31 dezembro, 2013

ZEGRI, D. Muro – LA EPOPEYA DEL ALCAZAR. Valladolid, Libreria Santaren, 1937. In-8.º (19cm) de 414, [2] p. ; [1] f. il. ; il.; B.
1.ª edição.
Ilustrada no texto com desenhos esquemáticos das operações, mapas estratégicos, fac-símiles, desenhos da fortaleza sitiada, etc., e em separado com o retrato do Governador Militar de Toledo, General de Brigada don José Moscardó.
Narrativa histórica da Guerra Civil de Espanha publicada durante o conflito. Trata-se do cerco a que foi submetido durante 70 dias, entre Julho e Setembro de 1936, o Alcázar de Toledo, pelas forças republicanas. A fortaleza nunca viria a ser tomada, tornando-se num símbolo de resistência e do Nacionalismo Espanhol.
Contém a lista dos mortos sitiados no Alcazar.
“Los defensores del Alcázar vivieron sus hazañas sin preocuparse del porvenir, y mucho menos de la historia. Su debilidade física y la absorción de sus espíritus por la lucha ininterrompida no les permitió fijar sempre fielmente en su memoria actos en los que incluso ellos mismos participaron como héroes singulares.”
(Excerto da Introdução)
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

29 dezembro, 2013

RIBEIRO, Aquilino – A TRAIÇÃO. Lisboa, Editorial, L.da, [s.d. - 1922]. In-8º peq. (14,5cm) de 30, [2] p. ; B. Col. Leitura de Hoje, novela n.º 2
1.ª (e única) edição desta apreciada e curiosa novela, uma das primeiras de Aquilino.
“Em Tordehumos, vila de Castela-a-Velha, houve em tempos um homem, Pablo Gutierrez, pedreiro de profissão, tão solerte na arte de alegrar o proximo que, em dez leguas em redondo, não obstante os seus 40 anos, o conheciam por El pilluelo. Era Gutierrez mestre na guitarra, na dança e na trova, estando ainda para nascer quem lhe levasse a melhor, pois que era já por linha bailão e cantador de ventre de bailarina.”
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas apresentam-se ligeiramente manchadas.
Muito invulgar.
20€

28 dezembro, 2013

LOPES, Bernardino – A ALMA DE PORTUGAL. Cidades, Vilas e Aldeias. A nova Divisão Administrativa – Serras, Rios, Portos de Mar, Cabos e Lagoas – Águas Minerais – Termas – Praias – Museus – Hoteis e Pensões – Feriados – Descanço Semanal – Repartições de Finanças – Conservatórias – Hospitais e Casas de Saúde – Rede Ferro-viária – Carros Elécticos – Indicações Uteis. MAPA DE PORTUGAL, a côres com a nova Divisão Administrativa. MAPA DO PAÍS, com distâncias quilométricas. Lisboa, Depósito : Livraria e Papelaria Albano de Sousa Barbosa, L.da., [s.d.]. In-8º (19,5cm) de 64 p. ; [2] mapas desd. ; il. ; B.
Contém dois mapas desdobráveis.
1.ª edição.
“A idéa de publicar o presente livro com o titulo A Alma de Portugal, obedeceu apenas ao critério de preencher uma lacuna à muito existente entre nós. […] A Alma de Portugal, será útil, não só àqueles que estudam, como a excursionistas, viajantes, casas comerciais e industriais, Bancos, Companhias, enfim, a todos que precisam ou se interessam em conhecer o País do Norte a Sul – de S. Gregório, no alto Minho ao Cabo de S. Vicente, no Algarve.”
(excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

