confissão - Para antes da Confissão; Exame de consciencia; Oração para depois do exame; Acção de graças para depois da confissão. Orações para a Communhão - Desejos de Commungar; Oração para antes da Communhão; Acção de graças para depois da Communhão; Oração a Nossa Senhora; Rosario das almas; Devoção ao sagrado Coração de Jesus; Consagração ao S. Coração de Maria; Cantico de Nossa Senhora; Ladainha de Nossa Senhora; Novena das Almas do Purgatorio; Para obter a intercessão de S. Gregorio Papa; Oração pelas Almas do Purgatorio; Via Sacra; Hymno de S. Ambrosio e S. Agostinho; Ao glorioso São José; Responso a S. Antonio; Visita ao SS. Sacramento; Ladainha do SS. Sacramento; Ladainha do Santissimo Nome de Jesus; Salve Rainha.
Encadernação almofadada inteira de pele com crucifixo gravado a seco e a ouro na pasta anterior. Corte das folhas em dourado.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Manuseado, com pequenos defeitos marginais. Com dedicatória manuscrita no verso da guarda anterior.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Indisponível
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1ª E D I Ç Ã O,
Guias,
Literatura religiosa,
Religião
24 dezembro, 2018
COSTA-SACADURA, S. da - A DESPOPULAÇÃO EM PORTUGAL E O ABÔRTO CRIMINOSO. Por... Sociedade das Sciencias Medicas de Lisboa. Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia «O Seculo», 1923. In-8.º (20cm) de 20 p. ; [1] desdobr. ; B.
1.ª edição.
Alocução do Prof. Costa Sacadura a propósito do decréscimo da população portuguesa verificado no 1.º quartel do século XX, associado à problemática do aborto.
Inclui em folha desdobrável um quadro estatístico - "Taxas do movimento fisiológico" - relativo aos anos 1913-1918, em Lisboa e Portugal, e resumidamente, no final, o Número de doentes admitidos nos hospitais civis de Lisboa por acidentes de gravidez e do puerpério; Óbitos por septicémia puerperal e outros acidentes da gravidez e parto (1913-1921); Autópsias feitas em fetos no Instituto de Medicina Legal (1911-1922).
"Mirabeau pressentiu há século e meio a crise que assola actualmente uma grande parte da Europa, Portugal compreendido.
Para o nosso caso restricto, que é aquêle que mais directamente nos interessa, as estatísticas falam claro, e a análise do estado social do nosso povo leva-nos a afirmar: Se os portugueses não têm mais filhos é porque não querem tê-los.
E porque o não querem?
O estudo minucioso dêste assunto é tão interessante como difícil."
(Excerto do texto)
Sebastião Cabral da Costa Sacadura (1872?-1966). "Foi professor catedrático da Faculdade de Medicina de Lisboa. Nasceu no concelho de Mangualde, a 17 de Julho de 1872. Formou-se na antiga Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, em 1898. Desempenhou vários cargos de chefia em diferentes clínicas e hospitais. Foi também professor catedrático até 1943. Fez parte de numerosas comissões de reforma do ensino de obstetrícia, puericultura e enfermagem, sanidade escolar e educação física. Em 1902, instituiu a primeira consulta pré-natal portuguesa. Promoveu, participou e distinguiu-se em vários congressos e seminários e recebeu várias condecorações, entre outras, as de oficial e comendador da Ordem de Santiago de Espada e comendador da Ordem de Instrução Pública. Chefiou, ainda, a direcção do Arquivo de Obstetrícia e Ginecologia e foi redactor no Jornal das Sociedades Médicas, no Portugal Médico e na Imprensa Médica."
(Fonte: http://teoriadojornalismo.ufp.edu.pt/inventarios/sacadura-c-1945)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar.
Indisponível
1.ª edição.
Alocução do Prof. Costa Sacadura a propósito do decréscimo da população portuguesa verificado no 1.º quartel do século XX, associado à problemática do aborto.
Inclui em folha desdobrável um quadro estatístico - "Taxas do movimento fisiológico" - relativo aos anos 1913-1918, em Lisboa e Portugal, e resumidamente, no final, o Número de doentes admitidos nos hospitais civis de Lisboa por acidentes de gravidez e do puerpério; Óbitos por septicémia puerperal e outros acidentes da gravidez e parto (1913-1921); Autópsias feitas em fetos no Instituto de Medicina Legal (1911-1922).
"Mirabeau pressentiu há século e meio a crise que assola actualmente uma grande parte da Europa, Portugal compreendido.
Para o nosso caso restricto, que é aquêle que mais directamente nos interessa, as estatísticas falam claro, e a análise do estado social do nosso povo leva-nos a afirmar: Se os portugueses não têm mais filhos é porque não querem tê-los.
E porque o não querem?
O estudo minucioso dêste assunto é tão interessante como difícil."
(Excerto do texto)
Sebastião Cabral da Costa Sacadura (1872?-1966). "Foi professor catedrático da Faculdade de Medicina de Lisboa. Nasceu no concelho de Mangualde, a 17 de Julho de 1872. Formou-se na antiga Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, em 1898. Desempenhou vários cargos de chefia em diferentes clínicas e hospitais. Foi também professor catedrático até 1943. Fez parte de numerosas comissões de reforma do ensino de obstetrícia, puericultura e enfermagem, sanidade escolar e educação física. Em 1902, instituiu a primeira consulta pré-natal portuguesa. Promoveu, participou e distinguiu-se em vários congressos e seminários e recebeu várias condecorações, entre outras, as de oficial e comendador da Ordem de Santiago de Espada e comendador da Ordem de Instrução Pública. Chefiou, ainda, a direcção do Arquivo de Obstetrícia e Ginecologia e foi redactor no Jornal das Sociedades Médicas, no Portugal Médico e na Imprensa Médica."
(Fonte: http://teoriadojornalismo.ufp.edu.pt/inventarios/sacadura-c-1945)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar.
Indisponível
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*COSTA SACADURA (Sebastião Cabral da),
1ª E D I Ç Ã O,
Abrunhosa-a-Velha,
Conferências / Discursos,
Estudos estatísticos,
História,
Medicina,
Saúde
23 dezembro, 2018
ROMÃO, José Arez - PORTUGAL NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL : PORTUGAL IN THE FIRST WORLD WAR. [Lisboa], Lusitania Companhia de Seguros, SA : Grupo Montepio Geral, 2004. In-fólio (30 cm) de LVII, [3] p. (WW1) ; 76, [4] p. (Relatório Lusitania) ; B.
1.ª edição.
