08 abril, 2022

BRASIL, Jaime - O JAPÃO ACTUAL
. Lisboa, Editorial Cosmos, 1936. In-8.º (18 cm) de 47, [1] p. ; [4] p. il. ; B. Col. Cadernos de Cultura, N.º 1
1.ª edição.
Retrato do Japão pouco antes do início do conflito sino-japonês e da Segunda Guerra Mundial - estudo premonitório do que se seguiria, tanto relativamente ao sonho imperialista nipónico, como o "remédio" para pôr fim a essa ambição.
Livro ilustrado com 4 estampas: O Imperador Hirohito; Treino de armas da mocidade; Toyama, chefe da seita nacionalista "Dragão Negro"; O General Sadao Araki, incarnação do espírito militarista do Japão.
"Para fazer uma ideia, ainda que, apenas, aproximada, do Japão actual, é preciso lnçar uma vista de olhos pelo passado. As condições de vida, nesse país, determinam a psicologia dos seus habitantes, os quais passaram, em menos de cem anos, do estado a que o Ocidente chama bárbaro, para o duma completa civilização industrial, superior, sob muitos aspectos, á dos povos europeus e americanos. No entanto, grande parte do povo e, sobretudo, as classes dirigentes do Japão conservam uma mentalidade peculiar, difícil de ser compreendida pelos ocidentais. Essa mentalidade, que faz do patriotismo uma religião, tornou possível o rápido progresso dêsse país, o qual é, hoje, uma permanente ameaça para todo o mundo, dada a sua necessidade de expansão e o ardor e firmeza postos em levar a cabo esta."
(Excerto do Cap. 1 - Vista de olhos pelo passado)
Matérias: 1 - Vista de olhos pelo passado. 2 - A revolução operada na era "Meiji". 3 - O período do feudalismo económico. 4 - O plano da expansão nipónica não é só panasiático. 5 - O sistema da colonização com "intermediário". 6 - O choque das forças políticas em presença.
Artur Jaime Brasil Luquet Neto (Angra do Heroísmo, 1896 - Lisboa, 1966). "Jaime Brasil nasceu nos Açores; veio estudar para Coimbra em 1909 com Adriano Botelho e outros, seguindo depois para a Escola de Guerra e entrando na carreira de oficial do Exército. Afastando-se dela com a patente de tenente, enveredou cedo pela profissão de jornalista, que desempenhou por toda a vida, vindo a ser chefe da delegação em Lisboa do diário “O Primeiro de Janeiro”, sucedendo a Pinto Quartim, nos anos 50. Em 1932-33 publicou vários livros sobre a questão sexual, liberdade afectiva e controlo dos nascimentos, que lhe valeram polémicas com os católicos e o exílio em França e Espanha. Durante a guerra civil neste país, advogou uma frente única antifascista. Foi preso em 1940, no seu regresso a Portugal. No final desta década foi à Palestina e publicou o livro Shalom, Shalom."
(Fonte: http://mosca-servidor.xdi.uevora.pt/arquivo/?p=creators/creator&id=427)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Com interesse histórico.
Muito invulgar.
25€

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