27 dezembro, 2013

COOPER, o americano – LEONEL LINCOLN, OU O CERCO DE BOSTON. Por… Traducção livre do inglez por C. E. da C. G. Tomo I [e II, III e IV]. Lisboa, Na Imprensa Nevesiana [e na Typographia de J. J. de Salles], 1848-1849. 4 vols in-4º (15,5cm) de 276 p. ; 273, [1] p. ; 253, [1] e 267, [1] p. ; E. em 2 tomos.
Romance histórico sobre a Revolução Americana da autoria de Fenimore Cooper.
“Acontecimentos ha, que marcam uma epocha notavel na historia das nações e do mundo; e tal foi a revolução das provincias Americanas do Norte, que as separou da mãi-patria – a velha Inglaterra. Sobre este acontecimento, ou facto importante, fundou I. Fenimore Cooper, um dos mais distinctos romancistas dos nossos tempos, o seu admiravel romance Leonel Lincoln, ou o Cerco de Boston. N’elle quiz o auctor perpetuar ainda, debaixo de uma nóva forma, as gloriosas acções que os seus compatriotas fizeram para conquistarem a sua independencia e liberdade; e nós, traduzindo-o, quisemos não só verter em linguagem patria um bello e interessante romance, mas mostrar, por um grande exemplo, quanto convem que os governos sejam moderados e justos; porque da falta de moderação e justiça rebentam necessariamente as revoluções. Todo o abuso de força he evidente signal de fraqueza; e este abuso gerou a revolução da America Ingleza, e mostrou a fraqueza do governo Britanico.”
(excerto do prefácio)
James Fenimore Cooper (1789-1851). Foi um prolífico e popular escritor americano do início do século XIX. Considerado o primeiro grande romancista americano, escreveu sobretudo romances de aventuras - históricos e marítimos, e de espionagem. A sua obra mais conhecida é talvez «O Último dos Moicanos» (1826).
Encadernações coevas em meia de pele com ferros gravados a ouro nas lombadas.
Exemplares em bom estado de conservação. Falta a f. anterrosto em todos os vols.
Raro.
Indisponível

26 dezembro, 2013

LEITÃO, Joaquim - O ATAQUE A CHAVES (Croquis do terreno do combate pelo alferes Alberto Braz). Como bastante documento de fidelidade historica d'este volume, fecha-o um relatorio militar da acção, elaborado e assignado pelo capitão Remedios da Fonseca, Tenentes Victor de Menezes e Saturio Pires, e pelo Alferes Alberto Braz. Pôrto, Edição do Autôr, 1916. In-8º (19cm) de 249, [7] p. ; il. ; B. Col. Uma Epoca, IX
1.ª edição.
Muito ilustrada no texto com retratos individuais e em grupo de participantes no combate.
Relato dos acontecimentos do dia 8 de Julho de 1912 - o ataque a Chaves - sob o ponto de vista monárquico.
Matérias:
-  Caminho de Chaves. - Rompendo o fôgo. - O canhão chama a Columna Souza Dias. - O corpo-a-corpo na carreira de tiro. - Bála Macabra. - A Meio do Combate. - A investida. - As tres horas culminantes de fôgo. - O Abandono do espaldão. - Ultimas posições frente a Chaves. - Ultimos cartuchos. - Almas d'aço. - Documento e Notas.
Joaquim Antunes Leitão (1875-1956). "Célebre escritor e jornalista monárquico, nasceu no Porto em 1875 e faleceu em Lisboa no ano de 1956. De formação académica na área da Medicina, ao longo da vida ocupou o cargo de Secretário-geral da Academia das Ciências de Lisboa, Director do Museu da Assembleia Nacional da Restauração, Inspector das Bibliotecas, Arquivos e Museus Municipais de Lisboa, Director Geral da Assembleia Nacional. Era sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras. Após a instauração da República viveu dois anos exilado, 1911 e 1912, embora dirigindo o único jornal monárquico de Portugal, «O Correio», que era editado no Porto. Publicou uma extensa obra, composta por vários géneros literários, como o romance, o conto e o teatro, e ainda diversos ensaios e livros de história, alguns dos quais relativos às Incursões Monárquicas provenientes do Norte da Galiza" (in diarioatual.com)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

