09 julho, 2019

MORAES, Francisco de - OBRAS DE FRANCISCO DE MORAES. [Palmeirim de Inglaterra]. Tomo I [Tomo II e Tomo III]. Lisboa, Escriptorio da Bibliotheca Portugueza, 1852. 3 vols in 12.º (13,5cm) de 480 p. (T. I) ; 474 p. (T. II) ; 404, 47, [1] p. (T. III) ; E.
"O Palmeirim de Inglaterra, de nome completo Cronica do famoso e muito esforçado cavalleiro Palmeirim d'Inglaterra, é um romance de cavalaria português escrito por Francisco de Morais (1500-1572) entre 1541 e 1543. O livro possui algumas lembranças autobiográficas do autor. É considerado um dos melhores romances de cavalaria do século XVI, e foi como tal elogiado por Cervantes em Dom Quixote."
(Fonte: wikipédia)
Obra em 3 volumes (completa). As últimas 47 páginas do Tomo III são preenchidas com os Dialogos de Francisco de Moraes, author de Palmeirim de Inglaterra. Com um desengano de amor, sobre certos amores, que o author teve em França com uma dama franceza da Rainha Dona Leonor, offerecidos a Gaspar de Faria Severim, Executor Mór do Reino, etc.
"Ignora-se em que terra de Portugal nascesse Francisco de Moraes Cabral, que depois, por este seu livro do Palmeirim de Inglaterra, se ficou chamando Francisco de Moraes Cabral o Palmeirim. Seu Bisneto, o Padre Balthasar Telles, da Companhia de Jesus, o denomina Brigantino; e Barbosa depois de o ter dado em uma parte como natural de Bragança, n'outra o põe filho de Lisboa. [...]
Francisco de Moraes serviu de Thesoureiro d'elrei D. João III, e esteve em França na companhia do Embaixador de Portugal, o conde de Linhares, D. Francisco de Noronha. Ahi se affeiçoou a uma dama da Rainha D. Leonor, chamada Torsi, com a qual comtudo não casou, e sim com Barbosa Madeira, da qual teve numerosa descendencia. Foi cavalleiro e commendador da ordem de Christo, e morreu violentamente(*), como conta Barbosa Machado, á porta do Rocio de Evora no anno de 1572."
(Excerto do Prologo)
(*) A 'morte violenta' do autor poderá estar relacionada com as insinuações desrespeitosas que Morais terá proferido a respeito da linhagem da Casa de Bragança, e de D. Nuno Álvares Pereira.
"A primeira referência conhecida à morte violenta de Francisco de Morais é a de João Franco Barreto (1600-após 1674) que regista na sua Bibliotheca Luzitana: «dizem foi morto, a ferro, em Evora, a Porta do Roçio junto Aorta delRey, estando ali a corte» (Barreto 1674?: fl. 475Av). Posteriormente, Camilo Castelo Branco (1920: 60-61) segue-lhe no encalço, afirmando claramente a relação direta entre esta morte «a ferro» e o seguinte trecho que se encontra no diálogo moraisiano entre o Escudeiro e o Fidalgo: «Até o Conde Dom Nuno Alveres que deixou o Estado de Bragança, quereis que tivesse hum quarto disso. E dais por prova d’isso a capella dos Corvos que está em Evoramonte, feita por João Gonçalvez Barbadão seu avô. E que por esta razão há hy muitos que se desprezão de Pereiras»."
(Fonte: https://ielt.fcsh.unl.pt/wp-content/uploads/2018/01/dialogos-ou-coloquios.pdf)
Encadernações em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada.
Exemplares em bom estado de conservação. Sem f. anterrosto (3 exs). Carimbo de biblioteca privada na f. rosto (3 exs).
Raro.
Indisponível

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