QUADROS, António - PORTUGAL : Razão e Mistério. Livro I - Uma Arqueologia da Tradição Portuguesa : introdução ao Portugal arquétipo, a Atlântida desocultada, o país templário.
QUADROS, António - PORTUGAL : Razão e Mistério. Livro II - O Projecto Áureo ou o Império do Espírito Santo : o Império segundo segundo Dinis e Isabel, o Império segundo Avis, os Painéis de Nuno Gonçalves e a «Religião de Avis».
Lisboa, Guimarães Editores, Lda, 1986-1987. 2 vols in-8.º (21 cm) de 195, [21] p. (I) e 294, [26] p. ; [1] f. desdob. (II) ; B.
1.ª edição.
Obra de fôlego, a maior do autor, justamente considerada, sob o ponto de vista filosófico, uma das mais importantes da História de Portugal. O plano previa a publicação de um terceiro volume que nunca viria a ser concretizado, motivo de tormento nos últimos anos de vida do ensaísta.
"Portugal, Razão e Mistério é por uma parte a razão, razão teleológica,
que guiou a inteligência portuguesa na aventura do seu ser e do seu
estar no mundo, e por outra parte o mistério, subjacente ao seu destino
glorioso e infeliz, universalista e contudo sempre problemático.
Ao abordar temas como a caracterização de um Portugal arquétipo, a Atlântida finalmente identificada com a civilização megalítica galaico-portuguesa ou as raízes templárias, cistercienses e joaninas do nosso país nos seus primeiros séculos, e, seguidamente, o que foi o projecto áureo de um Império do Espírito Santo, e depois os caminhos labirínticos para onde nos levou a saudade da Pátria prometida em termos cíclicos de mito, de decadência e de desejo regenerador, António Quadros procura mostrar-nos simultaneamente um Portugal profundo, um Portugal imaginário e também um Portugal ainda potencial, que depende menos de uma vontade política do que de um saber da sua essência ocultada e empecida."
Ao abordar temas como a caracterização de um Portugal arquétipo, a Atlântida finalmente identificada com a civilização megalítica galaico-portuguesa ou as raízes templárias, cistercienses e joaninas do nosso país nos seus primeiros séculos, e, seguidamente, o que foi o projecto áureo de um Império do Espírito Santo, e depois os caminhos labirínticos para onde nos levou a saudade da Pátria prometida em termos cíclicos de mito, de decadência e de desejo regenerador, António Quadros procura mostrar-nos simultaneamente um Portugal profundo, um Portugal imaginário e também um Portugal ainda potencial, que depende menos de uma vontade política do que de um saber da sua essência ocultada e empecida."
(Fonte: wook)
O
2.º volume da obra inclui em separado uma folha desdobrável que
reproduz os Painéis de S. Vicente, devidamente legendado por secção.
"A razão de Portugal, a razão de ser deste país antigo, encontra-se
envolta na mais densa bruma. Tornou-se um mistério ou é um mistério?
Emergência da nação lusíada, seu destino inesperadamente fulgurante, seu projecto áureo, sua persistente resistência à adversidade, sua
longa e relutante decadência, seus mitos de regeneração, suas
obras de génio, suas estrelas cintilantes e dir-se-ia que proféticas no crepúsculo, tudo hoje é interpretado casualmente, a partir de de
teorias da história opacas, diminutivas, reducionistas, que no fundo
espelham o dominante espírito empecido da nossa época positivista,
materialista, utilitarista. [...]
A razão de Portugal, a razão de ser de Portugal é antes de tudo uma razão teológica, isto é, uma razão aberta para com um telos ou um fim que é a justificação última do seu movimento no tempo e no destino."
(Livro I - Excerto do Prefácio)
"Com o impulso da cavalaria templária e da caridade cisterciense, na interpretação peculiar que lhe deram necessariamente o carácter guerreiro de uma luta contra o mouro que não contradizia o substracto da antiga aculturação moçárabe, foi-se desenvolvendo pouco a pouco, ao longo do nosso primeiro século como nação independente, um embrião de projecto civilizacional, de «sistema» axiológico, de psicilogia colectiva à procura de univocidade, caracterizados não só pela persistência do espírito cruzado segundo os ideais joanino e graalista, mas também pela evolução brilhante da língua portuguesa a partir da matriz luso-galaica: língua popular e também, língua literária com riqueza e qualidade para propiciar o aparecimento da notável poesia de amor dos trovadores ao lado da poesia dos Cancioneiros e dos Romanceiros tradicionais, exprimindo lendas, mitos, crenças e valores de arcaica ascendência ou bem assim dos romances de cavalaria e das canções de gesta do ciclo arturiano."
(Livro II - Excerto do Cap. I - Introdução à Paideia dionisíaca)
Exemplares em brochura, bem conservados.
Invulgar.
Indisponível
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