S. CARLOS, PORTUENSE - Fr. Ignacio de - DISCURSO MORAL, E POLITICO SOBRE OS CONTRABANDOS, OFFERECIDO ao Ill.mo, e Ex.mo senhor LUIS MAXIMO ALFREDO PINTO DE SOUZA COUTINHO, VISCONDE
DE BALSEMAÕ, DO CONSELHO DE S. A. R., e da Sua Real Fazenda, Senhor
Donatario dos Conselhos de Ferreiros, e Tendaes, Alcaide Mór de Castello
Mendo, Commendador de S. Martinho de Lordello do Ouro na Ordem de
Christo, Cavalleiro de Devoçaõ da Sagrada Religiaõ de S. Joaõ de
Jerusalem &c. &c. Por... Franciscano, dos Observantes de Portugal. PORTO: Na Typog. que foi de Antonio Alvarez Ribeiro, 1814. Com licença da Mesa do Desembargo do Paço. In-8.° (15 cm) de [14], 220, [10] p. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história do protecionismo industrial e comercial implementado em Portugal no período que se seguiu às Invasões Francesas.
"Meditando por muitos annos sobre quanto lia, e via praticar-se
ácerca de Contrabandos, me vi como obrigado a formar a este melindrozo
respeito huma Memoria particular, para me servir, como tem servido, de
regra no Tribunal onde se naõ mente. Nunca temi por isso as oppoziçoens,
que se me enrostavaõ, fundadas em AA., que sempre caracterizavaõ de
melhor nota: bem presuadido de fraqueza de meus principios, e constantes
na certeza, e segurança dos meus, rezolvia, sem hezitar, contra todos
os argumentos contrarios. Ainda hoje conservaria em silencio este
sistema, se ainda hoje me fossem, como foraõ até agora, indifferentes as
ultimas palavras do Epigrafe, que tanto Os Encyclopedistas, como os
seus fieis Copistas, inseríraõ em humas mesmas Obras com differentes
titulos, sobre o assumpto. Contudo: aquelle Epigrafe, se á força de
maior reflexaõ naõ excitou o meu pejo, por naõ entender já mais comigo,
excitou a minha rezoluçaõ para manifestar aos Ministros do Santuario, e
aos meus Nacionaes, os meus muito antigos sentimentos. Naõ os considero
absolutamente izentos de censura; basta ser o primeiro, que fallo na
materia, para logo a merecer: mas o momento, em que me convencerem, será
tambem o momento da minha pública, e sincera retractaçaõ."
(Excerto da
introdução - "Aos Portuguezes")
Sobre esta obra, publicou a «Gazeta de Lisboa» de sexta-feira, 21 de Maio de 1819, um pequeno artigo:
"Sahio á luz: Discurso Moral, e Politico sobre os Contrabandos, composto por Fr. Ignacio de S. Carlos, Portuense, Obra original nestes Reinos, e de todo o interesse não só para os Theologos, mas para os Jurisconsultos, pela allegação de todas as Leis Civis Patrias atégora promulgadas, e pela noticia dos mais celebres Publicistas, que tratão da materia. Hum volume em 8.º Vende-se na Loja de Carvalho defronte da rua de S. Francisco, e no Porto, em as lojas principaes de Livros."
"Sahio á luz: Discurso Moral, e Politico sobre os Contrabandos, composto por Fr. Ignacio de S. Carlos, Portuense, Obra original nestes Reinos, e de todo o interesse não só para os Theologos, mas para os Jurisconsultos, pela allegação de todas as Leis Civis Patrias atégora promulgadas, e pela noticia dos mais celebres Publicistas, que tratão da materia. Hum volume em 8.º Vende-se na Loja de Carvalho defronte da rua de S. Francisco, e no Porto, em as lojas principaes de Livros."
Encadernação coeva inteira de pele com rótulo e dourados na lombada. Com defeitos.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Miolo irrepreensível.
Raro.
45€
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