23 setembro, 2021

SOARES, Ernesto - ESTAMPADORES E IMPRESSORES. (Contribuição para o estudo das Artes Gráficas).
Por... Da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Academia Nacional das Belas Artes
. Lisboa, Academia Portuguesa de Ex-Libris, 1966. In-4.º (27x20,5 cm) de 39, [1] p. ; [1] f. il. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Importante estudo sobre as artes gráficas em Portugal, desde o século XVII até aos nossos dias, por Ernesto Soares, historiador, reconhecidamente uma das maiores autoridades na matéria.
Separata dos n.ºs 33, 34, 35 e 36 do Boletim da «Academia Portuguesa de Ex-Libris».
Livro ilustrado ao longo do texto a p.b., e em separado, com o ex-libris do autor - em cartolina colada - destinado apenas às separatas, "desenhado pelo pintor da arte há pouco falecido, Fernando Santos, por ele gravado a água-forte e estampado a três cores por Bastos da Silva".
Exemplar n.º 44 de uma tiragem de 100 exemplares, numerados e assinados pelo autor - 25 para ofertas.
"O estudo que se segue, não pode ser considerado como um trabalho de investigação histórica ou artística vagarosamente levado a bom termo o que nos conduziria muito para além da meta estatuída numa publicação desta natureza.
Dividimos, por isso, o assunto em capítulos, meramente compendiosos, motivo que nos obrigou a percorrer, a largas passadas, a transformação operada entre nós na arte de gravar sobre chapa metálica desde o século XVII até à actualidade e a certeza, ou simples probabilidade, da existência de artífices especialistas na obtenção perfeita de reproduções de chapas gravadas em escavação em madeira, metal ou pedra."
(Excerto do preâmbulo)
"A morte de D. João V em 1750 ofusca o brilhantismo das artes gráficas do nosso país, causando a estagnação que os seus sucessores, só anos depois, procuraram remediar com a abertura duma primeira aula de gravura em 1768 sob a orientação de Carneiro da Silva, habilíssimo mestre e primoroso artista gravador de buril.
Todavia, o impulso que deveria marcar uma época notável nesta arte, perdeu as suas tendências artísticas para preparar apenas, óptimos incisores do buril e muitos deles apreciáveis desenhadores, mas sem originalidade própria e sem entusiasmo, adestrando-se quase exclusivamente, na parte mecânica do sistema, facto com que nem o próprio Carneiro da Silva concordava, resolvendo-se por fim a abandonar as aulas e os alunos.
Aparece-nos, entretanto, nova tentativa que a falta de disciplina pedagógica impediu de maiores progressos, a Oficina Calcográfica e Tipoplástica do Arco do Cego, que há muito consideramos como a mais importante das escolas de gravura onde se reuniram elementos das aulas de Carneiro da Silva e doutra parte muitos dos que mais tarde ingressaram na Escola de Bartolozzi."
(Excerto de Régia Oficina Tipográfica)
Matérias:
[Preâmbulo]. | Prensas e Tórculos. | Séculos XVI e XVII. | Século XVIII : Academia Real da História Portuguesa. | Régia Oficina Tipográfica. | Período Bartolozziano. | Dom Fernando II. | Academia Real das Belas Artes. | Pintores Águas-Fortistas e Estampadores. | Luís Ortigão Burnay. | Carlos Reis. | Isaías Peixoto. | Bastos da Silva. | Ex-Libris gravados e estampados. | Assuntos Vários gravados e estampados. | Litografia: A) Oficinas; B) Obras ilustradas; C) Artistas litógrafos. | | A Litografia e as Senhoras. | Litogravura sobre Pedra : Cartas e Mapas. | Gravuras em Madeira a Topo.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Ex-libris de Manuel Metello no verso da capa.
Raro.
45€

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