30 agosto, 2019

CID, Dr. Eng.º Arthur Varela - O HIDROPLANADOR "PORTUGAL". [Pelo]... Professor de Aeronautica do Instituto Superior Técnico. Tese apresentada ao 2.º Congresso Nacional de Engenharia. [S.l.], [s.n. - Tipografia Invicta, Porto], 1948. In-8.º (21,5 cm) de 6, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Opúsculo ilustrado com fotos do hidroplanador.
"Tenho a honra de relembrar ao Digníssimo Congresso alguma coisa àcêrca do hidroplanador Portugal, cujas experiências oficiais se realizaram no Centro de Aviação Naval de Lisboa, em 4 de Janeiro de 1934.
Foi então pilotado pelo capitão de mar e guerra Paulo Viana.
O seu projecto, que data de1929, foi delineado nas pranchetas do Instituto Superior Técnico.
Por proposta portuguesa a Federação Aeronautica Internacional, com sede em Paris, creou então no Código Aéreo Internacional, após deliberações em assembleias magnas, uma nova categoria de aeronave que ficou oficialmente designada por «hidroplaneur», segundo votação por unanimidade das 35 nações suas filiadas.
No seu boletim designado por «Istus», o Presidente do Vôo sem Motor, exarou em 1935 a páginas 42, a seguinte opinião:
«Em Portugal nasceu o movimento do vôo sem motor marítimo».
«As experiências oficiais em Lisboa assim o demosntráram»."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta falha de papel no canto superior esquerdo, junto à lombada.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar registado na sua base de dados.
Com interesse histórico e aeronáutico.
Peça de colecção.
Indisponível

29 agosto, 2019

GUERRA, Maria Luísa - FADO : Alma de um Povo. (Origem Histórica). Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2003. In-4.º (24 cm) de 192, [8] p. ; il. ; B. Col. Temas Portugueses
1.ª edição.
Capa: reprodução do tema «Saudade» do tríptico «A Vida», de António Carneiro, óleo, 1899-1900.
Tiragem: 800 exemplares.
Importante subsídio para a história do Fado, e a sua ligação à memória colectiva nacional.
Ilustrado com a reprodução de um óleo de José Guerra - «Destino» - em página inteira.
"O presente estudo, como o título e o subtítulo claramente revelam, pretende ser uma inquirição sobre as origens históricas do Fado enquanto expressão do modo de ser português. Daí que nele se dê particular importância à substantiva relação que, segundo a autora, o fado mantém, por um lado, como mar e a condição viageira portuguesa e, por outro lado, com a saudade e a solidão.
A autora ocupa-se, igualmente, a traçar o perfil orgânico e temático do Fado e a considerar, atentamente, a sua singularidade como expressão musical, bem como os instrumentos - guitarras e violas - que, juntamente com a poesia das suas letras e a voz dos seus intérpretes, lhe dão vida e actualizam a sua essência, de criação popular, dramaticamente nostálgica e dolorida, em cujo centro estão as vicissitudes do amor, da paixão, do ciúme, da ausência à ansiedade, do desejo ao desengano."
(Retirado da contracapa)
Índice:
1 - Guitarras e violas (séculos XII-XVIII). 2 - Belém: praia de lágrimas. 3 - Mar e saudade. 4 - Mar e solidão. 5 - Mar e música. 6 - Fado. | Conclusão. | Referência dos fados citados. | Agradecimentos.
Maria Luísa Guerra, professora e ensaísta, é autora de extensa obra bibliográfica, sobretudo na área do ensino. Tem abundante colaboração dispersa por jornais e revistas nacionais e estrangeiros, havendo proferido conferências e participado em numerosos colóquios em diversos países europeus e do continente americano.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Esgotado.
25€

27 agosto, 2019

COELHO, José Manuel - OS MARCIANOS EM BRAGA. (Uma história de Rádio). Porto, Edições do Litoral, 1989. In-8.º (20,5 cm) de 167, [1] p. ; mto il. ; B. Colecção Os Protagonistas / 1
1.ª edição. 
Curiosíssima história de rádio-ficção científica, contada na 1.ª pessoa pelo idealista, produtor e participante da farça radiofónica que no final de 1988 assustou e pôs em pé de guerra a cidade de Braga, provocando desacatos e ameaças à integridade física do autor e dos seus colaboradores. 
A 30 de Outubro de 1988, a Rádio Braga, uma emissora pirata da capital do Minho, realizou uma emissão-homenagem dedicada a Orson Welles no 50.º aniversário da transmissão da peça teatral A Guerra dos Mundos que se comemorava nesse dia. Um colaborador da rádio adaptou a peça gravando efeitos sonoros incipientes e vozes de outros colaboradores da estação - administrativos, técnicos e jornalistas. A emissão foi anunciada em jornais locais e do Porto, e na própria antena. Não obstante a divulgação da iniciativa, tal como com Welles 50 anos antes nos EUA, a transmissão provocou o pânico entre os ouvintes, com episódios de histeria e tentativas de fuga documentadas na imprensa nos dias seguintes.
Livro ilustrado com inúmeras reproduções de capas e artigos de jornais da imprensa escrita - nacional e estrangeira - que noticiaram este assunto.
"Era um domingo de manhã, chuvoso e enevoado. Muitas famílias estariam na missa, muitos homens nos campos de futebol em jogos amadores. Mas muitos outros bracarenses estavam a ouvir rádio, uma emissora pirata a emitir em Braga há três anos, que resolveu homenagear Orson Welles. Porque era dia 30 de outubro de 1988 e se completavam 50 anos sobre a celébre emissão da Guerra dos Mundos que aterrorizou meia América, a Rádio Braga pôs os marcianos a aterrar em Cabanelas. E, tal como 50 anos antes, muitas pessoas não perceberam o carácter ficional da emissão e entraram em pânico. Muitas iniciaram um processo de fuga tendo como destino a Galiza, criando filas nos postos de abastecimento. Outras pessoas esconderam-se e outras ainda começaram a ligar para a rádio para perceber a veracidade dos acontecimentos. A história foi contada nos jornais do dia seguinte e chegou mesmo aos quatro cantos do mundo."
(fonte: https://mediascopio.wordpress.com/category/sociedade/)
Apesar de relativamente recente, dado o seu indubitável interesse e a sua curta tiragem, a presente obra é já encarada como uma peça de colecção do género, um 'clássico', com grande interesse bibliográfico para a história da Ficção Científica e da Rádio em Portugal - e da região minhota em particular, dada a dimensão regional que atingiu, provocando o pânico na população e posto em causa os meios e a actuação da Protecção Civil que, apanhada de surpresa pela 'brincadeira', "meteu os pés pelas mãos".
José Manuel Coelho (1956). Nasceu a 1 de Maio de 1956 em Braga. Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, exerce a docência no ensino secundário desde 1980. Dinamizador de diversas actividades culturais em áreas adstritas ao Teatro e ao Cinema, inicia em 1986 a sua colaboração na Rádio, alcançando notória dimensão através da realização de A Guerra dos Mundos, adaptação radiofónica da obra homónima de H.G. Wells. 
Índice:
I - História de uma Homenagem. II - Reflexões. III - O Jovem Orson Wells. IV - H.G. Wells: Breves Notas. ANEXO I. A Guerra dos Mundos: Guião Original da peça radiofónica (Rádio Braga, 30 de Outubro de 1988). ANEXO II. A Guerra dos Mundos e a Imprensa.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
30€
Reservado

