ALMEIDA, Fialho de - LISBOA MONUMENTAL. Lisboa, Edição da Câmara Municipal de Lisboa, Maio - 1957. In-4º (25,5cm) de 44, [4] p. ; il. ; B.
Ilustrado com 11 belíssimas gravuras desenhadas por Alonso impressas nas páginas do texto.
"No final da sua vida, Fialho de
Almeida redige duas longas crónicas que ficaram conhecidas pelo título Lisboa Monumental. Publicadas em Outubro
e Novembro de 1906 [e recolhidas no volume póstumo «Barbear,
Pentear», editado em 1911], foram ilustradas pelos desenhos de
Joaquim Guilherme Santos Silva (Alonso). No seu estilo peculiar - truculento e
desabrido - apresenta a sua visão da capital do futuro e propõe soluções,
formas e modos para alterar a imagem da cidade, para a engrandecer e tornar
cosmopolita, ao mesmo tempo que lança um olhar provocador sobre a sociedade
lisboeta do início de século."
Pelo centenário do nascimento de Fialho de Almeida e com o apoio da Livraria Clássica Editora, proprietária da obra literária do autor, a Câmara Municipal de Lisboa reimprimiu as crónicas neste Lisboa Monumental.
"Para que lembrar outros embelezamentos de que já hoje se deixou ou está deixando passar a oportunidade? A praça Saldanha, que no mesmo caso da Pombal, foi planeada dum bloco, e podia ficar sendo um dos mais encantados sítios da Lisboa recente, caso o Município tivesse levado os construtores à adopção de certos tipos de casa integrados num aro ou todo arquitectónico, lá está cheia de casarões e cubatas imbecis, com um jazigo bacoco ao centro, onde me dizem vão pôr o marechal - ponto é que o Senhor dos Passos, a quem ele ficou a dever 40 contos, não determine penhorar-lhe o poleiro e a vera efígie, com o que nada perderiam as artes monumentais deste país."
(excerto do texto)
Legenda das gravuras:
1- O que poderia e deveria ser a rotunda do Marquês de Pombal no coroamento da Avenida da Liberdade - A entrada para o Parque Eduardo VII.
2 - A malograda comunicação dos jardins da Escola Politécnica e Avenida da Liberdade, que por uma mesquinha questão de preço deixou de realizar-se.
3 - No ponto em que a Avenida Ressano Garcia entra no Campo Grande dizia bem um arco triunfal...
4 - O Terreiro do Paço visto do mar depois da ampliação monumental do cais de desembarque.
5 - Uma das entradas do viaduto - Aspecto da Avenida da Liberdade atravessada pelo viaduto entre S. Pedro de Alcântara e o Campo de Sant'Ana.
6 - Uma exposição industrial no futuro Parque Eduardo VII.
7 - O palácio das festas no morro do Castelo, coroando a cidade com as suas cúpulas.
8 - Futuro Arsenal da Marinha na outra margem do Tejo.
9 - A grande ponte para caminho de ferro e peões, entre as duas Lisboas do futuro.
10 - Bairro operário, do tipo higiénico moderno.
11 - Santa Engrácia restaurada em Panteon.
José Valentim Fialho de Almeida (1857-1911). "Foi um médico e escritor português. Formou-se em medicina, mas nunca exerceu, preferindo a boémia da noite lisboeta. Dedicou-se à literatura e ao jornalismo até 1893, data em que deixou Lisboa para regressar à sua terra natal - Vila de Frades. O seu estilo literário foi irregular, pautado pelo Naturalismo, procurando as sensações fortes da "vida real". Os seus temas foram principalmente a cidade e o campo. Fialho de Almeida ficou conhecido como um escritor bilioso e colérico, carregado de ressentimentos para com a vida."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito curioso.
Indisponível
Pelo centenário do nascimento de Fialho de Almeida e com o apoio da Livraria Clássica Editora, proprietária da obra literária do autor, a Câmara Municipal de Lisboa reimprimiu as crónicas neste Lisboa Monumental.
"Para que lembrar outros embelezamentos de que já hoje se deixou ou está deixando passar a oportunidade? A praça Saldanha, que no mesmo caso da Pombal, foi planeada dum bloco, e podia ficar sendo um dos mais encantados sítios da Lisboa recente, caso o Município tivesse levado os construtores à adopção de certos tipos de casa integrados num aro ou todo arquitectónico, lá está cheia de casarões e cubatas imbecis, com um jazigo bacoco ao centro, onde me dizem vão pôr o marechal - ponto é que o Senhor dos Passos, a quem ele ficou a dever 40 contos, não determine penhorar-lhe o poleiro e a vera efígie, com o que nada perderiam as artes monumentais deste país."
(excerto do texto)
Legenda das gravuras:
1- O que poderia e deveria ser a rotunda do Marquês de Pombal no coroamento da Avenida da Liberdade - A entrada para o Parque Eduardo VII.
2 - A malograda comunicação dos jardins da Escola Politécnica e Avenida da Liberdade, que por uma mesquinha questão de preço deixou de realizar-se.
3 - No ponto em que a Avenida Ressano Garcia entra no Campo Grande dizia bem um arco triunfal...
4 - O Terreiro do Paço visto do mar depois da ampliação monumental do cais de desembarque.
5 - Uma das entradas do viaduto - Aspecto da Avenida da Liberdade atravessada pelo viaduto entre S. Pedro de Alcântara e o Campo de Sant'Ana.
6 - Uma exposição industrial no futuro Parque Eduardo VII.
7 - O palácio das festas no morro do Castelo, coroando a cidade com as suas cúpulas.
8 - Futuro Arsenal da Marinha na outra margem do Tejo.
9 - A grande ponte para caminho de ferro e peões, entre as duas Lisboas do futuro.
10 - Bairro operário, do tipo higiénico moderno.
11 - Santa Engrácia restaurada em Panteon.
José Valentim Fialho de Almeida (1857-1911). "Foi um médico e escritor português. Formou-se em medicina, mas nunca exerceu, preferindo a boémia da noite lisboeta. Dedicou-se à literatura e ao jornalismo até 1893, data em que deixou Lisboa para regressar à sua terra natal - Vila de Frades. O seu estilo literário foi irregular, pautado pelo Naturalismo, procurando as sensações fortes da "vida real". Os seus temas foram principalmente a cidade e o campo. Fialho de Almeida ficou conhecido como um escritor bilioso e colérico, carregado de ressentimentos para com a vida."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito curioso.
Indisponível
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