30 abril, 2022

MORENO, Mateus - A NOVA GUERRA E A ARTILHARIA. [Por]... Tenente de Artilharia. Com um estudo sôbre a missão, emprêgo e organização modernas da Artilharia de Campo de Batalha pelo Tenente-Coronel J. J. Ferreira da Silva. Lisboa, «Ressurgimento», 1927. In-8.º (19,5 cm) de 106, [6] p. ; [4] f. il. ; B.
1.ª edição.
A Grande Guerra sob o ponto de vista da arma de Artilharia. Ensaio técnico-militar vertido em conferência. Monografia com interesse histórico, militar e estratégico.
Livro ilustrado com quatro estampas intercaladas no texto: Tenente-coronel Ferreira da Silva [retrato]; Grande canhão britânico em marcha, na última guerra; O canhão pesado francês de 145; Um "carro d'assalto" francês.
"O presente estudo, análise sintética das características evolutivas dum dos principais elementos de acção nas novas guerras - a Artilharia -, se não vem preencher, de facto, uma lacuna de há muito entre nós existente sôbre o assunto, é pelo menos um incitamento para que outros, com mais competência, a tal se abalancem.
É indispensável que através das Inspecções de cada arma a nação se preocupe com o seu Exército, não esquecendo que este hoje vale bem mais pelo seu aperfeiçoamento e potência do seu material utilizável, do que pela grandeza e complexidade do próprio efectivo em homens.
O modesto trabalho que segue, foi exposto pela primeira vez em despretenciosa palestra aos oficiais de um dos fortes do antigo Campo Entrincheirado de Lisboa... [...]
Nesta adaptação e desenvolvimento da referida palestra, continuamos a manter os três capítulos em que a haviamos dividido. No primeiro lançamos um olhar rápido sôbre as características e organização geral da Artilharia nos últimos anos que precederam a Grande Guerra; no segundo apreciamos as características mais notáveis a evolução, tanto orgânica como material, da referida arma durante a guerra; no terceiro e último, discutida a possibilidade de novas guerras, procuraremos apresentar algumas rápidas considerações ácêrca das prováveis características materiais e propriedades tácticas da mesma arma, no caso de se desencadear um novo conflito com as características do último."
(Excerto do Prefácio)
Índice dos capítulos:
Dedicatória. | Prefácio. | Cap. I - Antes da Grande Guerra: I. A Artilharia de Campanha, sua organização e emprêgo no início da conflagração; II. A Artilharia alemã. Cap. II - No fim da Grande Guerra: I. Evolução da Artilharia durante a Grane Guerra. Suas principais características; II. A Artilharia divisionária francesa. Seu confronto com a alemã; III. Características técnicas da evolução da Artilharia. III - A Nova Guerra: I. A possibilidade de novas guerras; II. A nova táctica. Princípios gerais; III. A futura artilharia; suas propriedades características. | Anexos: A) Missões, emprêgo e organizações modernas da Artilharia de Campo de Batalha, - pelo ten.-coronel José Jorge Ferreira da Silva. B) A classificação das armas segundo o Novo Regulamento Provisório do Serviço de Campanha. | Post-Scriptum: Teremos uma nova guerra dentro de 15 a 20 anos? Como será essa guerra?
Mateus Martins Moreno Júnior (1892-1970). Natural de Faro. "A paixão pela cidade que o viu crescer e pelo Algarve revelaram-se logo na mocidade, através da participação na imprensa e no movimento associativo locais. Presidiu à Academia do Liceu de Faro, onde fez estudos preparatórios. Fundou, em Outubro de 1911, o quinzenário académico A Mocidade, sendo da sua lavra a rubrica «Horas líricas», onde publicou muita poesia.
Em finais de 1914, Mateus Moreno veio para Lisboa para frequentar o curso de Matemáticas da Faculdade de Ciências. Terá sido essa a razão da transição da redação, administração e impressão da Alma Nova para a capital.
Nem mesmo a sua mobilização, em 1917, e ordem de marcha para França, incorporado no C.E.P., como alferes miliciano de artilharia de campanha, conseguiram interromper a atividade como escritor e como diretor da Alma Nova. No entanto, não é de excluir que as dificuldades que a revista registou no cumprimento da periodicidade, no final de 1916 e início do ano seguinte, se ficassem a dever, entre outras causas, à ausência de Mateus Moreno.
Redigiu e publicou alguns livros sobre o conflito militar e estudos técnicos sobre a sua arma, que foram apreciados pela hierarquia do exército. No que se refere à Alma Nova aí foram publicadas 5 cartas com as suas impressões da viagem e da chegada a França. Terminada a guerra, Mateus Moreno optou pela carreira militar frequentando a Escola de Guerra. Também fez o Curso Superior Colonial, em resultado do qual obteve algumas missões em Angola e desempenhou diversos cargos. Atingiu o posto de Major em 1942."
(Fonte: https://research.unl.pt/files/3627477)

Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

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