25 dezembro, 2013

[KEMPIS, Tomás de] – IMITAÇÃO DE N. S. J. C. Direcção literária de Plínio Salgado. Orientação artística e ilustrações de António-Lino. [Lisboa], Editorial Verbo, 1962. In-4º grd. (28cm) de XXXV, [1], 310, [6] p. ; mto il. ; E.
A Imitação de Cristo é uma obra intemporal, clássico da literatura religiosa. Para esta edição recorreram os realizadores ao texto da tradução de Frei António de Pádua e Bellas, religioso da Arrábida, segundo a edição de 1791, da Tipografia Rolandiana, de Lisboa, revista, actualizada e prefaciada por Plínio Salgado.
Edição luxuosa, impressa em papel encorpado, profusa e superiormente ilustrada por António Lino.
“Desde o seu aparecimento, este misterioso livro tornou-se contemporâneo de todos os séculos. Foi escrito para o Homem e, por conseguinte, a sua importância permanece enquanto existirem homens sobre a Terra. Em suas páginas se encontra a medida das acções humanas, segundo a interpretação das realidades actuais e o sentido de um destino eterno. […] A Imitação de Cristo oferece-nos a imagem do Homem segundo as realidades da sua vida interior e segundo as realidades do mundo exterior. É um ente equilibrado, que deve procurar equilibrar-se no conjunto dos seus semelhantes e na própria harmonia universal. […] Escreve-a Kempis num dos momentos mais tumultuosos da história da Europa: a transição da Idade Média para o Renascimento, nesse século XV assinalado por crises religiosas, pela retomada dos filósofos gregos longamente esquecidos, pela transformação das artes, pelo alvorecer da ciência e bruxulear das primeiras centelhas do racionalismo. É também a época das navegações, em que emerge a figura gigantesca do Infante de Sagres e a curiosidade dos homens se volta para os mares desconhecidos, as terras e os povos até então ignorados pelas cartas geográficas.
A Imitação de Cristo é dividida em quatro livros: o primeiro trata da Vida Espiritual, ministrando ao leitor conselhos úteis; o segundo da Vida Interior; o terceiro da Consolação Interior, e o quarto é uma exortação à prática da Santa Comunhão.”
(excerto do prefácio)

Tomás de Kempis (1380-1471). “Monge e escritor alemão, Tomás de Kempis nasceu em 1380, em Kempen, na Renânia do Norte (perto de Colónia), faleceu a 24 de julho de 1471, no Mosteiro de Santa Inês. Aos 12 anos, foi estudar para a escola de Deventer, na Holanda. Durante os seus estudos em Humanidades, Tomás de Kempis revelou muito talento na transcrição de manuscritos. Concluída a sua formação, em 1399, o jovem foi admitido no grupo Irmãos Regulares da Vida em Comum que, ainda sem instalações definitivas, viviam no Monte de Santa Inês (ou St. Agnès), perto de Zwolle, na Holanda, onde o seu irmão era prior. Sob a direção do prior Florencio Radewijn, Tomás de Kempis iniciou uma vida de pobreza, castidade, devoção e obediência, em comunidade, tendo feito votos de noviço apenas em 1406 e, sido ordenado padre em 1413, um ano depois de ter sido edificada a igreja daquela comunidade religiosa. Mais tarde, foi eleito subprior, mas devido a um exílio da comunidade, entre 1429 e 1432, Tomás de Kempis exerceu durante pouco tempo essa função. Durante esse período, esteve com o irmão num convento perto da cidade holandesa de Arnhem, onde este veio a falecer em novembro de 1432. De regresso ao Monte de Santa Inês, Tomás de Kempis foi reeleito subprior, em 1448, permanecendo nessas funções até ao final da sua vida. Tomás de Kempis produziu cerca de quarenta obras representantes da literatura devocional moderna. Destaca-se o seu livro mais célebre, Imitação de Cristo, composto por quatro volumes, no qual apela a uma vida seguida no exemplo de Cristo, valorizando a comunhão como forma de reforçar a fé.” (in infopedia)
Encadernação inteira de pele com dourados gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

24 dezembro, 2013

CASTILHO, Julio de - FASTOS PORTUGUEZES : poema em seis livros. Lisboa, Livraria Ferreira, 1918. In-4º (23cm) de [8], 189, [3] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Obra dedicada pelo autor à memória de Filinto Elísio, que inclui em extratexto uma estampa reproduzindo gravura do famoso poeta.
"Escreveu Ovidio os Fastos.
E que são os Fastos? são o calendario romano posto em verso. Datas célebres, quadros historicos, movimentos astronómicos, festas religiosas, solemnidades cortesans, costumeiras plebeias, anecdotas minúsculas, tudo foi enramalhetado em hexâmetros e pentâmetros pelo prodigioso poeta."
(excerto da advertência)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
10€

