01 março, 2022

OLIVEIRA, General Júlio de - COISAS E LOISAS DE EQUITAÇÃO.
Ilustrações do Autor
. Lisboa, [s.n. - Bertrand (Irmãos), Lda, Lisboa], 1953. In-4.º (24 cm) de [6], V, [1], 193, [3] p. ; [1] f. il. ; mto. il. ; B.
1.ª edição.
Importante trabalho sobre equitação, que inclui o ensino e a alta-escola, saltar obstáculos e as caçadas a cavalo.
Livro muito ilustrado ao longo do texto com fotogravuras e belíssimos desenhos do autor, e um seu retrato em separado: "Capitão Júlio de Oliveira montando o «Areosa» e com «Éclair» à mão no Concurso Hípico de Lisnoa (1916)".
"A equitação é, na actualidade, quase exclusivamente um desporto. A Cavalaria montada dos exércitos modernos entrou num período de manifesta decadência e foi transformada por toda a parte em arma mecanizada. Por mais que nos custe reconhecê-lo, a verdade é que as cargas heróicas da Cavalaria foram desaparecendo na névoa da tradição e passaram definitivamente à história. Mas o cavalo, que através de milénios tem sido o companheiro inseparável do homem e foi o melhor instrumento de guerra de todos os povos, se está actualmente em franco declínio como arma de combate, continua, no entanto, a ser um precioso elemento de educação para o soldado e, duma maneira geral, para toda a juventude que se dedica à prática da equitação porque este exercício, além de exigir acentuado esforço físico e muita reflexão, desenvolve o desembaraço, a confiança em si próprio, d´o gosto do perigo e o espírito combativo indispensável a todos aqueles que têm necessidade de ser fortes e viris, como devem ser os indivíduos que se dedicam à profissão das armas.
Ninguém pode contestar que o desporto hípico expõe os cavaleiros a perigos reais, que é necessário afrontar com sangue-frio e coragem, dominando as apreensões e acabando até por se rir delas. [...]
Para forjar cavaleiros sólidos e desembaraçados, aptos a manejarem um cavalo com facilidade e à-vontade, são necessários mestres competentes. [...]
A equitação é uma arte fundamentalmente prática e experimental. Não é na leitura dos tratados e dentro das bibliotecas que se aprende a  montar a cavalo [...], os livros dão apenas explicações dos factos e normas a seguir, mas quem se prende demasiadamente com a teoria não consegue andar rapidamente para diante."
(Excerto do Prólogo)
Índice:
Prólogo. | I - O ensino da equitação. II - A solidez a cavalo. III - A posição do cavaleiro. IV - Faculdades mentais do cavalo e bases do seu ensino. V - Escolas e sistemas de equitação. VI - O equilíbrio do cavalo e a obediência às ajudas. VII - O trabalho de duas pistas. VIII - O recuar. IX - A concentração. X - A alta-escola. XI - A equitação de obstáculos em Portugal. XII - O cavalo de obstáculos. XIII - O ensino do cavalo de obstáculos. XIV - O cavaleiro de obstáculos. XV - Locomoção. XVI - Caçadas a cavalo. XVII - Uma marcha de resistência notável. XVIII - Equitação em comprimidos.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Indisponível

Sem comentários:

Enviar um comentário