10 setembro, 2021

MATOS, Alfredo de - A ESCOLA DE FREI JOSÉ E DE FREI MANUEL DA CONCEIÇÃO NA SERRA DE SANTO ANTÓNIO : um farol que brilhou nas trevas.
[Prefácio de Domingos de Pinho Brandão, Bispo Auxiliar do Porto]. [S.l.], Edição da Igreja Paroquial da Serra de Santo António, [1976]. In-8.º (21 cm) de 180, [4] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Monografia sobre Serra de Santo António e os dois religiosos que no primeiro quartel do século XIX puseram a freguesia no mapa, fruto da sua história de vida, e da escola que erigiram e onde leccionaram.
Livro ilustrado no texto com fotogravuras a p.b.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Na primeira metade do seculo dezanove, mais precisamente cerca do ano de 1837, a até então humilde localidade da Serra de Santo António viu-se projetada a nível nacional. Isto porque dois frades egressos do convento do Varatojo, em Torres Vedras, após o encerramento do mesmo pelo decreto de Joaquim António de Aguiar, de 28 de Maio de 1834, ali se refugiaram: um, Frei José da Conceição, natural do lugar, perseguido pela justiça, acusado de ter escondido os valores do convento antes de sair; outro, Frei Manuel da Conceição, por fervor apostólico e solidariedade para com o colega e amigo.
Foi este Frei Manuel, que, por volta de 1837, abriu uma escola de ensino secundário, na Serra de Santo António, onde residia. Seis anos mais tarde, resolvidos os problemas com a justiça, juntou-se-lhe Frei José como docente. A escola chegou a ter uma frequência de cerca de 100 alunos, vindos de todo o país. Terminou em 1875 com a morte de Frei Manuel e o regresso de Frei José ao convento."
(Fonte: https://www.municipiosefreguesias.pt/freguesia/373/13/heraldica-da-freguesia-de-serra-de-santo-antonio)
"Os dois egrégios varatojanos, que se acoitaram nas escarpas cinzentas e quase nuas da Serra de Santo António, foram dar ali - como é fácil ver - por influência de razões totalmente diferentes. Um, atraído pelo magnetismo natural do sangue; o outro, empurrado pela incrível circunstância adversa de a família o rejeitar - circunstância a que deu providencial remedeio o chamado que retine dentro da alma dos amigos que verdadeiramente o são.
Nestes pontos se viram, respectivamente, Fr. José e Fr. Manuel da Conceição.
A causa primeira de tudo isto foi a política. No entanto, a posição de ambos, relativamente aos políticos da época, diferenciava-se com perfeito rigor. Enquanto ninguém era capaz de dar fé da mais pequena «aquela», por parte destes, contra Fr. Manuel, reinava, no ânimo de alguns Liberais, uma vontade que nem um braço contra Fr. José. E o caso é que repetidas vezes tentaram pôr em obra o que lhes andava nos desejos: deitar-lhe a mão."
(Excerto do Cap. V - O farol que brilhou nas trevas)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e regional.
20€

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