17 junho, 2024

OLIVEIRA, A. de Sousa -
A ÁBSIDE ROMÂNICA DE S. PEDRO DE ABRAGÃO.
Separata do Boletim da Associação Cultural Amigos do Porto. Vol. IV-Tomo I. [S.l.], [s.n. - Composto e impresso na Empresa Industrial do Porto, L.da - Edições «Marânus», Porto], [196-]. In-4.º (24x19 cm) de 18, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante monografia sobre a igreja românica de S. Pedro de Abragão (Penafiel), templo fundado no início do século XII.
Trabalho apresentado no V Colóquio Portuense de Arqueologia, realizado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em Novembro de 1966.
Ilustrado com 12 figuras ao longo do livro, sendo algumas delas em página inteira, e a última uma planta da Igreja.
"A Igreja de São Pedro de Abragão conserva a cabeceira da época românica, testemunho significativo da arquitetura românica do Tâmega e Sousa. No exterior, o friso composto por motivos geométricos recorda o modo de decorar as igrejas das épocas visigótica e moçárabe.
Esta Igreja está documentada desde 1105. No entanto, a cabeceira que a tradição atribui à iniciativa de D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I, data do segundo quartel do século XIII."
(Fonte: https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/igreja-de-s%C3%A3o-pedro-de-abrag%C3%A3o)
Exemplar valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao Dr. Vergílio Lemos.
"Há muitos templos portugueses em que persistem formas românicas, ou na sua totalidade - particularmente nos que sofreram restauro - ou de modo predominante. Há outros em que apenas restam alguns elementos, por vezes bem parcos e até deslocados da sua situação primitiva. E há ainda alguns, em parte completamente transformados, que conservam integralmente, ou apenas com ligeiras modificações, um dos corpos primitivos. Isto nota-se com maior frequência naquelas igrejas que, conservando as suas naves, suportaram destruição das ábsides, o que aconteceu principalmente durante os séculos XVII e XVIII, em que estas foram substituídas por construções barrocas. Basta citar para exemplo a Sé do Porto e a igreja abacial de Paço e Sousa.
Mas há casos em que foi a cabeceira que persistiu ou que, pelo menos, resistiu nas suas estruturas principais à sanha destruidora da era da contra-reforma. Em algumas houve ampliações espaciais, alargamento ou ajanelamento de frestas e, quase sempre, aposição de altares e cobertura de talha, anos que dum modo geral são remediáveis num restauro.
Foi o que aconteceu na igreja paroquial de S. Pedro de Abragão..."
(Excerto do trabalho)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta mancha de humidade antiga à cabeça.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e arquitectónico.
Indisponível

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