31 julho, 2019

MAGALHÃES, Luiz de - NOTAS E IMPRESSÕES. Artes e Lettras - Politica e Costumes. Porto, Livraria Portuense de Lopes & C.ª - editores, 1890. In-8.º (21,5cm) de 184, [6] p. ; B.
1.ª edição.
"Volume que reúne artigos escritos entre 1884 e 1889, originariamente publicados no jornal A Província e repartidos pelas secções anunciadas no subtítulo Artes e Letras - Política e Costumes. No artigo introdutório, "As Belas-Artes em Portugal", Luís de Magalhães esboça o quadro pessimista do movimento artístico português nas últimas décadas do século XIX. Em"Naturalismo e realismo", avalia as duas escolas literárias "criadas num movimento de reação contra os excessos espiritualistas e idealistas do romantismo" e denuncia o que considera serem os seus erros (a estética da cópia, a desvalorização do ideal), entendendo Naturalismo e Realismo como meros "pontos de vista relativos por onde se podem encarar os homens, as coisas e os sucessos". A tais correntes, que constituem importações literárias, Luís de Magalhães contrapõe o regresso da literatura portuguesa às suas tradições populares e nacionais, onde poderia colher "uma força, um ímpeto, uma vida, que raramente podem ter as transplantações e aclimações de sentimentos e lendas estranhas" ("A nau Catrineta"). Nos artigos que compõem a secção Política e Costumes, o autor critica o materialismo e a falência de crenças e de ideais que minam todos os setores da vida social portuguesa."
(Notas e Impressões in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2019. [consult. 2019-06-27 15:00:59]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$notas-e-impressoes)
Luís Cipriano Coelho de Magalhães (Lisboa, 13 de setembro de 1859 - Porto, 14 de dezembro de 1935), mais conhecido por Luís de Magalhães, foi um jornalista, escritor e poeta, deputado e ministro, filho de José Estêvão. Desde muito cedo ligado à política, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, tendo como objectivo aceder a uma carreira ma magistratura. Foi nomeado por José Dias Ferreira, então presidente do ministério, para o cargo de governador civil do Distrito de Aveiro. A partir daí ingressou na vida política, sendo eleito em 1897 deputado por Vila do Conde e em 1899 pela Póvoa de Varzim. A 19 de Maio de 1906 foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo chefiado por João Franco.

Após a implantação da República Portuguesa manteve as suas convicções monárquicas e em 1919 apoiou a tentativa de golpe de Estado da Monarquia do Norte, sendo então nomeado novamente para a pasta dos negócios estrangeiros do governo revolucionário.
Foi poeta e prosador de grande mérito, seguidor da corrente literária do realismo. Fundou várias revistas e muitas tertúlias. Tem colaboração na revista A Sátira (1911). Entre as suas obras merece destaque o romance O Brasileiro Soares, publicado com um prefácio de Eça de Queirós. Viveu na Quinta do Mosteiro de Moreira da Maia, que sua mãe adquirira em 1874. A sua casa foi local de reunião de grandes vultos da intelectualidade portuguesa, incluindo Eça de Queirós, Antero de Quental, Joaquim Pedro de Oliveira Martins, Jaime de Magalhães Lima, Alberto Sampaio e António Feijó."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos. Contracapa com rasgão (sem perda de papel). Deve ser encadernado.
Raro.
Indisponível

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