19 junho, 2024

COUVANEIRO, João Luís Serrenho Frazão - O PENSAMENTO SOCIAL E POLÍTICO DE ANTÓNIO PEDRO LOPES DE MENDONÇA. Dissertação de Mestrado em História Contemporânea apresenta à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sob a orientação do Professor Doutor Sérgio Campos Matos. Lisboa, [s.n. - Colibri - Soc. de Artes Gráficas, Lda. - Lisboa], 2002. In-fólio (30x21 cm) de [8], 180, [1] f. ; il. ; B.
1.ª edição.
Trabalho académico. Importante subsídio - histórico e biográfico - para o tema do liberalismo, e o despertar do movimento operário português.
Ilustrado com um retrato do biografado em página inteira.
"O pensamento social e político de António Pedro Lopes de Mendonça de João Luís Serrenho Frazão Couvaneiro é um estudo sobre uma figura bem representativa da vida política, social e cultural portuguesa, do tempo do nosso primeiro Liberalismo (1826-1865).
Victor de Sá já a ela se referira em diversos passos da sua obra, em particular ao seu papel com Sousa Brandão na Fundação do Eco dos Operários, o primeiro Jornal Socialista Português.
Jornalista, folhetinista, romancista e crítico literário, divulgador em Portugal do ideário socialista de Fourrier, Blanc, Proudon, das ideias e correntes estéticas e literárias de V. Hugo, Dumas e Balzac, esta monografia salienta também o papel de Lopes de Mendonça na vida política e parlamentar portuguesa e em particular o seu pensamento político e social que o aproxima de um fundo de cultura e pensamento comum às figuras de proa do pensamento liberal do seu tempo, com alguns dos quais polemizou, a saber, com A. Herculano e H. Nogueira, a propósito de temas e debates então correntes acerca da Centralização, da Descentralização, do Municipalismo, entre outros temas."
(Capela, José V. in Prémio História Contemporânea (12.a edição). Apresentação das obras concorrentes e da vencedora)
"A instauração do liberalismo em Portugal é indissociável da conjuntura europeia da primeira metade de Oitocentos, ligando-se de forma directa às invasões francesas e, em função destas, ao apoio interessado da Inglaterra, aparentemente mais empenhada em assegurar uma relação de privilégio com a rica colónia brasileira, do que em salvaguardar os interesses da metrópole. Destes contactos resultou a inoculação em solo luso dos princípios liberais, que iam já contagiando boa parte do continente europeu.
No decurso da primeira metade do século XIX, operou-se em Portugal um conjunto de transformações, que deram origem ao lenta nascimento de um Estado de Direito com a subordinação do Monarca e do Governo a uma legalidade que advinha agora da Nação. A vitória liberal alterou de forma definitiva as estruturas da sociedade portuguesa. O País renovou-se e reinventou-se de acordo com as luzes de uma nova cultura política. Estas transformações, operadas não sem hesitações e compassadas com ritmos desiguais, consolidaram-se em 1851 com o pronunciamento regenerador, que para além de promover a reestruturação das elites políticas, foi marcado pelo início visível da organização do movimento operário."
(Excerto da Introdução)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
25€

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