23 dezembro, 2013

DUBARRY, Armando – OS INVERTIDOS. Por… (Trad. de Bernardo d’Alcobaça). Lisboa, Empreza Lusitana Editora, 1912. In-8.º (19cm) de VIII, 248, [2] p. ; B. Col. «Os Desequilibrados do Amor», II
Romance erótico publicado após a revolução republicana, em época de grande liberdade editorial; mais tarde, durante o regime do Estado Novo, viria a ser proibido e retirado de circulação. Não existe nenhum exemplar registado da BNP.
“A sciencia é um patrimonio commum, que ninguem esta auctorizado a estrangular, a confiscar em detrimento da universalidade dos indivíduos.
Pessoalmente, suppomos que cumprimos um dever mostrando a quantos os ignoram ou nem sequer suspeitam d’elles, os desiquilibrios da vida sexual e gritando-lhes:
- Cautella, amigos! Reparem que se despenham n’um abysmo.
E dizendo a outros:
- Tenham compaixão por esses inconscientes, por esses impulsivos, por esses loucos,; tratem-nos como se tratam doentes gravemente atacados do mal e eximam-se, se não querem propagar a gangrena, a lançar um véo espesso sobre enfermidades que, pelo contrario, devem trazer-se á luz do dia, porque a luz é, contra ellas, a melhor prophylaxia.
Para mais, devemos declarar que não escrevemos para meninos de escola; escrevemos para adultos, para homens conhecedores da vida, e os Desequilibrados do Amor são romances psychopathologicos nos quaes, visando um alvo philosophico, usamos do nosso direito de escriptor vulgarisador, que é o de tirar partido das nossas indagações, das nossas obeservações, das nossas meditações. Não fazemos romances estupida e alvarmente luxuriosos.”
(excerto do prefácio)
Exemplar em bom estado de conservação; fissura vertical na lombada.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

22 dezembro, 2013

MORATO, M. J. Xavier – LIÇÕES DE BIOLOGIA MÉDICA. Lisboa, [s.n.], 1957. In-8º (22cm) de [2], 395, [3] ; [30] f. il. ; E.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do Prof. Xavier Morato ao Prof. Luís Botelho.
Impressão em stencil de uma obra que viria a ser publicada em livro, com o mesmo título, anos mais tarde, em 1961. Ilustrado com tabelas, quadros, etc. ao longo do texto, e em separado com desenhos esquemáticos de página inteira.
“Iniciativa amiga fez gravar e reproduzir as lições que, no ano lectivo de 1955-56, foram por mim pronunciadas no curso de Biologia Médica da Faculdade de Medicina de Lisboa. Concluo que essa iniciativa obteve o êxito a que aspirava, pois se esgotaram todos os exemplares. Resolvi por isso rever as lições de 1955-56 e ampliá-las onde me pareceu indispensável e corrigi-las no que era essencial. Mantendo-se como se mantém o mesmo processo de impressão […] entendeu-se também que era indispensável ilustrar o texto com um mínimo de esquemas; sem eles certas matérias tornam-se ininteligíveis.”
(excerto do prefácio)
“A Biologia tem por objecto o estudo dos seres vivos. Bios significa vida, logos discurso ou estudo.
Importa, naturalmente, definir os limites da Biologia. Nesta cadeira, intitulada Biologia Médica, os senhores aprenderão uma série de noções de Biologia; mas, devemos confessar, desde já, que não há uma Biologia Médica, como não há uma Biologia Farmacêutica, nem quaisquer outros tipos particulares de Biologia.
A Biologia é só uma e quando dizemos Biologia Médica queremos apenas dizer noções de Biologia dedicadas àqueles que pretendem fazer o curso de Medicina.”
(excerto da introdução)
Manuel João Xavier Morato (1906-1989). “O Professor Xavier Morato, que foi o 50.º Presidente da Sociedade de Ciências Médicas, exerceu um mandato influenciado pelos caminhos que o seu próprio percurso cruzou: a emergente importância da biologia na medicina moderna, na explicação dos seus fundamentos e nas promessas de aplicação prática no seu futuro. Foi o primeiro professor dessa nova disciplina – a Biologia Celular – na Faculdade de Medicina de Lisboa.
Xavier Morato foi um internista respeitado pelos seus conhecimentos médicos muito vastos, pelo seu espírito arguto e pelo seu sentido clínico. Todavia, foi como morfologista que a sua intervenção académica e científica e a sua carreira adquiriram justa proeminência. Descendente da escola de microscopia de Lisboa, que teve em May Figueira, Celestino da Costa e Roberto Chaves os seus mais iluminados cultores, Xavier
Morato acrescentou-lhe prestígio como virtuoso na aplicação das impregnações argênticas no estudo da hipófise e no uso da microscopia electrónica, metodologia de que foi um dos primeiros utilizadores em Portugal. As suas investigações ultra-estruturais deram origem a uma obra científica que se dispersa por um amplo campo de interesses.
Na Faculdade de Medicina de Lisboa, a sua direcção ficou assinalada por uma marcada evolução na organização administrativa da Escola, que muito foi beneficiada pelo prestígio de que gozava junto do poder político.
O Professor Xavier Morato foi um notável pedagogo: as suas exposições possuíam invulgar clareza e uma apurada elegância. Os textos das suas aulas originaram publicações didácticas de referência, constituindo peças modelares de actualidade, rigor de escrita e elegância formal.” (in www.scmed.pt)
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada, recoberta por protecção de plástico.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
35€