Trabalho de fundo sobre a 1.ª Guerra Mundial que integra o Relatório e Contas da Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. referente ao ano de 2003, desenvolvido propositadamente para esta publicação, em espaço à parte.
Edição luxuosa, bilíngue (português/inglês), impressa em papel de superior qualidade, profusamente ilustrada com mapas e fotografias a p.b. relacionadas com o conflito.
Capa: "A Infantaria Portuguesa avança para a frente de combate, com determinação, tendo por fundo um cenário de destruição, enquanto as populações fogem em sentido inverso." Quadro a óleo da autoria de Sousa Lopes, existente no Museu Militar, em Lisboa.
"Poucos Portugueses e, se exceptuados os estudiosos, praticamente nenhum estrangeiro conhece a participação da pequena casa Lusitana no primeiro conflito mundial e, todavia, esta, para além do elevado contributo de sangue dos soldados portugueses na defesa de solo francês, representou um enorme esforço humano e material e que muito influenciou o curso da nossa história.
Efectivamente, para além de confrontos militares com o exército alemão, em duas frentes africanas, uma no sul de Angola e outra no Norte de Moçambique, territórios onde estiveram envolvidas forças expedicionárias de 19.438 homens, em Moçambique e de 12.500 em Angola além de mais de 100.000 nativos entre pessoal militarizado e carregadores, Portugal deu às Nações Aliadas o seu contributo através do envio para a Flandres de um Corpo de Exército constituído por 59.383 homens, dos quais 2.122 oficiais, 2.879 sargentos e 54.382 cabos e praças, apoiados por 7.783 solípedes, 1.501 viaturas e 312 camiões. Portugal contribui, ainda, com oficiais e militares de artilharia, [o CAPI], para apoiar o exército francês nesta especialidade, num total de 3.828 homens."
(Excerto da Introdução)
Matérias:
Introdução. 1 - Os Antecedentes. 2 - A deflagração do Conflito e o envolvimento de Portugal. 3 - A participação portuguesa. 3.1. A guerra na Europa: 3.1.1. A instrução e o transporte para França; 3.1.2. A instalação inicial e o reagrupamento; 3.1.3. A Reorganização; 3.1.4. A nova estrutura do CEP; 3.1.5. A Guerra de Trincheiras; 3.1.6. O Sector Português; 3.1.7. A Organização das Trincheiras; 3.1.8. Acções de Combate em 1917; 3.1.9. Os Cpmbates da Frente Portuguesa de Janeiro a Abril de 1918. 3.2. A Batalha de "La Lys". 3.2.1. Forças no Terreno; 3.2.2. O Ataque Alemão; 3.2.2.1 O ataque ao Sector da 5.ª Brigada; 3.2.2.2. O Ataque ao Sector da 6.ª Brigada; 3.2.2.3. O Ataque ao Sector da 4.ª Brigada; 3.2.2.4. A intervenção da 3.ª Brigada; 3.2.2.5. A Artilharia nos Combates de 9 de Abril; 3.2.2.6. Destemor na Adversidade. 3.3. A Reconstituição do CEP. 3.4. A Guerra em África: 3.4.1. A Campanha de Moçambique; 3.4.2. A Campanha de Angola. 3.5. A Guerra no Mar. 4 - Conclusão.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar.
Indisponível
1.ª edição.
Trabalho de fundo sobre a 1.ª Guerra Mundial que integra o Relatório e Contas da Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. referente ao ano de 2003, desenvolvido propositadamente para esta publicação, em espaço à parte.
Edição luxuosa, bilíngue (português/inglês), impressa em papel de superior qualidade, profusamente ilustrada com mapas e fotografias a p.b. relacionadas com o conflito.
Capa: "A Infantaria Portuguesa avança para a frente de combate, com determinação, tendo por fundo um cenário de destruição, enquanto as populações fogem em sentido inverso." Quadro a óleo da autoria de Sousa Lopes, existente no Museu Militar, em Lisboa.
"Poucos Portugueses e, se exceptuados os estudiosos, praticamente nenhum estrangeiro conhece a participação da pequena casa Lusitana no primeiro conflito mundial e, todavia, esta, para além do elevado contributo de sangue dos soldados portugueses na defesa de solo francês, representou um enorme esforço humano e material e que muito influenciou o curso da nossa história.
Efectivamente, para além de confrontos militares com o exército alemão, em duas frentes africanas, uma no sul de Angola e outra no Norte de Moçambique, territórios onde estiveram envolvidas forças expedicionárias de 19.438 homens, em Moçambique e de 12.500 em Angola além de mais de 100.000 nativos entre pessoal militarizado e carregadores, Portugal deu às Nações Aliadas o seu contributo através do envio para a Flandres de um Corpo de Exército constituído por 59.383 homens, dos quais 2.122 oficiais, 2.879 sargentos e 54.382 cabos e praças, apoiados por 7.783 solípedes, 1.501 viaturas e 312 camiões. Portugal contribui, ainda, com oficiais e militares de artilharia, [o CAPI], para apoiar o exército francês nesta especialidade, num total de 3.828 homens."
(Excerto da Introdução)
Matérias:
Introdução. 1 - Os Antecedentes. 2 - A deflagração do Conflito e o envolvimento de Portugal. 3 - A participação portuguesa. 3.1. A guerra na Europa: 3.1.1. A instrução e o transporte para França; 3.1.2. A instalação inicial e o reagrupamento; 3.1.3. A Reorganização; 3.1.4. A nova estrutura do CEP; 3.1.5. A Guerra de Trincheiras; 3.1.6. O Sector Português; 3.1.7. A Organização das Trincheiras; 3.1.8. Acções de Combate em 1917; 3.1.9. Os Cpmbates da Frente Portuguesa de Janeiro a Abril de 1918. 3.2. A Batalha de "La Lys". 3.2.1. Forças no Terreno; 3.2.2. O Ataque Alemão; 3.2.2.1 O ataque ao Sector da 5.ª Brigada; 3.2.2.2. O Ataque ao Sector da 6.ª Brigada; 3.2.2.3. O Ataque ao Sector da 4.ª Brigada; 3.2.2.4. A intervenção da 3.ª Brigada; 3.2.2.5. A Artilharia nos Combates de 9 de Abril; 3.2.2.6. Destemor na Adversidade. 3.3. A Reconstituição do CEP. 3.4. A Guerra em África: 3.4.1. A Campanha de Moçambique; 3.4.2. A Campanha de Angola. 3.5. A Guerra no Mar. 4 - Conclusão.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar.
Indisponível
22 dezembro, 2018
MARÇAL, Horácio - O BAIRRO DA SÉ. Porto, Livraria Fernando Machado, [1963]. In-4.º (23,5cm) de 50, [2] p. ; mto il. ; B. Separata de «O Tripeiro»
1.ª edição independente.
