11 setembro, 2021

LERMINA, Jules - O FILHO DO MONTE-CHRISTO. Por... Volume I [II; III; IV; V; VI]. Lisboa, Typ. do Commercio de Portugal, 1897. 6 vols in-8.º (18 cm) de 159, [1] p. (I) ; 159, [1] p. (II) ; 160 p. (III) ; 160 p. (IV) ; 160 p. (V) ; 156, IV p. (VI) ; E. num único tomo
1.ª edição.
Sequela do conhecido romance O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas (1802-1870) em seis volumes (completo). Depois do "abrir de porta" à continuação da saga do Monte Cristo pelo português Alfredo Possolo Hogan, com A mão do Finado (1853), outras versões não autorizadas do romance de Dumas se sucederam, sendo a presente - O filho do Monte Cristo - de Lermina, a mais conhecida. Originalmente publicado em França (1881), teve tradução para português em 1897 - a presente edição.
"A 14 de janeiro de 1839, isto é, proximamente tres mezes depois da partida do conde de Monte-Christo, o processo Benedicto fôra de novo inscripto na lista do tribunal.
Então, como hoje, as cousas caminhavam tão depressa em Paris, que ninguem havia dado por tal, e o bello Cavalcanti, que tivera a sua hora de triumpho, arriscava-se muito a ser condemnado deante de um auditorio composto unicamente de gendarmes e advogados.
Nevava muito e gelava ainda mais.
A todos os cantos, havia cavallos caidos, carroceiros praguejando e cocheiros descompondo-se, em virtude do principio, de que, quando um cocheiro faz uma tollice, é outro o culpado d'ella.
Pelas onze da manhã, um coupé puxado por um cavallo de raça, guiado pela mão d'um cocheiro emerito, foi parar precisamente junto da escada principal do Palacio da justiça.
Apeou-se um homem que subiu rapidamente os degráos, apressando-se como se receiasse chegar tarde."
(Excerto do Cap. I - O balanço d'uma catastrophe)
Jules Lermina (Paris, 1839-1915). "Foi um romancista e jornalista francês. Iniciou a carreira de periodista em 1859. Foi preso várias vezes pelas suas inclinações políticas favoráveis ao socialismo, tendo recebido apoio público do conhecido romancista Victor Hugo. Os seus primeiros romances foram publicados sob o pseudónimo "William Cobb". Deixou abundante obra, que inclui romances de aventura, nomeadamente as sequelas de Os Mistérios de Paris, de Eugène Sue, e O Conde de Monte-Cristo, de Alexandre Dumas, bem como romances policiais, novelas esotéricas (inspiradas no seu interesse pelas ciências ocultas), um dicionário biográfico e um dicionário de gírias."
(Fonte: wikipédia)
Alexandre Dumas (1802-1870). "Nasceu em Villers-Cotterêts, Aisne, França. Foi um romancista e dramaturgo francês, autor das obras Os Três Mosqueteiros e O Conde de Monte Cristo, clássicos do romance de capa e espada de grande aceitação popular. Em 1818, passando por dificuldades financeiras, trabalhou num cartório da cidade. Conheceu Adolphe von Leuven, nobre sueco refugiado em França. Em 1821, junto com o amigo Leuven, escreveu a peça O Major de Strasburgo. Em 1823, foi morar em Paris. Em busca de emprego foi recebido pelo General Foy, amigo de seu pai, que ao ver a sua bela caligrafia concluiu que Dumas poderia secretariar o Duque de Orléans, futuro rei Luís Filipe. O emprego garantiu-lhe o sustento e abriu-lhe o caminho para a Comédie Française."
(Fonte: wook)
Encadernação simples em meia de pele com as pastas cartonadas. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Rubrica de posse na f. rosto de todos os volumes.
Raro.
A BNP dá notícia da obra sem no entanto incluir descrição técnica.
25€

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