LIVRO DE OURO DA INFANTARIA. [MCMXIV - MCMXIII]. [S.l.], [s.n. - Imp. na Tipografia Fernandes & C.ª L.da, Lisboa : Encadernador Paulino Ferreira, Lisboa], 1922. In-fólio (31,5 cm) de 285, [3] p. ; [1] f. il. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
Livro de generosas dimensões. Trata-se da mais importante monografia dedicada à Infantaria Portuguesa que combateu nas várias frentes da Grande Guerra - em África e na Flandres, e uma das mais interessantes e completa que sobre este assunto se publicou entre nós.
Ilustrado ao longo de texto com belíssimas estampas e em separado com um desenho de corpo inteiro de um soldado de infantaria. Dois desenhos têm a assinatura do conhecido pintor Carlos Reis; As fotografias foram cedidas, as de França, por Garcês, do Serviço Fotográfico do C. E. P., e as restantes pelos Serviços Gráficos do Exército.
"O Livro de Ouro da Infantaria, editado por iniciativa da comissão técnica desta arma, pretende ser uma pagina com aspectos diversos para a historia da colaboração militar de Portugal nos fastos da Grande Guerra (1914 - 1918). Nele se conterá a apoteose dos nossos mortos, aqueles infantes modestos sacrificados e heroicos que viveram a rude peleja nos sulcos enlameados de terra que o seu sangue rubro e generoso acabou por fertilizar para a conquista dos grandes ideais humanos de Bondade e Justiça.
Nesta ordem de ideas compõe-se de cinco partes e em lugar de honra iniciará a primeira o discurso proferido por S. Ex.ª o Sr. Presidente da Republica na sessão solene de homenagem aos mortos da Infantaria, realizada em 10 de Junho de 1920. [...]
Na segunda parte do livro reside a sua essencia, a sua primacial razão de ser. Ela é a viva reprodução, o testemunho, imediato e flagrante, de factos diversos, passados em horas diferentes, o estudo de sentimentos e caracteres varios que, um a um pouco significam, mas que no seu conjunto constituem um pergaminho de inestimavel valor para a reconstituição do quadro da glória, do martirio e da epopea, dos nossos soldados na Grande Guerra. [...]
Ao emocionante testemunho dos vivos, quizemos associar a homenagem aos mortos, áqueles que penetraram na historia e na imortalidade através através do caminho lendário e florido feito das nossas preces e das nossas saudades. [...]
Aqui os englobámos todos na quinta parte do livro, reproduzindo na terceira as alocuções proferidas pelos seus camaradas ao inaugurarem essas lápides, padrões da honra nacional e na quarta os louvores colectivos dados à unidades de infantaria que tomaram parte na guerra.
Glória eterna aos soldados mortos em campanha, falange de moços herois emolados aos altos destinos da Patria, flores rusticas das nossas serranias ceifadas em plena florescencia!"
(Excerto do Prefacio)
Matérias: I Parte - Discursos proferidos na sessão solene da Sociedade de Geografia em 10 de Junho de 1920: Discurso proferido pelo Presidente da
República António José de Almeida comemorando os mortos da Infantaria na Grande
Guerra; Discurso do Ministro da Guerra João E. Águas; Discurso do Tenente-Coronel
do C. E. M. Henrique Pires Monteiro, professor da Escola Militar. II Parte - Colaboração de Oficiais da Arma de Infantaria: A Infantaria através da história; Agonia
heroica; Brio de soldado; Sentinela; Merecida homenagem; Raid; Soldados de Infantaria!; O mêdo; A heroicidade portuguesa; O Culto
da baioneta; as Companhias indigenas expedicionarias; Um raid; O 22; O inferno; Nhamacúrra : 1 de Junho de 1918;Negomano;A acção de 14 de Maio de 1918; A infantaria portuguesa;Heroi ou martir?; Soldados do 24 de infantaria nas trincheiras de Neuve-Chapello; Evocações; O raid do 21 (carta vinda de França); "João Serra"; O morteireiro; Infantaria Portuguêsa no Cuanhama : Três combates junto às cacimbas da Mongua; Herois obscuros; Nas trincheiras (Evocação da narrativa de um combatente); Richebourg Saint Vaast; O Quadrado da Mongua; A infantaria
indigena de Moçambique; Na ofensiva; A retirada de Newala; Richebourg Saint Vaast : Flandres, 9 de Abril de 1918; Infantaria indigena em Moçambique; Os ultimos feitos de um "Heroi"; Campanhas de Africa contra Alemães : Naulila; Newala : Cêrco e retirada; Glórias do Batalhão expedicionário do Regimento de infantaria n.º 12; A lição dos mortos : Terras da Flandres - Direita da 1.ª Divisão - Sector Ferme du Bois - Cemitierio Militar de le Touret - 13 de Junho de 1917; Aos mortos do 13 e do 15 : Na Lawe (Les Lobes); O meu louvor; "Um heroi entre tantos"; A Ordenança; O primeiro môrto da infantaria portuguêsaA 2.ª Brigada portuguesa na Flandres; Em louvor de São Tarata, caminhante e maartir; Proclamação. Ao Batalhão
de Infantaria 23 do C. E. P. : R. 25 (França) 5 de Outubro de 1918; Infantaria indigena de Moçambique; Nangadi-Em 1-7-1916; Mahuta-Em 4-10-1916Aos soldados de Infantaria portuguesa mortos na Grande Guerra. III Parte - Algumas das alocuções proferidas nas sessões solenes realizadas nos quarteis, para inauguração das lapides comemorativas dos mortos da infantaria, em 10 de Junho de 1920. Alocuções proferidas: Em Infantaria n.º 4; em Infantaria n.º 12; em Infantaria n.º 22; em Infantaria n.º 5; em Infantaria n.º 5; no Grupo de Batalhões do Regimento de Infantaria n.º 4;em Infantaria n.º 4; no 3.º Grupo de Metralhadoras; em Infantaria n.º 33; em Infantaria n.º 28. IV Parte - Louvores colectivos às unidades de Infantaria. V Parte - Mortos da Arma de Infantaria na Grande Guerra em Angola, França e Moçambique.
Encadernação editorial em tela com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
65€
Sem comentários:
Enviar um comentário