Descrição exaustiva - histórica e urbanística do Bairro da Sé, antiga e castiça freguesia portuense, que terá sido o "berço" da cidade do Porto.
Monografia ilustrada ao longo do texto com reproduções de desenhos, guaches, óleos e fotografias, alguns em página inteira.
Tiragem de 300 exemplares numerados e rubricados pelo autor. O presente leva o n.º 61.
"O conjunto de arruamentos que constitui presentemente o chamado bairro da Sé, não é nem mais nem menos do que o antigo burgo portuense, aquele lendário burgo cercado de aguerridas muralhas que, segundo a opinião de alguns cronistas, remonta ao ano de 417, ou seja ao tempo dos Suevos que o fundaram e nele fizeram erguer um castelo - o Castrum Novum."
(1.º parágrafo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível
1.ª edição independente.
Descrição exaustiva - histórica e urbanística do Bairro da Sé, antiga e castiça freguesia portuense, que terá sido o "berço" da cidade do Porto.
Monografia ilustrada ao longo do texto com reproduções de desenhos, guaches, óleos e fotografias, alguns em página inteira.
Tiragem de 300 exemplares numerados e rubricados pelo autor. O presente leva o n.º 61.
"O conjunto de arruamentos que constitui presentemente o chamado bairro da Sé, não é nem mais nem menos do que o antigo burgo portuense, aquele lendário burgo cercado de aguerridas muralhas que, segundo a opinião de alguns cronistas, remonta ao ano de 417, ou seja ao tempo dos Suevos que o fundaram e nele fizeram erguer um castelo - o Castrum Novum."
(1.º parágrafo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível
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§ AUTÓGRAFOS,
*MARÇAL (Horácio),
1ª E D I Ç Ã O,
História,
Monografias,
Porto
20 dezembro, 2018
JARDIM, Cónego Gomes - A IGREJA E O PROTESTANTISMO. I. A Igreja e a Biblia. A Igreja e a sua Hierarquia. [S.l.], [s.n. - Composto e impresso na Typographia «Esperança», Funchal], 1940. In-8.º (21,5 cm) de XIV, [2], 599, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Interessante estudo religioso.
Trata-se do primeiro volume de dois publicados pelo autor. O segundo volume viria a ser editado em 1944 com o título: A Igreja e o Protestantismo. II. O Dogma Católico e as Negações Protestantes.
"Varios motivos nos levaram aos sacrificios da edição d'este trabalho em vez d'outros. Era um estudo em grande parte já feito. Apesar do respeito devido á sinceridade das crenças de cada um, o protestantismo n'esta terra de turismo anda facilmente a ferir as vistas, e a insinuar n'alguns dos nossos a duvida, o menos apreço da religião dos nossos avós, a indiferença religiosa."
(Excerto do preâmbulo, Aos nossos amaveis leitores)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa com mancha de humidade no pé.
Invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Interessante estudo religioso.
Trata-se do primeiro volume de dois publicados pelo autor. O segundo volume viria a ser editado em 1944 com o título: A Igreja e o Protestantismo. II. O Dogma Católico e as Negações Protestantes.
"Varios motivos nos levaram aos sacrificios da edição d'este trabalho em vez d'outros. Era um estudo em grande parte já feito. Apesar do respeito devido á sinceridade das crenças de cada um, o protestantismo n'esta terra de turismo anda facilmente a ferir as vistas, e a insinuar n'alguns dos nossos a duvida, o menos apreço da religião dos nossos avós, a indiferença religiosa."
(Excerto do preâmbulo, Aos nossos amaveis leitores)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa com mancha de humidade no pé.
Invulgar.
Indisponível
Etiquetas:
*JARDIM (Cónego Gomes),
1ª E D I Ç Ã O,
Estudos históricos,
Estudos religiosos,
Funchal,
História,
Madeira,
Protestantismo,
Religião
19 dezembro, 2018
VALDEZ, Abel Joaquim Travassos - O 4.º G. B. A. NA GRANDE GUERRA. Artilharia Portuguesa em França. Monografia coordenada por... Major de artilharia. Concluída em Lisboa aos 31 de Março de 1923. Lisboa, Composto e Impresso na Imprensa Beleza, 1936. In-4.º (23,5cm) de 132, [4] p. ; [9] mapas desd. ; B.
1.ª edição.
Importante monografia, com interesse estratégico e militar, sobre a participação do 4.º Grupo de Batarias de Artilharia na Grande Guerra.
Livro ilustrado com 9 mapas desdobráveis representando as posições do 4.º G. B. A. ao longo do conflito.
"Nêste modesto trabalho procurei sobretudo não fugir à verdade.
Para isso recorri aos documentos, respeitantes ao C. E. P. existentes nos arquivos do Estado Maior do Exército, aos meus apontamentos pessoais e àqueles que os meus ex-companheiros do 4.º G. B. A. tiveram a amabilidade de me fornecer.
Aquilo que, de leitura dêle, pudér parecer exagêro, não passa, porém, da expressão do que vi e do que senti."
(Excerto da Introdução)
"O 4.º G. B. A. (4.º Grupo de Batarias de Artilharia) foi uma das unidades portuguesas que mais se distinguiu em França, e, seguramente, aquela que durante mais tempo se manteve na frente de batalha, sempre sem um desfalecimento. Encarregado de escrever uma monografia sôbre a sua acção durante a Grande Guerra, julgo ser dever meu não omitir um único facto que se ligue com a história daquela unidade."
(Excerto do Cap. I, A missão de artilharia em campanha)
Índice:
I - A missão de artilharia em campanha. II - Organização da artilharia de campanha. III - Elnes. IV - Fauquissart. V - As Batarias do 4.º G. B. A. adstritas a outros grupos portugueses: A) - 2.ª Bataria (Cap. Cortez); B) - 3.ª Bataria (Cap. Valdez); C) - 1.ª Bataria (Cap. Simões Pereira). VI - Neuve Chapelle. VII - Colonne-sur-la-Lys. VIII - Vermelles. IX - Acção na Belgica.
Anexos:
I - Recompensas. II - Relação dos oficiais e praças do 4.º G. B. A. mortos durante a campanha. III - Relação dos oficiais e praças do 4.º G. B. A. feridos ou intoxicados por gases durante a campanha.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto. Pequena falha de papel no topo da lombada.
Raro.
Com interesse histórico.
A BNP menciona a obra, "sem informação exemplar".
Indisponível
1.ª edição.
