OLIVEIRA, Hermes de Araújo - O SUBMARINO E AS COMUNICAÇÕES MARÍTIMAS. Conferência de Estratégia realizada no I. A. E. M., no Curso do Estado Maior, em 1947, e repetida, a convite, na Direcção do Serviço de Submersíveis. [Por]... Tenente de Infantaria. Prefácio do Ex.mo Sr. Vice-Almirante Botelho de Sousa. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso na Tipografia da L. C. G. G. - Lisboa], 1947. In-4.º (23 cm) de 78, [2] p. ; [9] desdob. ; B.
1.ª edição.
Interessante subsídio sobre o submarino para a história das duas guerras. Publicado pouco tempo após o final da Segunda Guerra Mundial, o objectivo do presente estudo passa pela análise do desempenho deste temível meio militar ao longo da Grande Guerra (1914-1918) e no conflito mundial recém-terminado (1939-1945), não deixando o autor de, no final, abordar o caso particular de Portugal.
Livro ilustrado com 9 gráficos em folhas desdobráveis:
Grande Guerra: 1. Afundamentos; 2. Movimento dos submarinos; 3. Tonelagem afundada por cada submarino afundado; 4. Perdas e Construções; 5. Influência da guerra submarina no campo interno dos beligerantes.
2.ª Guerra Mundial: 6. Afundamentos; 7. Afundamentos pelos diversos corsários; 8. Afundamentos e Construções.
Conclusão: 9. Afundamentos nas duas guerras mundiais.
"O submarino nasceu como barco de flotilha, para, ao mesmo título que o torpedeiro de superfície, atacar por surpresa os grandes navios.
No início da Primeira Guerra Mundial encontrou-se com o desenvolvimento necessário para ser utilizado no ataque directo às comunicações, e assim foi empregado pelo partido mais fraco que, não podendo conquistar a liberdade das comunicações marítimas, lançou mão do recurso de atacar as do adversário, para quem estas eram absolutamente vitais.
A surpresa técnica esteve a ponto de dar-lhes o êxito; mas os recursos da técnica e da organização dos adversários da Alemanha permitiram encontrar os antídotos na escuta submarina e no combóio, e a ameaça foi detida.
A Segunda Guerra Mundial começa com uma flotilha submarina que tinha feito grandes progressos, como os tinham feito igualmente os meios de combatê-la. A situação à superfície era semelhante à da guerra anterior. A Alemanha e os seus aliados tentam de novo paralizar pelo submarino as comunicações dos adversários. Intervem nova surpresa técnica contra o submarino - a aviação - que começara por ser sua aliada, e que junta aos progressos na detecção e aos inesgotáveis recursos da construção naval americana, permite vencer de novo a ameaça.
Vencido o submarino, a situação não é, contudo, hoje muito diferente da que existia entre as duas guerras e as possibilidades do submarino continuam a ser grandes; novos campos e novas actividades lhe parecem abertos."
(Excerto do Prefácio)
Índice:
Prefácio. | À laia de intróito. | Como apareceu o corsário submarino. | O submarino na guerra de 1914-1918: 1.º Situação inicial; 2.º Análise da campanha; 3.º As consequências; 4.º Conclusões. | O submarino na guerra de 1939-1945: 1.º Teatro de Operações do Atlântico; 2.º Teatro de Operações do Pacífico; 3.º Conclusões. | Conclusão final: 1.º O submarino no futuro; 2.º O caso particular de Portugal; 3.º Para finalizar. | Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas manchadas.
Raro.
Com interesse histórico e militar.
35€
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