COSTA, Uriel da - EXAME DAS TRADIÇÕES FARISAICAS. Exame das tradições phariseas. Fac-símile do exemplar único da Biblioteca Real de Copenhaga, acrescentado com Samuel da Silva: Tratado da Imortalidade da Alma. Introdução, leitura, notas e cartas genealógicas por H. P. Salomon e I. S. D. Sassoon. Braga, Edições APPACDM Distrital de Braga, 1995. In-4.º (24 cm) de 598, [2] p. ; [5] f. il. ; [4] mapas geneal. ; B.
1.ª edição.
"O livro há muito perdido e agora reencontrado, de Uriel da Costa, rejeita a origem divina da tradição rabínica. A sua intuição dizia-lhe que o que ele designa de «farisaismo» é irreconciliável com a religião do Pentateuco e, portanto, não pode derivar da mesma fonte. Ele assevera, por exemplo, que a Lei de Moisés não admite a crença numa vida depois da morte para os seres humanos, enquanto indivíduos. Concomitantemente, nega a origem moisaica da noção de castigo eterno. A leitura rabínica da lei moisaica parecia-lhe uma falsificação quase tão grande como a cristã. No entanto, não podia haver retorno para o cristianismo, e a pesar da sua profunda ruptura com a Sinagoga, ainda acreditava na redenção derradeira do povo judeu. Como ele tão dramaticamente declara no seu soneto final, a reabilitação de Israel dependa da sua rejeição das doutrinas feitas pelo homem, e de seu apego à Lei em toda a sua pureza."
(Resumo retirado da badana do livro)
Livro ilustrado com 5 folhas separadas do texto, impressas sobre papel couché, e 4 mapas genealógicos em folhas desdobráveis.
Tiragem: 1000 exemplares.
Índice:
Lista das Gravuras. | Prólogo. | Glossário das Palavras Hebraicas. | Abreviaturas. | Critérios de Transcrição. | Bibliografia. | Introdução: 1 - A vida de Uriel da Costa. 2 - Uriel da Costa e Leon Modena. 3 - Samuel da Silva e Leon Modena. 4 - Uriel da Costa e Samuel da Silva. 5 - Opiniões judaicas sobre a Escatologia. 7 - Consequências. | Fac-símile de Uriel da Costa: Exame das Tradições Phariseas. | Edição crítica de Uriel da Costa: Exame das Tradições Farisaicas. | 1.ª Parte: Ao Leitor; [14 Capítulos]. | 2.ª Parte: Prefácio; [20 Capítulos]. Questão. Edição crítica de Samuel da Silva: Tratado da Imortalidade da Alma. Ao Benigno Leitor; [30 Capítulos + Capítulo Último]. | Apêndice 1: Transcrição do documento escrito e assinado por Uriel da Costa em Coimbra, 8 de Outubro de 1601. | Apêndice 2: Transcrição das actas da reunião do dia 15 de Maio de 1623, dos delegados das três comunidades portuguesas, respeitante à chegada a Amesterdão de Uriel da Costa. | Apêndice 3: Exemplo da vida humana. | Índice dos Lugares Bíblicos. | Índice dos Nomes Próprios. | Índice dos Assuntos.
Uriel da Costa (ca. 1580-1640). "Escritor e pensador português nascido cerca de 1580, no Porto, e
falecido em 1640, em Amesterdão. Formou-se em Direito Canónico em
Coimbra. Em 1615 aderiu ao Judaísmo, mudou de nome de Gabriel para Uriel
e emigrou. Devido às suas ideias que negavam a imortalidade da alma,
foi repudiado pelos amigos e pela família, acabando por se suicidar.
Teve grande influência na especulação filosófica de Espinosa, através do
seu deísmo, que recusava todas as formas de revelação divina. São de
sua autoria as obras Propostas Contra a Tradição (1616), Exame das Tradições Farisaicas (1624) e Exemplar vitae humanae (1640), uma autobiografia."
(Fonte: infopedia)
"Um canonista portuense – Uriel da Costa – converso ao judaísmo, emigrou
para Amesterdão em 1616. Procurava uma sociedade em que a liberdade
religiosa fosse garantida, e o convívio de muitos outros judeus
portugueses, residentes na Holanda. Uriel da Costa era um «demandista»
– um filósofo e, pouco depois de chegar a Amesterdão, começou a negar
dois dos primeiros artigos de fé do judaísmo: a lei oral, complementar
da Bíblia, e a imortalidade da alma. A ideias de Uriel provocaram enorme
confusão na comunidade judaico-portuguesa, fortemente tradicionalista e
farisaica. A confusão, que durou 24 anos, ficou assinalada pelo
aparecimento de livros polémicos, e pela ocorrência de casos graves –
culminando no suicídio de Uriel, em 1640. Nesse quase quarto de
século, foram vários os escritos filosóficos, polémicos e teológicos
que os tradicionalistas produziram contra o modernismo. Entre eles
avulta o Tratado da Imortalidade da Alma (1623) do médico e rabino
portuense Dr. Samuel Silva, amigo de Uriel, mas dele o mais sólido
opositor."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Esgotado.
Com interesse histórico.
40€
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