Importante monografia, com interesse estratégico e militar, sobre a participação do 4.º Grupo de Batarias de Artilharia na Grande Guerra.
Livro ilustrado com 9 mapas desdobráveis representando as posições do 4.º G. B. A. ao longo do conflito.
"Nêste modesto trabalho procurei sobretudo não fugir à verdade.
Para isso recorri aos documentos, respeitantes ao C. E. P. existentes nos arquivos do Estado Maior do Exército, aos meus apontamentos pessoais e àqueles que os meus ex-companheiros do 4.º G. B. A. tiveram a amabilidade de me fornecer.
Aquilo que, de leitura dêle, pudér parecer exagêro, não passa, porém, da expressão do que vi e do que senti."
(Excerto da Introdução)
"O 4.º G. B. A. (4.º Grupo de Batarias de Artilharia) foi uma das unidades portuguesas que mais se distinguiu em França, e, seguramente, aquela que durante mais tempo se manteve na frente de batalha, sempre sem um desfalecimento. Encarregado de escrever uma monografia sôbre a sua acção durante a Grande Guerra, julgo ser dever meu não omitir um único facto que se ligue com a história daquela unidade."
(Excerto do Cap. I, A missão de artilharia em campanha)
Índice:
I - A missão de artilharia em campanha. II - Organização da artilharia de campanha. III - Elnes. IV - Fauquissart. V - As Batarias do 4.º G. B. A. adstritas a outros grupos portugueses: A) - 2.ª Bataria (Cap. Cortez); B) - 3.ª Bataria (Cap. Valdez); C) - 1.ª Bataria (Cap. Simões Pereira). VI - Neuve Chapelle. VII - Colonne-sur-la-Lys. VIII - Vermelles. IX - Acção na Belgica.
Anexos:
I - Recompensas. II - Relação dos oficiais e praças do 4.º G. B. A. mortos durante a campanha. III - Relação dos oficiais e praças do 4.º G. B. A. feridos ou intoxicados por gases durante a campanha.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto. Pequena falha de papel no topo da lombada.
Raro.
Com interesse histórico.
A BNP menciona a obra, "sem informação exemplar".
Indisponível
Etiquetas:
*VALDEZ (Abel Joaquim Travassos),
1ª E D I Ç Ã O,
1ª Guerra Mundial,
Artilharia,
Estratégia,
Exército,
História,
História de Portugal,
Militaria,
Monografias
18 dezembro, 2018
JOÃO DA SILVA. Exposição das suas obras de 24-IV a 15-VII de 1933 na Rua Nova de S.ᵀᴼ António, 75 (à igreja de S. Mamede). [Preâmbulo de Reynaldo dos Santos]. [S.l.], [s.n.], [1933]. In-8.º (16cm) de [16] p. (inc. capas) ; B.
1.ª edição.
Catálogo das obras de João da Silva (1880-1960) relativo à exposição efectuada em sua casa, após o regresso de Paris, onde residiu até 1932.
Livrinho impresso em papel de superior qualidade, ilustrado com fotogravuras de algumas peças expostas, na sua maioria, em página inteira.
Na capa: Medalha da Vitória, "medalha militar portuguesa criada em 15 de Julho de 1919. A criação desta medalha foi acordada pelos Aliados após a vitória na I Guerra Mundial, sendo a fita idêntica para todos os Países e ficando a cargo de cada País o desenho da insígnia".
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Inclui cartão/convite do artista.
Raro.
Sem registo na BNP, ou qualquer informação bibliográfica.
Peça de colecção.
Indisponível
17 dezembro, 2018
ERNESTINA, Médium - VOZES DO ALÉM. (Comunicações espiritas e Estudos filosóficos do médium). Volume I. Famalicão, Tip. "Minerva", de Cruz, Sousa & Barbosa, L.da, 1922. In-8.º (18,5cm) de 254, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Obra muito curiosa. Nada foi possível apurar sobre esta em termos bio-bibliográficos, já que não existe qualquer referência à mesma, nem mesmo sobre um eventual prolongamento de Vozes do Além. O "Volume I", terá sido tudo quanto foi publicado.
"Tendo-me sido aconselhado pelos meus Guias Espirituais que coordenasse, para serem publicados, os meus trabalhos medianímicos e estudos que, sôbre alguns dêsses trabalhos, me tinham sido inspirados pelos mesmos guias, venho dar cumprimento a esta Vontade, oferecendo-vos o fruto da minha mediunidade, não como um trabalho de reconhecido mérito, mas, simplesmente, como um objecto de estudo.
Guiada pela minha Fé e convicta de que, como médium, me assiste o dever de transmitir a meus irmãos todos os conhecimentos, que adquiri, venho, obedecendo assim à Força Potente que me dirige, oferecer êsses mesmos conhecimentos à análise e à crítica de todos os que quiserem observá-los. - Guardar conhecimentos adquiridos para fugir à censura de que, porventura, êles possam ser alvo, seria uma cobardia da minha parte. Expô-los com a louca pretensão de colhêr louvores, seria falta de critério. Assim, eu resolvi apresentá-los com todo o desinterêsse e sinceridade da minha alma, e unicamente, repito, como um objecto de estudo. Todavia, peço-vos que atendais ao que vou dizer-vos, e para o que, julgo do meu dever, chamar-vos a atenção:
Emquanto a minha alma se não libertou de tôdas as influências estranhas, de tôdas as ideas preconcebidas, e não entrou, confiadamente, no caminho que lhe estava traçado, como a tôdas as almas; isto é; emquanto não começou a usar do seu livre arbítrio, ela não poude ser medianeira. Eu era apenas um instrumento passivo e sujeito à influência de qualquer pensamento flutuante que de mim se acercasse. Nas minhas comunicações com o Invisível, transparecia sempre o mesmo tema: - a Divindade de Jesus, as suas doutrinas, os seus ensinamentos, uma reprodução, por assim dizer, dos textos evangélicos.
Mas a minha razão dizia-me - que Jesus não podia ser só, no seu reino.
A minha Fé levava-me mais além! A minha alma sentia-se paralizada, na contemplação de um ideal que reconhecia belo, mas que via obscurecido pelos homens, que, não podendo compreendê-lo, o cingiram, ao seu grau de elevação, deturpando-o, em suas limitas inteligências.