21 dezembro, 2013

CANTIGAS para o fado e para as “Fogueiras” do San João : por ESTUDANTES DE COIMBRA. PREÇO, 10 RÉIS. Coimbra, Livraria França Amado, 1899. In-8.º (21cm) de 8 p. (inc. capas).
Raríssimo opúsculo publicado por iniciativa de Afonso Lopes Vieira e Augusto Gil.
Integra letras originais da autoria dos organizadores e de outras insígnes personalidades do meio literário e estudantil da época:
Teixeira de Pascoaes (duas), António Macieira, Alberto Pinheiro, Humberto de Bettencourt, Pereira Barata e Guedes Teixeira.

Vinde todas raparigas
(Vós sabeis adivinhar!)
Dizer das vossas cantigas
Quem na terra me hade amar!
D’entre as moças uma existe
Das outras bem differente:
Se ellas riem anda triste
E sempre longe da gente…

(Teixeira de Pascoaes)

Exemplar brochado, frágil, em bom estado geral de conservação. Apresenta escritos na capa, sobretudo numéricos. Rasgão a meio do folheto, da margem para o interior, consequência de vinco antigo.
Muito raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

15 dezembro, 2013

PACHECO, José Sebastião - ROTEIRO POLICIAL DA CIDADE DE LISBOA (com a ligação geral dos carros eléctricos). 5.ª edição actualizada. Lisboa, Livraria Pacheco, 1928. In-8º peq. (13,5cm) de [2], 269, [3], XL p. ; E.
Curioso roteiro policial de Lisboa.
Ordem dos limites da cidade:
Desde Algés, pela estrada da circunvalação: Benfica, Carnide, Lumiar, Ameixoeira, Charneca, Olivais, e parte da margem direita do Rio Tejo, desde os Olivais a Pedrouços, ligando com Algés e fechando o circuito.
Contém os nomes antigos e modernos das artérias de Lisboa e a indicação dos carros eléctricos que deverão ser utilizados e as paragens mais próximas dos sítios onde não passam.
Informações sobre:
Animatógrafos, áreas dos 6 cemitérios municipais, Bairros administrativos e fiscais, Casas de Saúde, Cemitérios estrangeiros, Conservatórias prediais e do registo civil, Distritos de recrutamento militar, Escolas comerciais e industriais, Esquadras policiais, Estações telégrafo-postais, Freguesias, Hospitais, Hoteis, Igrejas que ainda têm cartório, Juízos de paz, Legações e consulados estrangeiros em Lisboa, Liceus, Monumentos, Museus, Notários, Palácios nacionais, Panteões, Polícia de investigação criminal, Sub-delegados de saúde, Teatro, Templos notáveis, Tribunais, Varas cíveis e comerciais.
Encadernação cartonada do editor com capa policromada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Últimas páginas com defeitos, afectando marginalmente o texto.
Invulgar.
10€

14 dezembro, 2013

LOPES, Victor Silva – CENAS PARLAMENTARES. Humor, agitação e ataques na Constituinte. [Lisboa], Editus, 1976. In-8º (21cm) de 419, [5] p. ; il. ; B.
Capa de Acácio Santos. Colaboração fotográfica dos jornalistas Armando Rebelo, João Ribeiro, Rui Ochôa e do “Jornal de Notícias”.
Ilustrado no texto com fotografias a p.b. de diversos “momentos”, e personalidades da vida política da época, tendo como pano de fundo o Parlamento.
“O humor dos constituintes, a agitação dos plenários e os ataques parlamentares balizam o conteúdo deste livro…
Acreditado em S. Bento há cerca de seis anos, Victor Silva Lopes reproduz neste seu trabalho um dos momentos mais tumultuosos no tempo da «velha senhora»: a renúncia do Prof. Miller Guerra. Do ambiente democrático, recolheu as mais diversas cenas e as mais polémicas intervenções na Assembleia Constituinte.
De leitura agradável (e às vezes aconselhada só para adultos…), é um documento da história da Revolução portuguesa, indispensável aos políticos e recomendada ao povo e a quem o apoiar…
(apresentação)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