25 agosto, 2019

MONTEIRO, D. J. de Nautet - O GUARDA-LIVROS POPULAR. Pelo guarda-livros... [Lisboa], Editor: Alfredo da Costa Braga, 1889 (na capa 1890]. In-8.º (19 cm) de 171, [5] p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Curioso tratado prático de contabilidade.
Ilustrado ao longo das páginas de texto com quadros e tabelas contabilísticas.
"O presente tratado procura preencher uma lacuna que existe no ensino da contabilidade commercial, evitando verbosidade que prende o espirito de quem aprende, obrigando-o a procurar, entre muitas palavras desnecessarias, o que pretende saber, nem tão pouco indo ao outro extremo de ser tão abstracto, que sómente os muito entendidos na materia o possam comprehender.
Procuramos por meio de exemplificações, acompanhadas de claras explicações, demonstrar a arte de guarda livros, a quem procura sel-o; pois é certo que as demonstrações praticas valem muito mais que a percepção do que longas explicações, que confundem em vez de illucidar."
(Excerto do Prefacio)
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Ausência da f. anterrosto.
Raro.
Indisponível

24 agosto, 2019

DANVILLE, Gaston - A PSYCHOLOGIA DO AMÔR. (Traducção da quarta edição). 2.ª edição. Paris : Lisboa, Livrarias Aillaud e Bertrand - Rio de Janeiro : S. Paulo : Belo Horizonte, Livraria Francisco Alves, [1909]. In-8.º (19 cm) de [4], 175, [5] p. ; B.
Curioso ensaio sobre o Amor.
"Este livro é o complemento, e sobretudo o desenvolvimento de uma concepção geral do Amôr, sob um aspecto mais particular do que o já por mim consagrado num artigo da Revue Phylosophique, intitulado "O Amôr é um estado estado pathologico?" e do qual tentei igualmente uma adaptação litteraria, sob a forma de romance: Os infinitos da Carne".
Como conclusão d'estes trabalhos cheguei a considerar, por um lado, o Amôr como um processo physiologico normal; por outro, a Fraqueza de amar como um estado pathologico anormal.
Neste volume procurei expôr e legitimar uma definição scientifica do Amôr, definição que julgo completa e cuja formula reunirá estas vantagens: synthetizar de uma parte todos os dados da observação, por outra impôr-lhes uma interpretação nova, conveniente em harmonia com as leis biologicas e simultaneamente fundada na theoria do Transformismo."
(Excerto do Prefacio)
Indice:
Prefacio. | Primeira Parte: I - Psychologia do Amôr. II - Concepção e Methodo. III - O Amôr segundo os litteratos e os philosophos. IV - O Amôr e os amores. Segunda Parte: V - Caracteres do Amôr. VI - O ponto de vista pathologico. VII - A Genese do Amôr. VIII - Teoria psychologica do Amôr. | Conclusões.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

22 agosto, 2019

BESSA LUÍS, Agustina - OS INCURÁVEIS : romance. Lisboa, Guimarães Editores, [1956]. In-8.º (20 cm) de 479, [5] p. ; B.
1.ª edição.
Edição original de uma das primeiras e mais apreciadas obras da ilustre escritora.
"Era um prédio de rua principal, uma fachada de três andares agora iluminada como um paquete na noite e traduzindo, através das janelas altíssimas, de estores igualmente corridos a meia altura, esse calor festivo, essa euforia um tanto macabra das noites tradicionais, sejam elas de aniversário, de Natal ou de Ano Bom. Era precisamente noite de Ano Novo. Via-se, de fora, o lustre da sala de receber do primeiro andar, com as suas doze velas escorrendo uma cera fingida e projectando uma claridade mole, sem aquela efusão persistente que havia, por exemplo, na luz de gás, sobre os dois grandes retratos a par, na parede de fundo. A era da fotografia estava então no apogeu..."
(Excerto do Cap. I)
Agustina Bessa-Luís (1922-2019). “Nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de Outubro de 1922. A sua infância e adolescência são passadas nesta região, cuja ambiência marcará fortemente a obra da escritora. Estreou-se como romancista em 1948, com a novela Mundo Fechado, tendo desde então mantido um ritmo de publicação pouco usual nas letras portuguesas, contando até ao momento com mais de meia centena de obras. Tem representado as letras portuguesas em numerosos colóquios e encontros internacionais e realizado conferências em universidades um pouco por todo o mundo. É em 1954, com o romance A Sibila, que Agustina Bessa-Luís se impõe como uma das vozes mais importantes da ficção portuguesa contemporânea. Conjugando influências pós-simbolistas de autores como Raul Brandão na construção de uma linguagem narrativa onde o intuitivo, o simbólico e uma certa sabedoria telúrica e ancestral, transmitida numa escrita de características aforísticas, se conjugam com referências de autores franceses como Proust e Bergson, nomeadamente no que diz respeito à estruturação espácio-temporal da obra, Agustina é senhora de um estilo absolutamente único, paradoxal e enigmático."
(in wook.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Lombada restaurada - apresenta falha de papel de relevo.
Invulgar e muito apreciado.
20€

