09 setembro, 2021

LEITE, Francisco de Paula - OS LARANJAIS DE SETUBAL : sua cultura e economia.
Dissertação inaugural apresentada ao Conselho Escolar do Instituto Superior de Agronomia. Por...
Lisboa, Impr. Lusitana de José Maria Junior & C.ª, 1918. In-8.º (21 cm) de 183, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Inovador e interessante trabalho sobre a cultura da laranja em Portugal, e na região de Setúbal em particular.
"A laranja de Setúbal, teve no passado uma importância económica de relevo na região. Um produto afamado internacionalmente, devido às suas características singulares que estão diretamente ligadas aos tipos de solo e clima da região de Setúbal. [A evolução urbana desde os finais do século XIX, passando pela Grande Guerra, encontramos uma explicação para a redução da sua produção]. Com a perda de competitividade começou a existir um crescente abandono dessa cultura por parte dos proprietários. O abandono desses terrenos que outrora eram utilizados para a produção de citrinos e a crescente expansão da cidade de Setúbal, ocupando essas áreas deu origem ao desaparecimento da maioria dos laranjais."
(Fonte: https://diariodistrito.pt/a-laranja-de-setubal-que-futuro/)

Livro ilustrado no interior com um desenho esquemático, quadros e tabelas numéricas.
Exemplar muito valorizado pela extensa dedicatória manuscrita do autor a um seu amigo, expressando gratidão pela sua influência na escolha do curso de Agronomia.
"Natural de Setubal, procurei aí um assunto agrícola importante e de oportunidade para apresentar como trabalho final do meu curso.
Nada me pareceu melhor, do que os laranjais que dão nome e celebridade a Setubal e que hoje estão bem decadentes.
Dividi êste meu livro em quatro capítulos e uma introdução.
Nesta e em alguns capítulos trato, em geral dos laranjais portugueses e não em particular dos de Setubal, porque entendi ser uma e a mesma coisa."
(Excerto do preâmbulo)
"A plantação dum pomar pode-se fazer sôbre terrenos baldios ou sôbre solos recentemente cultivados.
A plantação executa-se geralmente na primavera, fazendo a preparação do terreno no princípio do inverno; ou se realisa no outono e prepara-se a terra no verão.
No primeiro caso arranca-se toda a vegetação espontanea, espalhando-a depois e deita-se-lhe fogo. Estas cinzas são depois enterradas por meio de uma lavoura profunda que pode ser pelo arado ou manual. [...]
Os terrenos já cultivados devem ser também bem lavrados e tendo-se o cuidado de empregar o sulfureto de carbono, para desinfetar o terreno, se nêle existiu um outro laranjal ou um outro pomar."
(Excerto do Cap. II - Técnica cultural - Plantação : Preparação do terreno)
Matérias:
[Preâmbulo]. |  Introdução. | I - Estudo da árvore e do meio. II - Técnica cultural. III - Problema económico. IV - Indústria. | Conclusões.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Anotações e sublinhado a lápis no interior. Falta capa frontal. Deve ser encadernado.
Raro.
Com interesse histórico e regional.
Indisponível

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