Abstraindo, pois, de todos os trabalhos sôbre religiões, mais ou menos dogmáticas; elevando a minha alma para o Fóco Supremo e concentrando-me profundamente, com um único desejo - o Bem da Humanidade -, comecei a receber e a transmitir, encontrando, nessa comunhão íntima coma Luz e o Amor que daquele Fóco constantemente irradiam, a prova da Verdade, que, nos meus trabalhos medianímicos, vos é apresentada, como positiva. Não podendo firmar o meu pensamento senão no limite do que me é revelado, eu caminharei, esperando sempre que, do Além, dêsse limite que se alonga dia a dia, para a alma que evolui, me venham as revelações que à Omnisciência aprouve-me fazer, para transmitir. Constatando a deficiência do meu trabalho, não posso, comtudo, deixar de ver nêle um Poder Oculto, a que a minha alma se submete cheia de júbilo, reconhecendo, pela sua influência, quanto êsse Poder em si encerra, e quam grandiosa é a sua Obra."
(Excerto do Introito)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação, Capas frágeis com defeitos.
Muito raro.
Sem registo na BNP, e sem notícia de qualquer outra fonte bibliográfica.
Indisponível
1.ª edição.
Obra muito curiosa. Nada foi possível apurar sobre esta em termos bio-bibliográficos, já que não existe qualquer referência à mesma, nem mesmo sobre um eventual prolongamento de Vozes do Além. O "Volume I", terá sido tudo quanto foi publicado.
"Tendo-me sido aconselhado pelos meus Guias Espirituais que coordenasse, para serem publicados, os meus trabalhos medianímicos e estudos que, sôbre alguns dêsses trabalhos, me tinham sido inspirados pelos mesmos guias, venho dar cumprimento a esta Vontade, oferecendo-vos o fruto da minha mediunidade, não como um trabalho de reconhecido mérito, mas, simplesmente, como um objecto de estudo.
Guiada pela minha Fé e convicta de que, como médium, me assiste o dever de transmitir a meus irmãos todos os conhecimentos, que adquiri, venho, obedecendo assim à Força Potente que me dirige, oferecer êsses mesmos conhecimentos à análise e à crítica de todos os que quiserem observá-los. - Guardar conhecimentos adquiridos para fugir à censura de que, porventura, êles possam ser alvo, seria uma cobardia da minha parte. Expô-los com a louca pretensão de colhêr louvores, seria falta de critério. Assim, eu resolvi apresentá-los com todo o desinterêsse e sinceridade da minha alma, e unicamente, repito, como um objecto de estudo. Todavia, peço-vos que atendais ao que vou dizer-vos, e para o que, julgo do meu dever, chamar-vos a atenção:
Emquanto a minha alma se não libertou de tôdas as influências estranhas, de tôdas as ideas preconcebidas, e não entrou, confiadamente, no caminho que lhe estava traçado, como a tôdas as almas; isto é; emquanto não começou a usar do seu livre arbítrio, ela não poude ser medianeira. Eu era apenas um instrumento passivo e sujeito à influência de qualquer pensamento flutuante que de mim se acercasse. Nas minhas comunicações com o Invisível, transparecia sempre o mesmo tema: - a Divindade de Jesus, as suas doutrinas, os seus ensinamentos, uma reprodução, por assim dizer, dos textos evangélicos.
Mas a minha razão dizia-me - que Jesus não podia ser só, no seu reino.
A minha Fé levava-me mais além! A minha alma sentia-se paralizada, na contemplação de um ideal que reconhecia belo, mas que via obscurecido pelos homens, que, não podendo compreendê-lo, o cingiram, ao seu grau de elevação, deturpando-o, em suas limitas inteligências.
Abstraindo, pois, de todos os trabalhos sôbre religiões, mais ou menos dogmáticas; elevando a minha alma para o Fóco Supremo e concentrando-me profundamente, com um único desejo - o Bem da Humanidade -, comecei a receber e a transmitir, encontrando, nessa comunhão íntima coma Luz e o Amor que daquele Fóco constantemente irradiam, a prova da Verdade, que, nos meus trabalhos medianímicos, vos é apresentada, como positiva. Não podendo firmar o meu pensamento senão no limite do que me é revelado, eu caminharei, esperando sempre que, do Além, dêsse limite que se alonga dia a dia, para a alma que evolui, me venham as revelações que à Omnisciência aprouve-me fazer, para transmitir. Constatando a deficiência do meu trabalho, não posso, comtudo, deixar de ver nêle um Poder Oculto, a que a minha alma se submete cheia de júbilo, reconhecendo, pela sua influência, quanto êsse Poder em si encerra, e quam grandiosa é a sua Obra."
(Excerto do Introito)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação, Capas frágeis com defeitos.
Muito raro.
Sem registo na BNP, e sem notícia de qualquer outra fonte bibliográfica.
Indisponível
16 dezembro, 2018
CHATENAY, Arsenio de - A MENINA DA CASA MOURISCA. Leitura para homens e senhoras. Porto, Livraria Central : Campos & Godinho - Editores, 1888. In-8.º (18cm) de 302, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Romance desenvolvido a partir de factos históricos, cuja acção decorre na zona de Lamego. O seu autor foi António da Cunha de Azevedo Lemos Castelo Branco, que utilizava o pseudónimo Arsenio de Chatenay.
"O sargento Nicolau-Sem-Pavôr do regimento n.º 9 de infanteria, natural de Lazarim, foi um d'esses muitos denodanos portuguezes que militaram na guerra da Peninsula, desde 1809 a 1814, sem que lhe pesassem fadigas, faltas e o sangue, que, na sua marcha victoriosa, ia assignalando seus passos. Fazia o seu regimento parte da oitava brigada, cuja intrepidez e galhardia tão notavel se ostentou na batalha de Vittoria, acontecida em 21 de junho de 1813. Os francezes, batidos em todas as suas posições, e em retirada precipitada pela estrada de Pamplona, abandonaram artilheria e bagagens com tal pressa e pavôr, que todas as estradas reaes, caminhos e desfiladeiros, que sulcavam e cruzam o terreno entre Pamplona e Bayona, na distancia de mais de uma legua de Vittoria, se podiam considerar litteralmente cobertos dos importantes despojos do inimigo amedrontado. E na verdade, o ouro e a prata eram em tal quantidade, que os soldados receiosos do peso d'esta, sómente d'aquelle se aproveitavam. E, depois, os consideraveis thesouros do rei José, cahindo em poder de muitos dos soldados da oitava e nona brigada, deram occasião a que o sargento Nicolau, tão valente como ambicioso, se apossasse da parte mais importante d'elles, arrastando volumes e caixotes, mesmo durante a refrega, para uma escavação penhascosa com que deparou, mascarando-a, por então, com algum matto arrancado á pressa. [...]
Sómente em 1819 logrou o sargento Nicolau a sua baixa, contando então 32 annos de edade. Tinha nascido em 1787, assentando praça em 1809, e militado com distincção 10 annos. [...]
