11 agosto, 2019

SARAIVA, José da Cunha Mendes - A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LIS E OS TRABALHOS DO ENGENHEIRO REINALDO OUDINOT NO SÉCULO XVIII. Por... Director do Arquivo Histórico do Ministério das Finanças. Lisboa, [s.n. - Arquivo Histórico do Ministério das Finanças], 1943. In-4.º (25 cm) de 29, [3] p. ; [2] f. il. ; B. Publicações do Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, VII
1.ª edição.
"No mais alto e abrupto ponto do sinclinal divisionário dos vales do Lena e Lis, e antes da confluência dêstes dois rios na Ponte das Mestras, em uma elevação sobranceira ao sítio em que o álveo do último rio descreve caprichosa curva, fundou D. Afonso Henriques em 1135 o castelo de Leiria, segundo as opiniões mais fundamentadas. Mais adiante teremos oportunidade de abordar êste assunto.
Os afloramentos de ofitos e dioritos, particularidade notável da orla mesozóica e cenozóica, que romperam através dos estratos e formaram cúpulas ou cabeços, por vezes bastante salientes, ofereciam condições estratégicas de primeira ordem, e por isso foram sempre escolhidos para nêles se erguerem fortificações militares, pelo que o povo aplica a estas rochas a curiosa designação de «pedra casteleira». Está nesta caso o monte em que assentou o castelo de Leiria, a-par-de muitos outros existentes pelo país fora."
(Cap. I)
"A fundação do castelo de Leiria, em tal ponto, era uma vigia avançada para conter as arremetidas audaciosas do inimigo sarraceno e proteger o desenvolvimento do nascente aglomerado urbano que pela encosta até ao vale se estendia, para mais pacificamente os seus habitantes se poderem entregar à faina laboriosa do cultivo da terra que marginava o rio Lis, fertilizada pelas suas águas.
A-pesar desta medida defensivas, não impediu que algumas vezes as hostes inimigas assediassem o castelo, puzessem em sobressalto o seus defensores e talassem os campos, roubassem e destruíssem as culturas."
(Excerto do Cap. II)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Pouco vulgar.
Indisponível

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