27 abril, 2015

60 ANOS DE RÁDIO EM PORTUGAL : 1925-1985 - RDP : Radiodifusão Portuguesa E. P. Lisboa, Vega, 1986. In-4º (24cm) de 306, [2] p. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
Importante contributo para a história da Rádio em Portugal. Edição totalmente impressa sobre papel couché, ilustrada com gráficos, mapas e fotografias a pto e a cor, assinalando algumas ocasiões históricas da RDP.
“A Radiodifusão Portuguesa foi constituída em dezembro de 1975 com o nome de Empresa Pública de Radiodifusão e agrupava a Emissora Nacional de Radiodifusão - que transmitia para o país e para os territórios ultramarinos -, os Emissores Associados de Lisboa - grupo de estações privadas que transmitiam em Onda Média -, as empresa J. Ferreira & C.ª Lda. e Alfabeta - Rádio e Publicidade, e uma série de postos emissores e retransmissores de radiodifusão, entre os quais o Rádio Clube Português.
Em 1976, um decreto governamental determinou que a Empresa Pública de Radiodifusão adotasse em definitivo a designação Radiodifusão Portuguesa, mais conhecida por RDP. […]
A RDP é herdeira da Emissora Nacional de Radiodifusão que tinha sido criada a 4 de agosto de 1935. As primeiras emissões experimentais, a partir dos estúdios de Barcarena, já se tinham realizado em 1932 em Onda Média, sendo que a Onda Curta foi testada dois anos mais tarde. A onda curta assumiu, a partir de 1937, uma grande importância no seio da Emissora nacional porque permitia o acesso às comunidades emigrantes e aos pescadores da frota de bacalhoeiros. Nessa altura, destacava-se o programa "Hora da Saudade". Essa tradição mantém-se hoje em dia com a RDP - Internacional.
Nos anos 50, por iniciativa da Emissora Nacional, surgiram as orquestras Sinfónica, Típica e Ligeira, o Centro de Formação de Artistas da Rádio e o teatro radiofónico. Este estilo manteve-se até à revolução do 25 de abril de 1974, altura em que a Emissora Nacional foi ocupada pelo militares. Em 1976, deu então lugar à RDP.”
(in http://www.infopedia.pt/$rdp-radiodifusao-portuguesa)
"Não foi indiferente à preparação deste trabalho, e não o será eventualmente à sua discussão, a situação sócio-política de Portugal nesta Primavera de 1985. Sem poder ser exaustivo, direi que a situação nacional se caracteriza por uma palavra: confusão. Confusão que uns criam, voluntária ou involuntariamente; e de que outros aproveitam, sempre voluntariamente. Confusão de valores, de sinais, de pessoas, de competências, de experiências, de políticas, de estratégias, de lideranças, de cenários... Confunde-se, por exemplo, a crítica com a hostilidade; o diálogo com a barafunda; a verticalidade com o mau feitio; a lealdade com a idiotice; a competência profissional com o emblema partidário; a seriedade com a parvoíce; a cultura com o bla-bla atrevido; o sol da verdade com o manobrismo sombrio; a luta do dia a dia com o salve-se quem puder. É o tempo da ambiguidade do pragmatismo - ou do pragmatismo da ambiguidade...
Andam também confundidas a rádio velha e a rádio nova. [...] O que deveria ser a coexistência natural, pacífica, é de facto a surdina conflitual. O que deveria ter sido a passagem de um testemunho, foi e é ainda uma certa guerra fria..."
(excerto da comunicação Rádio Velha / Rádio Nova)
Encadernação inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

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