Debalde se esforçava elle por encontrar expediente que lhe permittisse a remoção do thesouro dos reconcavos de Vittoria, mas a sua imaginação, sempre fertil em traças, ferida pelas apprehensões, luctava contra o ignoto. Foi no meio d'esta difficuldade, que seu irmão Pedro, habil maritimo, lhe veio acudir. [...]
O ex-sargento Nicolau, depois de gratificar generosamente seu irmão Pedro, esforçou-se em realisar um dos seus mais mimosos sonhos, depois que regressou de França, em 1814, - trocar a humilde casa onde nascera, em Lazarim, a oito kilometros ao nascente de Lamego, proximo á Ribeira de Tarouca, pela velha Casa Mourisca, cercada de uberrimos campos, e de preciosas e extensas mattas de especies variadas, em venda, ao sul d'aquella antiga povoação, fundada, como Lalim, pelo regulo lamecense, - Zadan Aben Huin."
(Excerto do Prólogo)
Encadernação simples em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em razoável estado de conservação. Cansado. Páginas amareladas, com manchas e sublinhados a lápis ao longo do texto. Assinaturas de posse na f. rosto, f. anterrosto, 1.ª p. texto, e por vezes, no interior. Pelo interesse e raridade a justificar trabalho de reencadernação.
Muito raro.
Indisponível
1.ª edição.
Romance desenvolvido a partir de factos históricos, cuja acção decorre na zona de Lamego. O seu autor foi António da Cunha de Azevedo Lemos Castelo Branco, que utilizava o pseudónimo Arsenio de Chatenay.
"O sargento Nicolau-Sem-Pavôr do regimento n.º 9 de infanteria, natural de Lazarim, foi um d'esses muitos denodanos portuguezes que militaram na guerra da Peninsula, desde 1809 a 1814, sem que lhe pesassem fadigas, faltas e o sangue, que, na sua marcha victoriosa, ia assignalando seus passos. Fazia o seu regimento parte da oitava brigada, cuja intrepidez e galhardia tão notavel se ostentou na batalha de Vittoria, acontecida em 21 de junho de 1813. Os francezes, batidos em todas as suas posições, e em retirada precipitada pela estrada de Pamplona, abandonaram artilheria e bagagens com tal pressa e pavôr, que todas as estradas reaes, caminhos e desfiladeiros, que sulcavam e cruzam o terreno entre Pamplona e Bayona, na distancia de mais de uma legua de Vittoria, se podiam considerar litteralmente cobertos dos importantes despojos do inimigo amedrontado. E na verdade, o ouro e a prata eram em tal quantidade, que os soldados receiosos do peso d'esta, sómente d'aquelle se aproveitavam. E, depois, os consideraveis thesouros do rei José, cahindo em poder de muitos dos soldados da oitava e nona brigada, deram occasião a que o sargento Nicolau, tão valente como ambicioso, se apossasse da parte mais importante d'elles, arrastando volumes e caixotes, mesmo durante a refrega, para uma escavação penhascosa com que deparou, mascarando-a, por então, com algum matto arrancado á pressa. [...]
Sómente em 1819 logrou o sargento Nicolau a sua baixa, contando então 32 annos de edade. Tinha nascido em 1787, assentando praça em 1809, e militado com distincção 10 annos. [...]
Debalde se esforçava elle por encontrar expediente que lhe permittisse a remoção do thesouro dos reconcavos de Vittoria, mas a sua imaginação, sempre fertil em traças, ferida pelas apprehensões, luctava contra o ignoto. Foi no meio d'esta difficuldade, que seu irmão Pedro, habil maritimo, lhe veio acudir. [...]
O ex-sargento Nicolau, depois de gratificar generosamente seu irmão Pedro, esforçou-se em realisar um dos seus mais mimosos sonhos, depois que regressou de França, em 1814, - trocar a humilde casa onde nascera, em Lazarim, a oito kilometros ao nascente de Lamego, proximo á Ribeira de Tarouca, pela velha Casa Mourisca, cercada de uberrimos campos, e de preciosas e extensas mattas de especies variadas, em venda, ao sul d'aquella antiga povoação, fundada, como Lalim, pelo regulo lamecense, - Zadan Aben Huin."
(Excerto do Prólogo)
Encadernação simples em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em razoável estado de conservação. Cansado. Páginas amareladas, com manchas e sublinhados a lápis ao longo do texto. Assinaturas de posse na f. rosto, f. anterrosto, 1.ª p. texto, e por vezes, no interior. Pelo interesse e raridade a justificar trabalho de reencadernação.
Muito raro.
Indisponível
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*CASTELO BRANCO (António da Cunha de Azevedo Lemos),
*CHATENAY (Arsenio de),
1ª E D I Ç Ã O,
Lamego,
Literatura Portuguesa,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Romance Histórico
15 dezembro, 2018
HUGO, Victor - NAPOLEÃO O PEQUENO. Volume I [Volume II e Volume III]. Lisboa, Empreza da Historia de Portugal : Sociedade editora, 1901. 3 vols in-8.º (18,5cm) de 158, [2] p. (I), 160 p. (II) e 156, [4] p. ; E. num único tomo. Col. Os Romances Celebres, X
Romance polémico de Victor Hugo em 3 volumes (completo). "Napoléon le Petit (no original) foi um romance político de Victor Hugo, publicado em 1852. Criticava o governo de Napoleão III e a política do Segundo Império Francês. Hugo viveu no exílio em Guernsey durante a maior parte do reinado de Napoleão III, e as suas críticas tiveram eco no país dado que era uma das personalidades mais proeminentes e respeitadas da época. Neste trabalho, pela primeira vez foi utilizado o "esquema" 2+2=5 como uma negação da verdade pela autoridade. A obra foi contrabandeada para França tendo sido utilizados os mais variados estratagemas de dissimulação (entre fardos de palha, latas de sardinha, etc.), para ser copiada e distribuída, e lida em reuniões secretas."