21 agosto, 2019

FESTA DO TEJO. Domingo, 29 de Junho de 1947, dia de S. Pedro : Segunda-feira, 30 de Junho. Preço deste programa: 2$50 - VIII Centenário da Tomada de Lisboa. [S.l.], [s.n. - Composto e impresso nas oficinas da Papelaria Luso-Brasileira, Lisboa], 1947. In-4.º (23 cm) de [40] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Programa das festividades marítimas associadas às comemorações do 8.º Centenário da Tomada de Lisboa aos Mouros.
Livro ilustrado com bonitos desenhos, fotogravuras e publicidade associada à indústria do mar.
"Informa o Calendário das Comemorações do VIII Centenário da Tomada de Lisboa que no Domingo, 28 de Junho de 1947, se efectuará a «Festa do Tejo». É dia de São Pedro, padroeiro dos que andam sobre as águas do Mar e, para o povo português, o terceiro dos Santos Populares, que enchem de poesia o mês de Junho.
Assim, nesta comemoração, havia que juntar toda a grandeza do Rio Imperial - razão de ser da própria Lisboa, segundo a história e a lenda - sem a afastar da simplicidade ingénua com que o povo celebra esta data e o Santo porteiro do Céu; de acordo também - diremos - com a proverbial rudeza dos marítimos e pescadores, e da gente humilde que vive no bucólico encanto da paisagem, à beira dos rios, onde águas cantantes regam e fertilizam as terras e dão ao povo o pão de cada dia.
A este duplo motivo obedeceu o plano da «Festa do Tejo», nas Comemorações do VIII Centenário: Ter grandeza compatível com a soberana magestade do estuário maravilhoso; manter a característica essencialmente popular do padroeiro dos pescadores, da gente para quem São Pedro é amparo, esperança, guia e refúgio na tormenta, simples motivo para uma procissão e benção das barcas, ou para uma quadra, que o povo, eterno poeta, fez nascer e poz, como um beijo de amor, nos lábios rubros duma rapariga, e ainda na quadra de pé quebrado de um cravo de papel.
Tratava-se de prestar homenagem ao Tejo e à Cidade capital - indissociaveis pelos seculos dos seculos."
(Excerto do preâmbulo)
Exemplar em brochura bem conservado.
Raro.
Com interesse olisiponense.
35

20 agosto, 2019

PINTO, Fortunato Correia - O MILAGRE. (Scenas da Beira). Lisboa, Parceria Antonio Maria Pereira : Livraria Editora, 1909. In-8.º (18,5 cm) de [8], 158, [2] p. ; C.
1.ª edição.
Romance rural realista de cunho profundamente anticlerical. Obra dedicada pelo autor a Miguel Bombarda, conhecido médico alienista, professor e político republicano, que em 6 páginas faz o elogio das suas qualidades morais e humanas, vituperando a classe política e a influência jesuítica.
"- Não, lá que um homem poupe aquillo que tem, não andando para ahi, a estraga-lo em coisas inuteis, é justo; mas que leve a sua sovinice a não dar uma de X para uma solemnidade religiosa, isso é que não tem justificação possivel! - dizia o José da Loja, dando palmadas rijas sobre o balcão, contrariando os argumentos apresentados por um dos frequentadores do estabelecimento para justificar o «brazileiro», como é de uso chamar aos nossos compatriotas que vão ao Brazil, o unico dos habitantes da aldeia que não quisera concorrer para a festa do Coração de Jesus, que d'ali a dias devia realizar-se.
 O sr. José por certo não ligou sentido ás palavras que empregou - volveu o seu oppositor, que era um rapaz novo e d'aspecto delicado, mas agradavel - porque chamar sovina a quem, como o brazileiro, ahi gasta dinheiro a rodo, ha de concordar que é um contrasenso.
- Sim, eu quando disse sovina queria dizer... queria dizer... gaguejava o José da Loja, sem que lhe accudisse o termo salvador.
- Póde dizer que é sovina para coisas de religião - disse outro dos presentes, vindo em seu auxilio.
- É claro, é claro - confirmou o respeitavel commerciante empertigando-se e apresentando em toda a sua magestade o seu notabilissimo abdomen, ao mesmo tempo que ia sacudindo as moscas que n'um enxame numeroso teimavam em lhe não largar as grandes e polpudas orelhas e o tumido e oleoso pescoço, que a suja camisa, desabotoada, deixava completamente á vontade."
(Excerto do Cap. I)
Fortunato Correia Pinto (18??-19??). "Professor primário, republicano, conhece-se apenas uma obra de ficção, hoje ignorada quer enquanto texto literário quer enquanto documento: O Agitador."
(Fonte: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/8814.pdf)
Encadernação cartonada do editor. O desenho da capa é de P. Guedes, sendo Dumas o gravador.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capas apresentam manchas e pequenos defeitos.
Raro.
Sem registo na BNP.
Indisponível