13 dezembro, 2013

DEBANS, Camillo - A RUINA DA INGLATERRA. Traducção de Pinheiro Chagas. Lisboa, Companhia Nacional Editora, 1890. In-8º de 239 p. ; E.
Capa de Rafael Bordalo Pinheiro.
Romance marítimo.
Encadernação simples em meia de percalina com ferros a ouro na lombada; com defeitos. Conserva a capa de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capa oxidada; assinatura de posse rasurada na f. rosto.
Invulgar.
Indisponível

12 dezembro, 2013

NORONHA, Tito de – MEMORIAS DE UM CHARUTO. Porto, Typographia de Antonio José da Silva Teixeira, 1868. In-8º (16,5cm) de 149, [1] p. ; B.
Valorizado pela dedicatória manuscrita do autor.
Curiosa paródia.
“Começam já a rir-se por um charuto merecer alguns capítulos; pois é perfeita injustiça; teem-se enchido grossos volumes, dos quaes os heroes não merecem duas fumaças, e tão barbaros, que nem sequer conheceram os effeitos psychologicos da pitada, e todas as suas vantagens therapeuticas.
Escusámos agora fazer a apologia de tão illustre membro da família nicotiana tabacum de Linneu, para o que não era preciso grande cabedal de intelligencia; todos lhe reconhecem os efeitos sympathicos, activando as faculdades intellectuaes, tornando a vista mais clara, e uma serie de et ceteras que encheriam as estantes de uma biblioteca…
 […]
O meu novo possuidor levou-me aos beiços e apertou-me entre os dentes de puro esmalte; reconhecia-se alli a mão de mr. de Vitry. Nada mais elegante do que este catita, bem frisado, chapéo um pouco obliquo, requebrando o corpo, como todos os matadores, não esquecendo o charuto no canto da bocca. Ninguem lhe ia perguntar se o apanhara na rua. As aparências hoje salvam e por ellas se avalia o homem. […] Ainda que o não quizesse, não podia deixar de considerar-me feliz, eu, que esperava finar-me entre o lixo, e que, por um rasgo de puro romanticismo, fui elevada até á altura dos queixos. O dandy tinha-me entre os dentes, e assim me levou até á rua da Gloria.”
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Restaurado. Guardas de brochura originais coladas em capas de cartolina.
Muito invulgar.
15€

11 dezembro, 2013

ZÉZERE, Leal de - HOMENS E FERAS QUE EU VI. Lisboa, Editorial Castor, Lda., 1951. In-4.º (24,5cm) de 436, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Narrativa da aventurosa viagem de bibcicleta empreendida pelo autor através de África, com passagem por alguns países europeus no regresso a Lisboa.
Ilustrada com um mapa/roteiro da viagem.
"«Homens e feras que eu vi»... Eis leitor o primeiro livro de viagens que escrevo. E tu que saboreias, talvez confortávelmente o teu café, num sofá macio, sorrirás desconfiado à espantosa concatenação de episódios que irei desfolhando para teu folguedo.
Vem, leitor. Apressa-te a acompanhar-nos. Passarás fome, frio, calor. Terás medo, conhecerás a morte e sorrirás à vitória. A sensação de novas e estranhas vidas ser-te-á a recompensa. E, quando olhares para trás, à beira de um grande rio, e reparares que companheiros queimados de febres tombam pelo caminho, olhos em brasa, à procura da miragem de muitas ilusões perdidas, acena-lhes um adeus de amigo."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas sujas. Pequena falha de papel na base da lombada. Assinatura de posse na 1ª p. texto.
Invulgar e muito apreciado.
Com interesse histórico e etnográfico.
20€