(Fonte: wikipédia)
"Quinta-feira 20 de Dezembro de 1848, achava-se em sessão a Assembleia constituinte, rodeada de um imponente desdobramento de tropas. Em seguida a leitura de um relatorio do representante Wladeck Rousseau, feito em nome da commissão encarregada de verificar o escrutinio da eleição á presidencia da Republica, relatorio onde se notava esta phrase que resumia todo o seu pensamento: «É o sello da sua inviolavel potencia que a propria nação, por meio d'esta admiravel execução dada á lei fundamental, colloca sobre a Constituição para a tornar sagrada e inviolavel»; no meio do profundo silencio dos novecentos constituintes reunidos em massa, o presidente da Assembleia nacional constituinte, Armando Marrast, levantou-se e disse:
«Em nome do povo francez;
«Atendendo que o cidadão Carlos Luiz Napoleão Bonaparte, nascido em Paris, possue as faculdades de elegibilidade prescriptas pelo pelo artigo 44 da Constituição;
«Attendendo que, no escrutinio aberto em todo o territorio da Republica para a eleição do presidente, reuniu a maioria absoluta dos suffragios;
«Em virtude dos artigos 47 e 48 da Constituição, a Assembleia nacional proclama-o presidente da Republica desde o presente dia até ao segundo domingo de Maio de 1852»."
(Excerto do Cap. I, O 20 de dezembro de 1848)
Encadernação editorial com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto do vol. I.
Invulgar.
10€
Romance polémico de Victor Hugo em 3 volumes (completo). "Napoléon le Petit (no original) foi um romance político de Victor Hugo, publicado em 1852. Criticava o governo de Napoleão III e a política do Segundo Império Francês. Hugo viveu no exílio em Guernsey durante a maior parte do reinado de Napoleão III, e as suas críticas tiveram eco no país dado que era uma das personalidades mais proeminentes e respeitadas da época. Neste trabalho, pela primeira vez foi utilizado o "esquema" 2+2=5 como uma negação da verdade pela autoridade. A obra foi contrabandeada para França tendo sido utilizados os mais variados estratagemas de dissimulação (entre fardos de palha, latas de sardinha, etc.), para ser copiada e distribuída, e lida em reuniões secretas."
(Fonte: wikipédia)
"Quinta-feira 20 de Dezembro de 1848, achava-se em sessão a Assembleia constituinte, rodeada de um imponente desdobramento de tropas. Em seguida a leitura de um relatorio do representante Wladeck Rousseau, feito em nome da commissão encarregada de verificar o escrutinio da eleição á presidencia da Republica, relatorio onde se notava esta phrase que resumia todo o seu pensamento: «É o sello da sua inviolavel potencia que a propria nação, por meio d'esta admiravel execução dada á lei fundamental, colloca sobre a Constituição para a tornar sagrada e inviolavel»; no meio do profundo silencio dos novecentos constituintes reunidos em massa, o presidente da Assembleia nacional constituinte, Armando Marrast, levantou-se e disse:
«Em nome do povo francez;
«Atendendo que o cidadão Carlos Luiz Napoleão Bonaparte, nascido em Paris, possue as faculdades de elegibilidade prescriptas pelo pelo artigo 44 da Constituição;
«Attendendo que, no escrutinio aberto em todo o territorio da Republica para a eleição do presidente, reuniu a maioria absoluta dos suffragios;
«Em virtude dos artigos 47 e 48 da Constituição, a Assembleia nacional proclama-o presidente da Republica desde o presente dia até ao segundo domingo de Maio de 1852»."
(Excerto do Cap. I, O 20 de dezembro de 1848)
Encadernação editorial com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto do vol. I.
Invulgar.
10€
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Romance Histórico
14 dezembro, 2018
MALHEIRO, Tenente-coronel Alexandre - O AMOR NA BASE DO C. E.P. Peça em 3 actos representada em 27-X-918 pelos oficiais portugueses, prisioneiros de guerra no Campo de Breesen in Mecklenburg (Alemanha), e expressamente escrita pelo autor para êste fim. [Pelo]... Pôrto, Edição da «Renascença Portuguesa», [1919]. In-8.º (18,5cm) de 158, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Rara e apreciada peça da bibliografia da Grande Guerra.
Teatro dedicado pelo autor a Cristiano de Carvalho. A acção passa-se em França, nas praias de Tréport e Paris-Plage, pelo Verão de 1917.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa frágil, com mancha e pequenos defeitos marginais.
Raro.
30€
1.ª edição.
Rara e apreciada peça da bibliografia da Grande Guerra.
Teatro dedicado pelo autor a Cristiano de Carvalho. A acção passa-se em França, nas praias de Tréport e Paris-Plage, pelo Verão de 1917.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa frágil, com mancha e pequenos defeitos marginais.
Raro.
30€
13 dezembro, 2018
DELDUQUE, Capitão Adelino - NOTAS DO CAPTIVEIRO. (Memórias d'um prisioneiro de guerra na Alemanha). Lisboa, Depositário J. Rodrigues & C.ª, 1919. In-8.º (18,5cm) de 103, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Diário do autor - prisioneiro de guerra - escrito ao longo do seu período de cativeiro na Alemanha. Trata-se de um dos mais importantes documentos da WW1 que se publicaram sobre o dia a dia - os maus tratos e privações sofridos pelos prisioneiros portugueses nos campos alemães.
"O primeiro grupo de inimigos que chegou até nós, comandado por um graduado inferior, devia constituir uma patrulha de flanco da coluna que avançava pela rua du Bois.
É ele que nos faz prisioneiros, mas a nossa qualidade de oficiaes exigia que só a um oficial nos entregassemos.
A linguagem dos gestos que é universal, mais do que os rudimentares conhecimentos de alemão da nossa parte, de francez da parte do inimigo, fez perceber a nossa reclamação. Durante pois mais de um quarto de hora, de meia hora talvez, sob os ultimos rebentamentos da barragem que agora se alonga, aguardamos a chegada dum oficial.
O captiveiro tinha começado para nós e só a muito custo um ou outro poude conseguir que o deixassem ir procurar quásquer artigos de toilette, qualquer pequena coisa d'essas tantas que tanta falta nos vão fazer.
Os nossos captores não nos tratam mal, antes quasi tomam uma atitude até certo ponto afavel e bastante egualitária nesta situação em tudo desigual, de oficiaes e de soldados, de vencedores e de vencidos. [...]
No entanto chegava o oficial que solicitáramos.
Saudou-nos militarmente, recebeu de nós as nossas armas, transmitiu aos soldados quasquer instruções e com um gesto indicou-nos que nos puzessemos em marcha.
Havia em nós ainda qualquer coisa do atordoamento, do cansaço de nove horas d'um intenso e desconhecido bombardeamento, d'essa qualquer coisa que abrira, que escancarára deante de nós as portas da morte que só o Destino ou a Providência nos livraram de transpôr. A tudo isto juntáva-se agora o sofrimento moral de vencidos. [...]
Alguns metros andados, talvez nem duas centenas, transpostos drenos e arames, contornadas as não sei quantas crateras em que o chão se abria quasi de metro a metro, chegámos até junto d'uma outra fracção inimiga que nos desapossa dos cintos que usavamos."