19 agosto, 2019

LIVRO DE OURO DA INFANTARIA. [MCMXIV - MCMXIII]. [S.l.], [s.n. - Imp. na Tipografia Fernandes & C.ª L.da, Lisboa : Encadernador Paulino Ferreira, Lisboa], 1922. In-fólio (31,5 cm) de 285, [3] p. ; [1] f. il. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
Livro de generosas dimensões. Trata-se da mais importante monografia dedicada à Infantaria Portuguesa que combateu nas várias frentes da Grande Guerra - em África e na Flandres, e uma das mais interessantes e completa que sobre este assunto se publicou entre nós.
Ilustrado ao longo de texto com belíssimas estampas e em separado com um desenho de corpo inteiro de um soldado de infantaria. Dois desenhos têm a assinatura do conhecido pintor Carlos Reis; As fotografias foram cedidas, as de França, por Garcês, do Serviço Fotográfico do C. E. P., e as restantes pelos Serviços Gráficos do Exército.
"O Livro de Ouro da Infantaria, editado por iniciativa da comissão técnica desta arma, pretende ser uma pagina com aspectos diversos para a historia da colaboração militar de Portugal nos fastos da Grande Guerra (1914 - 1918). Nele se conterá a apoteose dos nossos mortos, aqueles infantes modestos sacrificados e heroicos que viveram a rude peleja nos sulcos enlameados de terra que o seu sangue rubro e generoso acabou por fertilizar para a conquista dos grandes ideais humanos de Bondade e Justiça.
Nesta ordem de ideas compõe-se de cinco partes e em lugar de honra iniciará a primeira o discurso proferido por S. Ex.ª o Sr. Presidente da Republica na sessão solene de homenagem aos mortos da Infantaria, realizada em 10 de Junho de 1920. [...]
Na segunda parte do livro reside a sua essencia, a sua primacial razão de ser. Ela é a viva reprodução, o testemunho, imediato e flagrante, de factos diversos, passados em horas diferentes, o estudo de sentimentos e caracteres varios que, um a um pouco significam, mas que no seu conjunto constituem um pergaminho de inestimavel valor para a reconstituição do quadro da glória, do martirio e da epopea, dos nossos soldados na Grande Guerra. [...]
Ao emocionante testemunho dos vivos, quizemos associar a homenagem aos mortos, áqueles que penetraram na historia e na imortalidade através através do caminho lendário e florido feito das nossas preces e das nossas saudades. [...]
Aqui os englobámos todos na quinta parte do livro, reproduzindo na terceira as alocuções proferidas pelos seus camaradas ao inaugurarem essas lápides, padrões da honra nacional e na quarta os louvores colectivos dados à unidades de infantaria que tomaram parte na guerra.
Glória eterna aos soldados mortos em campanha, falange de moços herois emolados aos altos destinos da Patria, flores rusticas das nossas serranias ceifadas em plena florescencia!"
(Excerto do Prefacio)
Matérias: I Parte - Discursos proferidos na sessão solene da Sociedade de Geografia em 10 de Junho de 1920: Discurso proferido pelo Presidente da República António José de Almeida comemorando os mortos da Infantaria na Grande Guerra; Discurso do Ministro da Guerra João E. Águas; Discurso do Tenente-Coronel do C. E. M. Henrique Pires Monteiro, professor da Escola Militar. II Parte - Colaboração de Oficiais da Arma de Infantaria: A Infantaria através da história; Agonia heroica; Brio de soldado; Sentinela; Merecida homenagem; Raid; Soldados de Infantaria!; O mêdo; A heroicidade portuguesa; O Culto da baioneta; as Companhias indigenas expedicionarias; Um raid; O 22; O inferno; Nhamacúrra : 1 de Junho de 1918;Negomano;A acção de 14 de Maio de 1918; A infantaria portuguesa;Heroi ou martir?; Soldados do 24 de infantaria nas trincheiras de Neuve-Chapello; Evocações; O raid do 21 (carta vinda de França); "João Serra"; O morteireiro; Infantaria Portuguêsa no Cuanhama : Três combates junto às cacimbas da Mongua; Herois obscuros; Nas trincheiras (Evocação da narrativa de um combatente); Richebourg Saint Vaast; O Quadrado da Mongua; A infantaria indigena de Moçambique; Na ofensiva; A retirada de Newala; Richebourg Saint Vaast : Flandres, 9 de Abril de 1918; Infantaria indigena em Moçambique; Os ultimos feitos de um "Heroi"; Campanhas de Africa contra Alemães : Naulila; Newala : Cêrco e retirada; Glórias do Batalhão expedicionário do Regimento de infantaria n.º 12; A lição dos mortos : Terras da Flandres - Direita da 1.ª Divisão - Sector Ferme du Bois - Cemitierio Militar de le Touret - 13 de Junho de 1917; Aos mortos do 13 e do 15 : Na Lawe (Les Lobes); O meu louvor; "Um heroi entre tantos"; A Ordenança; O primeiro môrto da infantaria portuguêsaA 2.ª Brigada portuguesa na Flandres; Em louvor de São Tarata, caminhante e maartir; Proclamação. Ao Batalhão de Infantaria 23 do C. E. P. : R. 25 (França) 5 de Outubro de 1918; Infantaria indigena de Moçambique; Nangadi-Em 1-7-1916; Mahuta-Em 4-10-1916Aos soldados de Infantaria portuguesa mortos na Grande Guerra. III Parte - Algumas das alocuções proferidas nas sessões solenes realizadas nos quarteis, para inauguração das lapides comemorativas dos mortos da infantaria, em 10 de Junho de 1920. Alocuções proferidas: Em Infantaria n.º 4; em Infantaria n.º 12; em Infantaria n.º 22; em Infantaria n.º 5; em Infantaria n.º 5; no Grupo de Batalhões do Regimento de Infantaria n.º 4;em Infantaria n.º 4; no 3.º Grupo de Metralhadoras; em Infantaria n.º 33; em Infantaria n.º 28. IV Parte - Louvores colectivos às unidades de Infantaria. V Parte - Mortos da Arma de Infantaria na Grande Guerra em Angola, França e Moçambique.
Encadernação editorial em tela com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
65€

18 agosto, 2019

FORJAZ, Miguel - IMPRESSÕES DA EXCURSÃO FANFARRISTA Á ILHA DE S. MIGUEL. Proprietario e Editor Miguel Forjaz. Angra do Heroismo, Composição e Impressão : Minerva Cunha, 1912. In-8.º (21 cm) de 93, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história do relacionamento cultural entre as duas principais ilhas do Arquipélago dos Açores.
Ilustrado com 5 reproduções fotográficas da época em página inteira, referentes a: Largo da Republica - S. Miguel - Açores; Costumes Michaelenses [indumentária]; Esmolas no Imperio da Rua de Cima de S. Pedro - Angra; Palacio do Governador Civil d'Angra do Heroismo; Costumes Terceirences [indumentária].
"A direcção da fanfarra Patria e Liberdade resolvendo publicar em folheto as suas impressões ácerca da excursão á formosa Ilha de S. Miguel, levada a effeito no mez de Agosto do corrente anno, só teve em mira o seguinte:
1.º --- Deixar uma recordação da triumphal viagem, de forma que os vindoiros tomem perfeito conhecimento da brilhantissima e jamais esquecida recepção, feita pelos michaelenses á fanfarra Patria e Liberdade.
2.º --- Para desfazer totalmente a má impressão que em certos espiritos pouco escrupulosos, se concentrara antes da nossa viagem sem que houvesse fundamento para isso.
3.º --- Para as familias dos fanfarristas e para todos os nossos consocios e amigos verem como visitados e visitantes se honraram mutuamente.
Por ultimo, e, digamos com orgulho, para o operariado terceirense saber minuciosamente como foi representado, recebido e tratado.
O operariado terceirense póde ter a gloria, póde ufanar-se de  a cada momento da excellente figura  que em S. Miguel fizeram os seus dignos representantes.
É pricipalmente para elles que este folheto se publica com tudo quanto a imprensa michaelense amavelmente se dignou escrever ácerca da excursão fanfarristas nos coumnas dos seus distinctos jornaes.
M. Forjaz"
(Preâmbulo, Duas palavras)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Envelhecido. Defeitos marginais.
Muito raro.
Sem qualquer referência bibliográfica, incluindo a BNP.
Indisponível

17 agosto, 2019

NOVENAS DA RAÍNHA-SANTA ISABEL PROTECTORA DE COIMBRA. Coordenadas por um humilde sacerdote, devoto da Santa Raínha. Coimbra, Tip. da Gráfica Conimbricense, Limitada, M·DCCCC·XXIX [1929]. In-8.º (16,5 cm) de 100 p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada extratexto com uma estampa de Santa Isabel.
"Serve este formulário para no templo da Raínha-Santa Isabel, em Santa Clara, se fazerem as Novenas solenes de preparação para as duas festas da Titular daquela igreja - a festa Natalícia a 4 de julho, e a da Trasladação a 29 de outubro.
Também pode ser utilizado pelas famílias piedosas, que nos mesmos dias queiram fazer esta Devoção nos seus oratórios: e é ainda aproveitável para, em qualquer tempo, se fazer, por devoção particular, um Novena em honra da Raínha-Santa, podendo neste caso escolher-se à vontade, em cada dia, a Lição histórica que se preferir, de entre as vinte adeante coleccionadas."
(Excerto da Advertência prévia)
Exemplar brochado em razoável estado de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas  marginais.
Raro.
15€

