22 abril, 2022

DOMINGUES, Mario - DELICIOSO PECADO.
Por...
Lisboa, Imprensa Libanio da Silva, 1923. In-8.º (16,5 cm) de 24 p. ; B. Col. Novela Sucesso, N.º 8
1.ª edição.
Capas e ilustrações do pintor/ilustrador modernista Bernardo Marques (1898-1962).
Novela escandalosa. Aquando da sua publicação, foi proibida de circular e apreendida pela censura, apesar das amplas liberdades editoriais que vigoravam. História dos amores incestuosos entre pai e filha, fórmula utilizada pelo autor - anarquista  militante na época - "como forma libertadora de impulsos reprimidos".
Opúsculo ilustrado com dois belíssimos desenhos de Bernardo Marques em página inteira.
"Sabia que ela era bonita, que sua voz terna se insinuava em meu ânimo e me apaziguava todas as iras, que os beijos de filha submissa lhe afloravam aos lábios rubros, frescos, como reflexos dourados e irrequietos do sol, brincando nos serros vermelhos dessa terra algarvia - mas só naquela tarde, ao sol-pôr, quando regressávamos juntos do passeio habitual, descobri que os seus desasseis anos eram duma perturbante sedução..."
(Excerto da Novela)
Mário José Domingues (Roça Infante D. Henrique, Ilha do Príncipe, 1899 - Costa da Caparica, 1977). "Foi um escritor, publicista, jornalista, tradutor e historiador, considerado um dos mais fecundos no panorama literário português. Colaborou em diversos periódicos anarco-sindicalistas. Com inúmeros pseudónimos estrangeiros, alguns dos quais muito popularizados, escreveu algumas centenas de romances policiais, "cor-de-rosa" e de aventuras, que se venderam geralmente com grande êxito.
Com dezoito meses de idade foi enviado para Lisboa, sendo educado pela avó paterna. Aos dezanove anos de idade aderiu ao ideário do anarquismo e iniciou colaboração no diário anarco-sindicalista A Batalha e, posteriormente, no jornal anarquista A Comuna, da cidade do Porto. Nesse período participou nas atividades de um grupo libertário que, entre outros, integrava Cristiano Lima e David de Carvalho. Fez parte da redação da revista Renovação (1925-1926) e colaborou na organização do congresso anarquista da União Anarquista Portuguesa (UAP). Publicou diversas obras de ficção, entre as quais Hugo, o Pintor (1922), Delicioso Pecado (1923), A Audácia de um Tímido (1923), Entre Vinhedos e Pomares (1926) e O Preto de Charleston (1930). Após a Revolução de 28 de Maio de 1926 dedicou-se ao jornalismo e tornou-se escritor profissional. Voltou-se para a história, escrevendo mais de uma dezena de volumes. Também se dedicou ao romance policial, de aventuras e à literatura cor-de-rosa recorrendo a pseudónimos pretensamente estrangeiros.
A 10 de julho de 1970, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado, preso por agrafe, em bom estado geral de conservação. Frágil. Cadernos separados das capas.
Raro.
Indisponível

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