(Excerto de De Cense de Raux a Salomé la Bassée)
Índice:
- De Cense de Raux a Salomé la Bassée. - De Salomé la Bassée a Carvin. - De Carvin a Lille. - Dois dias de Lille. - Para onde? - Do «Russenlager» á estação de Rastatt. - De Rastatt a Francfort. - De Francfort ao Hannover. - De Hannover ao Campo de Breessen. - Mais Horrores da fome. - Não ha mal que dure sempre. - Abandonados! - A primeira chegada de encomendas. - Arrelias do sr. Mota. - Dos preliminares do armisticio á sua conclusão. - Uma apreciação insuspeita. - Como passamos o tempo. - Como eu sahi da Alemanha.
Adelino Delduque da Costa OC • CvA • OA • ComA • GOA • OSE (Viana do Castelo, 1889 - Lisboa, 1953). "Foi um militar, administrador colonial e escritor português, Coronel de Infantaria do Exército Português, membro do Corpo Expedicionário Português, Chefe do Estado-Maior da Índia Portuguesa e Governador do Distrito de Damão. Nasceu na rua de São Sebastião de Viana do Castelo, atual rua Manuel Espregueira, no seio de uma das famílias mais proeminentes da cidade. Estudou no Real Colégio Militar e na Escola Politécnica de Lisboa, e completou o curso de Infantaria na Escola do Exército. Prestou serviço como alferes na Guarda Republicana e fez parte do Estado-Maior da 5.ª Brigada do Corpo Expedicionário Português na Primeira Guerra Mundial como tenente do Batalhão de Infantaria nº 10. Foi louvado em ordem de serviço em campanha e combateu na Batalha de La Lys, sendo feito prisioneiro pelas tropas alemãs a 9 de abril de 1918. Durante oito meses e meio de cativeiro, escreveu sob forma de diário entre os campos de Rastatt e Breesen as suas Notas do cativeiro, um dos mais vivos relatos dos acontecimentos que seguiram a derrota portuguesa, assim como das precárias condições em que houveram de sobreviver os oficiais portugueses aprisionados na Alemanha. Finalmente, desembarcou em Lisboa a 17 de janeiro de 1919."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto. Lombada com falhas de papel.
Muito raro.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível
1.ª edição.
Diário do autor - prisioneiro de guerra - escrito ao longo do seu período de cativeiro na Alemanha. Trata-se de um dos mais importantes documentos da WW1 que se publicaram sobre o dia a dia - os maus tratos e privações sofridos pelos prisioneiros portugueses nos campos alemães.
"O primeiro grupo de inimigos que chegou até nós, comandado por um graduado inferior, devia constituir uma patrulha de flanco da coluna que avançava pela rua du Bois.
É ele que nos faz prisioneiros, mas a nossa qualidade de oficiaes exigia que só a um oficial nos entregassemos.
A linguagem dos gestos que é universal, mais do que os rudimentares conhecimentos de alemão da nossa parte, de francez da parte do inimigo, fez perceber a nossa reclamação. Durante pois mais de um quarto de hora, de meia hora talvez, sob os ultimos rebentamentos da barragem que agora se alonga, aguardamos a chegada dum oficial.
O captiveiro tinha começado para nós e só a muito custo um ou outro poude conseguir que o deixassem ir procurar quásquer artigos de toilette, qualquer pequena coisa d'essas tantas que tanta falta nos vão fazer.
Os nossos captores não nos tratam mal, antes quasi tomam uma atitude até certo ponto afavel e bastante egualitária nesta situação em tudo desigual, de oficiaes e de soldados, de vencedores e de vencidos. [...]
No entanto chegava o oficial que solicitáramos.
Saudou-nos militarmente, recebeu de nós as nossas armas, transmitiu aos soldados quasquer instruções e com um gesto indicou-nos que nos puzessemos em marcha.
Havia em nós ainda qualquer coisa do atordoamento, do cansaço de nove horas d'um intenso e desconhecido bombardeamento, d'essa qualquer coisa que abrira, que escancarára deante de nós as portas da morte que só o Destino ou a Providência nos livraram de transpôr. A tudo isto juntáva-se agora o sofrimento moral de vencidos. [...]
Alguns metros andados, talvez nem duas centenas, transpostos drenos e arames, contornadas as não sei quantas crateras em que o chão se abria quasi de metro a metro, chegámos até junto d'uma outra fracção inimiga que nos desapossa dos cintos que usavamos."
(Excerto de De Cense de Raux a Salomé la Bassée)
Índice:
- De Cense de Raux a Salomé la Bassée. - De Salomé la Bassée a Carvin. - De Carvin a Lille. - Dois dias de Lille. - Para onde? - Do «Russenlager» á estação de Rastatt. - De Rastatt a Francfort. - De Francfort ao Hannover. - De Hannover ao Campo de Breessen. - Mais Horrores da fome. - Não ha mal que dure sempre. - Abandonados! - A primeira chegada de encomendas. - Arrelias do sr. Mota. - Dos preliminares do armisticio á sua conclusão. - Uma apreciação insuspeita. - Como passamos o tempo. - Como eu sahi da Alemanha.
Adelino Delduque da Costa OC • CvA • OA • ComA • GOA • OSE (Viana do Castelo, 1889 - Lisboa, 1953). "Foi um militar, administrador colonial e escritor português, Coronel de Infantaria do Exército Português, membro do Corpo Expedicionário Português, Chefe do Estado-Maior da Índia Portuguesa e Governador do Distrito de Damão. Nasceu na rua de São Sebastião de Viana do Castelo, atual rua Manuel Espregueira, no seio de uma das famílias mais proeminentes da cidade. Estudou no Real Colégio Militar e na Escola Politécnica de Lisboa, e completou o curso de Infantaria na Escola do Exército. Prestou serviço como alferes na Guarda Republicana e fez parte do Estado-Maior da 5.ª Brigada do Corpo Expedicionário Português na Primeira Guerra Mundial como tenente do Batalhão de Infantaria nº 10. Foi louvado em ordem de serviço em campanha e combateu na Batalha de La Lys, sendo feito prisioneiro pelas tropas alemãs a 9 de abril de 1918. Durante oito meses e meio de cativeiro, escreveu sob forma de diário entre os campos de Rastatt e Breesen as suas Notas do cativeiro, um dos mais vivos relatos dos acontecimentos que seguiram a derrota portuguesa, assim como das precárias condições em que houveram de sobreviver os oficiais portugueses aprisionados na Alemanha. Finalmente, desembarcou em Lisboa a 17 de janeiro de 1919."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto. Lombada com falhas de papel.
Muito raro.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível
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