16 agosto, 2019

BRANDÃO, José - A NOITE SANGRENTA. [Prefácio de Raul Rêgo]. Lisboa, Alfa, 1991. In-8.º (19 cm) de 241, [3] p. ; il. ; E. Col. Testemunhos Contemporâneos, 40
1.ª edição.
Trabalho de investigação sobre o 19 de Outubro de 1921, episódio trista da nossa história que ficaria conhecido para a posteridade como 'A Noite Sangrenta'.
Edição ilustrada com 28 fotografias a p.b. distribuídas por 12 páginas.
"Elementos republicanos radicais da Marinha e da G.N.R. desencadearam uma tentativa de golpe revolucionário. Gerou-se uma situação confusa e descontrolada em Lisboa no decurso da qual foram barbaramente assassinados o chefe do Governo, António Granjo, Carlos da Maia, Freitas da Silva e Machado Santos, o herói da Rotunda em 5 de Outubro de 1910. […]
José Brandão, o autor de «A Noite Sangrenta», um dos livros que melhor narra o que se passou e porque se passou, descreve de maneira viva e veraz o assassínio de Granjo: «O chefe do Governo, vencido, mantém até ao fim a coragem que o abatimento não excluiu. Salta os três degraus e, então, lança as suas últimas palavras, em que há ódio e resignação: – Já sei o que vocês querem! Matem-me, que matam um bom republicano!
Soou uma descarga; debaixo, corresponderam. António Granjo caiu ao comprido, vertendo sangue por inúmeros ferimentos. Estava ainda nas últimas convulsões quando um dos assassinos, que, no dizer da testemunha ocular, é um clarim da GNR, de desmedida estatura, sacou da espada e a cravou no estômago com violência tal que, atravessando o corpo, ficou presa no sobrado. Depois, friamente, o facínora, pondo o pé sobre o peito de António Granjo, sacou a arma e gritou triunfalmente, mostrando-a aos companheiros: – Venham ver de que cor é o sangue do porco!»."
(Fonte: aventar.eu)
"Os tiros soavam por todo o Terreiro do Paço. Ali, no mesmo local onde há catorze anos ocorrera o Regicídio, voltava a cheirar a sangue de tragédia nacional.
No Arsenal de Marinha passavam-se momentos de arrepiante pavor, com cenas de crueldade assassina raramente vistas em Portugal.
Desta vez não eram os corpos do rei e do príncipe herdeiro que estavam estendidos no chão do Arsenal.
Republicanos, fundadores do novo regime saído da Revolução de 5 de Outubro de 1910, são as vítimas escolhidas para o tenebroso festim de sangue que vai acontecer nesta noite de 19 de Outubro de 1921."
(Excerto do Cap. I, Um festim de sangue)
Índice:
Prefácio. |  Introdução. | I - Um festim de sangue. II - A Camioneta Fantasma. III - A república do terror. IV - Sobre o cadáver de Sidónio. V - A marcha heróica para um cano de esgoto. VI - «Raios partam a Revolução e a República». VII - Como se chega ao 19 de Outubro. VIII - Outubro. IX - «Ele falará! Ele falará!». X - Finalmente a verdade. XI - O que falta dizer. | Nota final. | Bibliografia.
José Brandão (n. 1948). Político, historiador, escritor e cronista português. "Tem uma vasta série de artigos publicados entre 1983 e 1995 em jornais que vão do Expresso ao Jornal de Palmela, passando pelo Diário de Notícias, Diário de Lisboa, O Jornal, Tempo, O Distrito de Setúbal, e oito livros editados: «Sidónio : Ele Tornará Feito Qualquer Outro», 1.ª ed. 1983, Editora Perspectivas & Realidades; 2.ª ed. 1990, Publicações Alfa. «Carbonária : O Exército Secreto da República», 1.ª ed. 1984, Editora Perspectivas & Realidades; 2.ª ed. 1990, Publicações Alfa. «100 Anos por 1 Dia», Editorial Inquérito, 1987. «A Noite Sangrenta», Publicações Alfa, 1991. «Suicídios Famosos em Portugal», Europress Editores, 2007. «Portugal Trágico : O Regicídio», Âncora Editora, 2008. «Cronologia da Guerra Colonia»l, Prefácio Editora, 2008. «A Vida Dramática dos Reis de Portugal», Ministério dos Livros, 2008. «Os Homens do Rei», Ministério dos Livros, 2010. No site www.vidaslusofonas.pt colabora com as seguintes biografias e artigos: D. Carlos I, Machado Santos, Álvaro Cunhal, Sidónio Pais, Miguel Bombarda, João Franco e Os Livros e a Censura em Portugal.
Encadernação em tela com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