10 dezembro, 2013

CASTRO, D. João de – O ANNEL DE FERRO. Lisboa, Empreza da Historia de Portugal, 1913. In-8º (18cm) de 48 p. ; il. ; B. Historias para Crianças, I
Ilustrado com bonitos desenhos no texto.
Conto histórico infantil. De acordo com a bibliografia consultada, esta terá sido a única incursão do autor neste género literário, escrito a pedido de sua filha Brites(?). Inaugurou a Colecção «Histórias para Crianças», não tendo sido possível apurar se mais números desta colecção foram publicados.
“Em uma manhã de Abril a princeza Angelica, filha unica de el-rei Leonildo, o Grande, esquecendo as precauções que sempre lhe haviam aconselhado os sábios e magos da côrte, alongou o seu passeio até aos confins do parque real, que era muito extenso de emmaranhados caminhos.
A princeza, que não tinha ainda dezoito annos e era bella como o sol de estio quando nasce, levava apenas na sua companhia a mais querida das suas aias, Lavinia, quasi tão nova e tão linda como ella. Ligeiras, contentes, como duas andorinhas, por toda a parte tinham espalhado a sua graça e alegria; e já demandavam o caminho do palacio, quando de repente, junto d’uma fonte que borbulhava entre musgos e avencas, encontraram um homem adormecido.”
(excerto do texto)
D. João de Vasconcelos Sousa Castro e Melo (1871-1955). "Ficou na história da literatura portuguesa com o nome de D. João de Castro. Tornou-se inicialmente conhecido devido à inovadora obra poética, mas salientou-se no romance psicológico de caracteres e na investigação histórica. Fez parte de um grupo de escritores que na sua irreverente juventude foi conhecido pelos "Nefelibatas", de que faziam parte, entre outros, Júlio Brandão, Raúl Brandão, Justino de Montalvão, Alberto de Oliveira, Eduardo d'Artayett e, ainda, o pintor Inácio de Pinho e o caricaturista Celso Hermínio. Deixou vasta obra (poesia, romance, teatro, etc.), e colaborou desde 1926 até à sua morte, em 1955, com "O Primeiro de Janeiro", escrevendo quinzenalmente os "artigos de fundo", muitos deles dedica dos à história das famílias. Também foi o autor das notas históricas incluídas nos primeiros 80 números do "Boletim da D.G. dos Edifícios e Monumentos Nacionais."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas defeituosas com restauros toscos; falha de papel na base e topo da capa.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

09 dezembro, 2013

CONDIÇÕES DE ADMISSÃO DE NAVIOS MERCANTES, pertencentes a Estados Beligerantes, nos nossos portos ou águas territoriais e disposições a adoptar pelas autoridades marítimas para a manutenção e respeito da situação de neutralidade assumida por Portugal. PUBLICAÇÃO RESERVADA PARA USO DAS AUTORIDADES MARÍTIMASMinistério da Marinha : Estado Maior Naval. Lisboa, Imprensa da Armada, 1939. In-4º (23cm) de 18 p. ; B.
Publicação reservada, de grande interesse e raridade. No presente trabalho, é estabelecido paralelo com as normas levadas a cabo durante a Grande Guerra.
Matérias:
A) Da Neutralidade.
B) Da admissão e situação jurídica dos navios mercantes estrangeiros nos portos ou águas interiores (tempo de paz).
C) Da admissão e situação jurídica de navios mercantes pertencentes a Estados Beligerantes nos portos ou águas interiores dum Estado Neutral.
D) Da admissão de navios mercantes pertencentes a Estados beligerantes armados defensivamente nos portos ou águas interiores dum Estado neutral.
Normas a adoptar:
(12 pontos)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito raro.
20€

