COELHO, Leonardo de Sousa - REVISÃO DO PROCESSO DE JESUS DE NAZARÉ NO SUPREMO TRIBUNAL DE APELAÇÃO DO SÉCULO VINTE. [Por]... Assessor Jurídico Comunitário. [S.l.], Edição do Autor, 1990. In-fólio (30x21 cm) de 92, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Processo de Jesus de Nazaré. "Repetição" do julgamento de Jesus Cristo à luz do estudo interpretativo e novas provas e "evidências" apuradas pelo autor.
Obra algo insólita, rara, curiosa e muito interessante.
Exemplar valorizado pela dedicatória de Leonardo Coelho ao livreiro Eduardo Antunes Martinho.
"Com o objectivo de encontrar detalhas dispersos e novos elementos de capital importância para, juridicamente, garantir o êxito de uma revisão às causas e motivos que levaram Jesus de Nazaré à morte afrontosa no Golgóta, para além de outros pormenores, até agora passados despercebidos ou ignorados, que contribuíram para o vergonhoso fim daquele cidadão judaico, encetámos um árduo trabalho de muitos anos, durante os quais nos esclarecemos, consultando velhos manuscritos, que relatam de maneira inequívoca os mais variados acontecimentos, Códigos e Tratados e outras diversas obras de Direito Penal, legadas à posteridade por grandes mestres mundiais desta matéria.
Ao longo da nossa investigação interrogámos tradições, as mais variadas, analisámos sistemas judiciais, empenhámo-nos em conhecer as primitivas Leis e princípios forenses de outros povos e estudámos em pormenor, os documentos histórico-jurídicos que, sobre este assunto, colocaram à nossa disposição nos diversos locais por onde andámos a examinar arquivos e consultar bibliotecas.
De todos esses trabalhos nos socorremos para levar a efeito a reabertura do Processo, Arquivado há Dois Mil Anos, de forma a que o Supremo Tribunal de Apelação do Século Vinte possa, novamente, apreciar a matéria de facto, os quesitos e as provas que motivaram aquela vergonhosa e humilhante Sentença.
Também, com o objectivo de conhecer a verdadeira dimensão dos propósitos de todos aqueles que, directa ou indirectamente, participaram na conjuntura político-religiosa surgida na província romana da Judeia durante a governação do Procurador Pôncio Pilatos, não deixámos de fazer um cuidadoso exame ao carácter, feitio moral, sentimentos e mentalidade de cada um dos intervenientes nos factos passados há Vinte Séculos.
No entanto, entendemos ser um dever de consciência esclarecer todos os interessados neste novo Julgamento, que em nenhum documento examinado, e foram muitos, encontrámos qualquer referência, a mais pequena sequer, ao repúdio da multidão anónima, pelo seu compatriota.
Pelo contrário, todos eles são unânimes em afirmar que Jesus de Nazaré entusiasmava, com a doçura e o conforto da sua palavra, a mole imensa de gente que sempre o seguiu durante aqueles anos ao longo dos quais desenvolveu uma intensa e aliciante actividade pública."
(Nota de abertura)
"Para conservar a sua independência, o Supremo Tribunal de Apelação do Século Vinte vai efectuar este Julgamento póstumo dentro de parâmetros adequados às determinantes do acontecimento ocorrido há Dois Mil Anos, mantendo, por isso, uma conduta que não se identifica com qualquer das pragmáticas jurídicas ou canónicas estabelecidas por este ou aquele poder contemporâneo.
Do mesmo modo, Magistrados e Advogados, para se manterem à margem de quaisquer influências, não vão subordinar as suas intervenções às doutrinas da clássica Jurisprudência Internacional, muito embora os debates e alegações obedeçam a regras através das quais se discutirá não só, se houve violação do Código Penal Romano no Pretório, como também a maneira como foi aplicada a Lei Moisaica no Sinédrio, para além de uma análise ao comportamento humano e todos os intervenientes no pleito, face às disposições legais em vigor, na altura do primeiro Julgamento.
Do mesmo modo, quaisquer referências que se possam fazer, durante os debates e nas alegações, aos conceitos de Direito Penal interpretados por grandes criminalistas, ao longo dos tempos, são a prova inequívoca da convicção com que, certamente, irão falar todos os participantes da Causa em Juízo, com o objectivo de justificar e defender, cada um por si, os actos registados no Processo."
(Um esclarecimento)
Índice:
Nota de abertura | O Recurso | Um esclarecimento | Início da Audiência | Apreciação dos Factos | O Processo | Conduta do Sinédrio | Apreciação do Comportamento do Magistrado Romano | Processo Religioso Diante do Sinédrio | Processo no Tribunal Romano | Alegações.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
45€
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