15 agosto, 2019

MARTINS, J. P. Oliveira - AS ELEIÇÕES (1878). Lisboa, Em Casa da Viuva Bertrand & C.ª (Successores, Carvalho & C.ª), 1878. In-8.º (22,5 cm) de 66, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Rara edição original deste interessante ensaio histórico e político sobre o sufrágio democrático.
"As idéas que exponho ao publico n'este opusculo já por vezes e verbalmente as tinha exposto a pessoas de elevado criterio, larga experiencia politica e provados conhecimentos. O acolhimento e meditada approvação com que foram recebidas incitaram-me a dar-lhes circulação mais geral.
Esperava o desdenhoso sorrir dos que tomam como paradoxos tudo o que sáe da estreita esphera da rotina constitucional: encontrei cousa diversa em muitos conservadores e em bastantes demagogos das minhas relações.
Decidi-me, pois, a publicar, n'um rapido esboço o systema das minhas idéas sobre a Representação do poder politico. Não lhe dei, nem penso dar-lhe o desenvolvimento conveniente, porque é provavel que o publico portuguez acolha o plano de um modo inteiramente diverso: isto é, com aquelle soberano desdem dos que possuem a consciencia de quanto valem."
(Preâmbulo)
"Cousa alguma demonstra melhor do que as eleições o conflicto permanente entre o modo real de sentir dos cidadãos e o modo convencional que faz com que á manifestação dos interesses e ambições de uma minoria minima se chame nos jornaes expressão da opinião publica.
O publico portuguez não tem opinião politica, nem partido. O interesse, quasi sempre nas suas fórmas mais elementares, muitas vezes nos seus aspectos mais abjectos, é o unico propulsor da machina eleitoral. Aquelles a quem nenhum interesse chama a votar, não votam; os que votam, fazem-no com um sentimento de tedio e de indifferença, e como quem tem a consciencia de praticar uma acção antiphatica.
Blazonar-se de não votar é cousa que se ouve a cada instante. Abster-se, passa por um acto nobre. Os que não tém politica, confessam-no com orgulho. Muitos dos que a tém chamam galés á profissão, e dizendo-o, ou exprimem o sentimento de nojo que se lhes levanta na consciencia, ou affectam partilhar uma repugnancia que a intelligencia lhe diz ser fundada.
As eleições são um acto condemnado. Quem as não verbera, escarnece-as. Quando não provocam anathemas, provocam chascos: duas fórmas de reprovação, identicas em si, mas expressas por modos que differem com os temperamentos. A maxima parte das vezes não provocam, porém, senão a indifferença com que quasi toda a gente olha para a miseria e para a immundice."
(Excerto do Cap. I)
Joaquim Pedro de Oliveira Martins (1845-1894). "Historiador, economista, antropólogo, crítico social e político, a sua ação e os seus trabalhos suscitaram controvérsia e tiveram considerável influência, não apenas em historiadores, críticos e literatos do seu tempo e do século XX, mas na própria vida política portuguesa contemporânea. Desde 1867, Oliveira Martins experimentou diversos géneros de divulgação cultural: romance e drama históricos, ensaios de reflexão histórica e política e doutrinária. Mas essas tentativas, de valor desigual, não alcançaram grande sucesso. Em 1879, dá-se uma inflexão no seu percurso intelectual, com o início da publicação da Biblioteca das Ciências Sociais, de sua exclusiva autoria. Embora alheia a intenções doutrinárias e ao espírito de sistema dominante na época (positivismo, determinismos vários), não deixaria de, pontualmente, exprimir estas tendências. Pelo largo fôlego e diversidade de matérias que pretendia abarcar - história peninsular, história nacional e ultramarina, história de Roma, antropologia, mitos religiosos, demografia, temas de economia e finanças, etc. - a coleção constituiu um projeto sem precedentes no meio cultural português da Regeneração, com o objetivo de generalizar todo um conjunto de saberes entre um público alargado. O empreendimento editorial ficaria marcado pelo autodidatismo de Oliveira Martins, uma curiosidade científica sem limites e um bem evidente pendor interdisciplinar e globalizante. Esse autodidatismo é afinal indissociável do próprio percurso biográfico e profissional do historiador."
(Fonte: http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xix/oliveira-martins.html#.XVLSqkfOWM8)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos marginais; falha de papel no canto inferior esquerdo da contracapa. Deve ser encadernado.
Raro.
Com interesse histórico.
30€

14 agosto, 2019

JÚNIOR, Rocha - A COLEIRA DE OIRO : novela. Lisboa, Livraria Clássica Editora : A. M. Teixeira & C.ª (Filhos), 1952. In-8.º (18,5 cm) de 308, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Conjunto de pequenos contos, sendo o mais importante o que dá o título ao livro.
Índice:
- A coleira de oiro. - A mulher que não nasceu. - O filho de três mamas. - O pinheiro e a olaias. - Joana, a louca. - A Lâmpada e a vela.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

13 agosto, 2019

NOBRE, Antero - O HOMEM QUE VENCEU O MAR (Patrão Joaquim Lopes). [S.l.], [s.n. - Tipografia União Faro], 1951. In-4.º (23 cm) de 56, [4] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Com um retrato do biografado em extratexto.
Biografia do Patrão Lopes, talvez a mais importante que se publicou sobre o famoso nadador-salvador (Olhão, 1800 - Paço de Arcos, 1890), pescador e patrão de salva-vidas, benemérito heróico reconhecido em Portugal e no estrangeiro pelas vidas que salvou do mar. 'O produto da venda dêste livro destina-se á construção do monumento ao Patrão Lopes na vila de Olhão'.
Livro valorizado pelos autógrafos de três personalidades olhanenses, incluindo o autor.
Juntam-se 2 postais:
- Retrato do Patrão Joaquim Lopes;
- Maqueta do Ante-Projecto do Monumento ao Patrão Joaquim Lopes a erigir em Olhão (Escultor Anjos Teixeira-Filho).
"Em volta da figura do Patrão Joaquim Lopes teceu-se há muito um nimbo de lenda, que o decorrer dos anos parece avolumar cada vez mais; a tal ponto que, hoje em dia, na memória dos seus compatriotas, o patrão do salva-vidas da barra do Tejo não é já apenas um bravo e arrojado «lobo do mar» que, em rasgos de heroísmo, arrancou centenas de vidas à fúria das águas revoltas, e sim - o «Homem que venceu o Mar», heroi semi-lendário e quàsi sobrenatural de uma gesta que o povo ribeirinho canta como dos mais belos poemas da sua grei e todos os velhos marítimos sentem vibrar na alma, em sonoridades épicas, nas horas altas de emoção em que o evocam. Talvez por isso, até, o grande ministro que foi o algarvio Duarte Pacheco, ao contemplar o monumento que Paço d'Arcos erigiu ao heroi e o representa envergando luzido mas trivialíssimo uniforme de tenente da Marinha, dizia não compreender nem «sentir» aquele Patrão Joaquim Lopes de aspecto tão vulgarmente humano, "onde nada há do emocionante, do sugestivo, do quàsi irreal que foi a sua vida"..."
(Excerto do Introito)
Índice: Introito. | Um jovem «lobo do mar». | O «esbôço» de um heroi. | O começo da glória. | A caminho da «Legenda». | A consagração de um heroi. | Altruísmo e Patriotismo. | A morte de um heroi. NOTAS: O monumento de Olhão. | O monumento de Paço d'Arcos. | Data do nascimento de Joaquim Lopes. | A casa onde nasceu Joaquim Lopes. | A lápida de Olhão. | Olhão na História. | Joaquim Lopes em Paço d'Arcos. | O patrão da falua do Bugio. | A religiosidade de Joaquim Lopes. | Os socorros na Barra do Tejo. | A mulher de Joaquim Lopes. | A descendência de Joaquim Lopes. | Documentos nobilitantes. | Os pretensos salvadores dos ingleses.| Joaquim Lopes e a política. | Joaquim Lopes oficial da Armada. | Tomaz Ribeiro e Joaquim Lopes. | Última morada de Joaquim Lopes. | «Salvadores de tradições». | Nota final.
Antero Nobre (Moncarapacho, 1910 - Olhão, 1997). "Foi um dos intelectuais olhanenses mais produtivos, pertencente à tríade intelectual de ouro da segunda metade do séc. XX (onde também incluo Francisco Fernandes Lopes e Alberto Iria). Desde cedo apresentou grande interesse pelas letras e pela cidadania empenhada em Olhão e no Algarve. Embora tendo frequentado a Faculdade de Letras, não concluiu o curso. Foi, durante anos, funcionário do Instituto Nacional das Actividades Económicas, tendo-se aposentado por motivos de saúde, passando então a exercer o magistério."

(Fonte: http://www.olhaocubista.pt/personalidades/antero_nobre.htm)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
40€

12 agosto, 2019

NUNES, Sousa - GARRETT E AS SUAS HEROÍNAS. A Rainha Menina : romance histórico. Lisboa, Depósito: Livraria Popular de Francisco Franco, [1953]. In-8.º (19,5 cm) de 251, [5] p. ; B.
1.ª edição.
Romance biográfico sobre o grande vate português.
"João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu no Porto, no dia 4 de Setembro de 1799. [...]
Aos 4 anos, vendo o pai quanto João se distanciava do primogénito, resolveu destiná-lo à igreja, e, na mira de o ter mais isolado, levou a família para uma quinta que possuíam no sul do Douro, de nome «Castelo».
Por essa época enchia Napoleão o mundo inteiro com o ruído do seu nome, que tanto aterrava o espírito fraco das velhas fanáticas. João Baptista passou a contar-se no número dos seus maiores admiradores e quanto mais mal ouvia dizer do grande cabo de guerra e dos seus companheiros de armas, mais a imaginação se lhe exaltava a seu favor.
Um dia viu-lhe o retrato na feira de S. Lázaro, no Porto, e comprou-o logo, com o dinheiro que lhe deram para santinhos, gaitinhas e outras bugigangas que faziam a delícia dos mais rapazes, o que lhe mereceu um bom puxão de orelhas do pai.
Quando o General Soult entrou no Porto, partiu António Bernardo com toda a família para a Ilha Terceira, e Garrett frequentou as aulas de latim do professor João António.
Em 1811, foi para aquela ilha seu tio Alexandre, bispo de Luanda, e passaram a viver juntos.
Aos 15 anos descobriram-lhe o primeiro amor e, reconhecendo-se que a carreira eclesiástica não convinha a um carácter amoroso, como o de João Baptista, puseram-no a estudar direito na Universidade de Coimbra."
(Excerto do Cap. I)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, ligeiramente oxidadas, com pequenos defeitos.
Invulgar.
Indisponível

11 agosto, 2019

SARAIVA, José da Cunha Mendes - A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LIS E OS TRABALHOS DO ENGENHEIRO REINALDO OUDINOT NO SÉCULO XVIII. Por... Director do Arquivo Histórico do Ministério das Finanças. Lisboa, [s.n. - Arquivo Histórico do Ministério das Finanças], 1943. In-4.º (25 cm) de 29, [3] p. ; [2] f. il. ; B. Publicações do Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, VII
1.ª edição.
"No mais alto e abrupto ponto do sinclinal divisionário dos vales do Lena e Lis, e antes da confluência dêstes dois rios na Ponte das Mestras, em uma elevação sobranceira ao sítio em que o álveo do último rio descreve caprichosa curva, fundou D. Afonso Henriques em 1135 o castelo de Leiria, segundo as opiniões mais fundamentadas. Mais adiante teremos oportunidade de abordar êste assunto.
Os afloramentos de ofitos e dioritos, particularidade notável da orla mesozóica e cenozóica, que romperam através dos estratos e formaram cúpulas ou cabeços, por vezes bastante salientes, ofereciam condições estratégicas de primeira ordem, e por isso foram sempre escolhidos para nêles se erguerem fortificações militares, pelo que o povo aplica a estas rochas a curiosa designação de «pedra casteleira». Está nesta caso o monte em que assentou o castelo de Leiria, a-par-de muitos outros existentes pelo país fora."
(Cap. I)
"A fundação do castelo de Leiria, em tal ponto, era uma vigia avançada para conter as arremetidas audaciosas do inimigo sarraceno e proteger o desenvolvimento do nascente aglomerado urbano que pela encosta até ao vale se estendia, para mais pacificamente os seus habitantes se poderem entregar à faina laboriosa do cultivo da terra que marginava o rio Lis, fertilizada pelas suas águas.
A-pesar desta medida defensivas, não impediu que algumas vezes as hostes inimigas assediassem o castelo, puzessem em sobressalto o seus defensores e talassem os campos, roubassem e destruíssem as culturas."
(Excerto do Cap. II)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Pouco vulgar.
Indisponível

09 agosto, 2019

MACEDO, José de - O CONFLITO INTERNACIONAL SOB O PONTO DE VISTA PORTUGUÊS : estudo político e económico. Porto, Edição da «Renascença Portuguesa», [1916]. In-4.º (24 cm) de 443, [5] p. ; B.
1.ª edição.
Importante estudo sobre o 1.º conflito mundial, publicado em 1916, no 3.º ano de guerra, dedicado a várias matérias relevantes para o status quo bélico e económico, sob o ponto de vista nacional e internacional.
"Quem sentir, nos distantes campos de batalha, os choques das aluviões humanas, multiplicada a sua fôrça destrutiva, não poderá explicar semelhantes embates de agressões ferozes senão pelas ambições insatisfeitas ou pela ânsia de predomínio político e económico. Mas, apesar disso, apesar da forma brutal do conflito, há de observar-se que certas correntes idealistas se acentuaram e certos doutrinarismos se formularam, como que tôdos os actos, os mais ignominosos, dos homens não pudessem deixar de ter a recomendá-los e a consagrá-los denominações simpáticas."
(Excerto de O conflito das nações, I, A orientação da política internacional)
Índice:
O conflito das nações: I - A orientação da política internacional; II - O predomínio económico da Alemanha; III - América e Alemanha; IV - A guerra balcanica; V - Identidade geografica da Asia menor e Balcans. A política económica em Portugal e a sua orientação: I - A nossa incapacidade económica; II - A Alemanha nas suas relações comerciais com Portugal; III - A Espanha e Portugal nas suas relações económicas; IV -A Inglaterra no nosso comércio; V - O mercado do Brasil; VI - A nossa emigração; VII - O plano de desviar a nossa emigração do Brasil; VIII - Fenomenos correlacionados; IX - O desbarato da nossa vida económica; X - O problema português e a sua complexidade. O problema colonial e as influencias internacionais: I - A febre colonial; II - A alienação das colonias; III - O doutrinarismo económico e as colonias; IV - As leis orgânicas das colonias; V - Capitais estrangeiros nas colonias; VI - A questão indigena depois da guerra; VII - O regime militarista das colonias. As despezas militares na paz e na guerra e as circunstancias financeiras de Portugal: I - Resultantes do conflito internacional; II - A força armada e a vida dos estados; III - A Inglaterra e as suas despezas militares; IV - As pequenas nacionalidades e as despezas da guerra; V - De 1910 a 1914; VI - Portugal e seu exército; VII - As despezas gerais e as de guerra em Portugal; VIII - No mar; IX - A nossa administração financeira e a defesa nacional. Portugal e as suas relações internacionais: I - As alianças; II - O que devemos à aliança inglesa; III - Fantasias internacionais; IV - Vastidão do grande conflito; V - Várias fases da nossa intervenção na guerra. | Em resumo. | Errata.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa manchada.
Raro.
Com interesse histórico.
65€

08 agosto, 2019

PIRES, Maria Laura Bettencourt - WALTER SCOTT E O ROMANTISMO PORTUGUÊS. [Lisboa], Universidade Nova de Lisboa : Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 1979. In-8.º (20,5 cm) de 163, [1] p. ; [3] f. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Tese de licenciatura da autora. Importante subsídio para o estudo do romance histórico em Portugal.
Livro ilustrado ao longo do texto, e em separado com 3 estampas reproduzindo o retrato de Walter Scott, de um manuscrito da sua primeira novela «Waverley» e do seu túmulo em Dryburgh Abbey.
"Se Sir Walter Scott se considerava ambicioso por pretender ser conhecido em toda a Escócia, o seu desejo foi largamente ultrapassado, pois o »vento do aplauso» levou as suas obras a todo o Mundo e, devido à importância e à influência que exerceu, Scott pode ser considerado como uma figura da literatura mundial.
A popularidade de Walter Scott durante o Romantismo poderia justificar-se pelo que a sua obra tinha de inovador e por corresponder aos interesses da época, mas ainda hoje é actual e os seus romances são lidos, discutidos e servem até de argumento a filmes e séries na Televisão.
Scott foi considerado um pioneiro do Romantismo devido, sobretudo, a ter praticamente criado o romance histórico, em que se encontram, pela primeira vez na novelística, características que ainda hoje se mantêm, como descrição pormenorizada e realista do ambiente, interesse pelas figuras populares e diálogo com traços dialectais, além de uma reconstrução do passado com sentido histórico, o que nunca tinha sido ainda conseguido e em que reside grande parte do seu valor."
(Excerto da Introdução)
Sumário:
Nota prévia. | Introdução. | Notas. | Lista de abreviaturas usadas. | I Parte: 1. Walter Scott e o romance histórico europeu; 2. A voga de Walter Scott em Portugal durante o Romantismo; 3. Influência da obra poética de Scott na poesia romântica portuguesa; 4. Walter Scott e o romance histórico português; 5. Walter Scott e o drama histórico português. II Parte: Bibliografia. 1. Obras de Scott. a) Poesias; b) Novelas; c) Dramas; d) Diversos. 2. Obras de Scott traduzidas. a) Novelas; b) Baladas; c) Romances-poéticos. 3. Artigos publicados em revistas. a) Artigos com referências a Scott; b) Artigos reveladores de interesse por assuntos históricos. 4. Novelística. a) Romances históricos; b) Romances históricos em verso; c) Contos históricos em revistas. 5. Drama. a) Dramas em que há referências ou influência de Scott; b) Dramas históricos. 6. Bibliografia geral. I) Histórias da literatura; II) Histórias da novela em Inglaterra; III) Estudos literários; IV) Estudos sobre Walter Scott; V) Literatura comparada; VI) Obras de carácter bibliográfico; VII) Literatura vária; VIII) Periódicos consultados.
Maria Laura Bettencourt Pires. "É Professora Catedrática de Estudos Ingleses e Americanos da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa. Doutorou-se em Estudos Anglo-Portugueses, na especialidade de Cultura Inglesa, na Universidade Nova de Lisboa. Tem desenvolvido a sua actividade científica e pedagógica nas áreas de Cultura Inglesa, Cultura Americana e Teoria da Cultura, tendo exercido funções na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (UNL) e na Universidade Aberta assim como nas universidades americanas de Georgetown (Fulbright Scholar) e Brown (Gulbenkian Fellow)."
(Fonte: http://www2.ucp.pt/site/custom/template/ucptpl_ctr.asp?SSPAGEID=2937&lang=1&artigoID=1605)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Contracapa com pequenas manchas.
Invulgar.
Com interesse histórico e bibliográfico.
20€

07 agosto, 2019

LIVRO DAS ILHAS. Direcção, leitura, prefácio e notas de José Pereira da Costa. [Angra de Heroísmo] - Região Autónoma dos Açores : Secretaria Regional da Educação e Cultura : [Funchal] - Região Autónoma da Madeira : Secretaria Regional do Turismo e Cultura, 1987. In-fólio (41 cm) de [8], 630, [6] p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Fac-símile do Livro das Ilhas, retirado da Leitura Nova de D. Manuel I. Edição de prestígio, com grande apuro gráfico e sentido estético, belíssimamente ilustrada a p.b. e a cores com a reprodução de documentos antigos e iluminuras, alguns em página inteira.
"Não tem sido frequente ao longo dos séculos, o estudo das ilhas atlânticas no seu conjunto, pelo menos dos arquipélagos conde a colonização portuguesa deixou marcas culturais mais duradoiras. Madeira, Açores, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe, não obstante a matriz institucional comum e o relacionamento social, económico e até político que conheceram, teriam destinos diferentes. A posição geográfica de cada um, a natureza dos seus povoadores, mas também o desígnio dos homens sobre eles impuseram-lhes caminhos diversos.
Todavia, a consciência da especificidade das sociedades insulares e a das características comuns que as unem remonta ao período da sua formação. Não terá sido por acaso que a leitura nova conhece um livro das Ilhas, embora nele fossem tombados alguns documentos do continente africano e até do oriente."
(Excerto do preâmbulo de António Maria de Ornelas Ourique Mendes - Angra de Heroísmo)

"A Leitura Nova deve-se a D. Manuel que, para mais fácil leitura e preservação de tão valiosos documentos, os fez copiar, depois de seleccionados e classificados, em códices que constituem, pela documentação que reunem e pela sua grandiosidade e beleza dos frontispícios iluminados, uma colecção única no género.
Neste Livro das Ilhas, cuja documentação abrange os sécs. XV e XVI, que os estudioso, Dr. José Pereira da Costa, com paciência e profundo saber, transcreveu, nela se guardam aspectos da História, não só da Madeira e dos arquipélagos portugueses do Atlântico, mas de Goa, Ceilão e das praças do Norte de África - aspectos que marcaram na Europa uma importante etapa da conquista e desenvolvimento do Novo Mundo."
(Excerto do preâmbulo de José Carlos Nunes Abreu - Funchal)
Encadernação em tela com ferros gravados a seco e a azul na pasta frontal e na lombada. Corte superior das folhas carminado. Sem sobrecapa.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
75€