08 dezembro, 2013

SILVA, Agostinho da – VIAGEM À LUA. Lisboa, Edição do Autor, [1943]. In-8.º (19 cm) de 32 p. (inc. capas) ; il. ; B. Colecção À Volta do Mundo, Textos para a Juventude – 1.ª Série
1.ª edição.
“No início dos anos 40 do século passado, Agostinho da Silva publicava, enquanto autor e editor, uns “Textos para a juventude”, fascículos de cultura e de coisas práticas, com o título mais vasto de À volta do Mundo. Foi em 1943 que deu à estampa o título Viagem à Lua, caderninho de 32 páginas (capa incluída). […] A dada altura, Agostinho da Silva questiona o seu (jovem) leitor: “E será realmente possível ir à Lua?”. De imediato, lhe dá a resposta: “Claro que é possível e não será absurdo afirmar-se que é mesmo tão fácil como ir a qualquer outra parte: tudo consiste no meio de transporte”. E quais são as condições? Poder percorrer a distância, de acordo com as várias camadas de ar que vai encontrando (passagem que serve para explicar o porquê de esta viagem não se poder efectuar em balão ou em aeroplano, mas admitindo que o foguete poderia dar uma ajuda). Outras condições são a conjugação dos movimentos e a protecção do homem que arrisque a viagem. Em conclusão: “Se escaparem da viagem e do bombardeamento [de asteróides], se levarem aparelhos respiratórios e fatos de aquecimento ou de resfriamento, para a noite ou para o dia, poderão os exploradores visitar a Lua e percorrer-lhe todos os acidentes de terreno, trazendo-nos muitas noções científicas novas”.
E o texto de Agostinho da Silva termina com um sonho – o que poderia o homem contemplar a partir da Lua? “O que ainda despertaria maior interesse seria a descrição das paisagens da Lua e dos aspectos do Céu: os homens que lá fossem poderiam (…) ver surgir e pôr-se o sol sempre rodeado de chamas e numa lenta carreira pelo firmamento; e poderiam à noite contemplar o que deve ser o mais extraordinário dos espectáculos: a Terra em fases, como nós vemos a Lua”. E vem a chamada de atenção ao (jovem) leitor: “Calcula o que será ver-se a Terra, quando o hemisfério visível estiver todo iluminado, quando for Terra cheia, quatro vezes maior do que a Lua que nós vemos e lançando uma luz 14 vezes maia intensa que o luar.”
(Fonte: http://nestahora.blogspot.pt/2009/08/agostinho-da-silva-e-antecipacao-da.html)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível

05 dezembro, 2013

O ADAMASTOR. Lisboa, Typographia – Casa Portugueza – Papelaria, 1897. In-4º grd. (27cm) de 19, [1] p. ; il. ; B.
Com uma fotografia do cruzador Adamastor em página inteira.
Raríssimo opúsculo publicado por ocasião da entrega do cruzador ao Estado português. Divide-se em duas partes: na 1.ª consta a descrição técnica do navio; a 2.ª é preenchida pelo soneto «Adamastor», extraído do Canto V dos Lusíadas, e a sua tradução para francês.
“O magnifico cruzador encommendado pela commissão de subscripção nacional ao constructor naval Frateli Orlando, de Livorno, tem 75ͫ,21 de comprido, accusando as experiencias realizadas a velocidade de 18 milhas por hora.
O casco é d’aço Siemend Martin, com chapas de 10ͫ ͫ,5 de espessura minima e de 16ͫ ͫ na maxima, formando 9 carreiras de 1ͫ,10 de largura. A chapa de borda é de 8ͫ ͫ. No fundo as ligações, topo a topo, são feitas por outras chapas com dupla e triplice ligação, pelo systema do Lloyd.
Em armamento o navio tem o seguinte: 2 peças Krup de 15 c.; 4 de 10 c.; 5 de tiro rapido; 4 Hotckiss de 65ͫ ͫ; 4 metralhadoras Nordenfelt; 2 peças de tiro rapido, de 37ͫ ͫ, Hotchkiss; 1 tubo fixo lança torpedos na roda da prôa, na coberta, acima da linha d’agua.”
(excerto da 1.ª parte)
"O «Adamastor» foi um cruzador da Marinha Portuguesa , construído nos Estaleiros Navais de Livorno, Itália em 1896 e financiado pelas receitas proveninentes de uma subscrição pública organizada como resposta portuguesa ao Ultimato britânico de 1890.
O Adamastor desempenhou um papel importante no golpe de 5 de Outubro de 1910 que levou à implantação da República Portuguesa, sendo responsável pelo bombardeamento do Palácio Real das Necessidades, a partir do Tejo.
Durante o seu período de serviço, o Adamastor percorreu em missões de soberania quase todos os territórios ultramarinos portugueses desde Angola a Timor. Também fez várias visitas oficiais a países estrangeiros, como o Brasil ou o Japão.
Em 1913, o seu comando é entregue ao Capitão João Canto e Castro, futuro Presidente da República, que o vai buscar a Macau.
Na Primeira Guerra Mundial o Adamastor tomou parte activa nas operações militares contra os alemães, no norte de Moçambique (foz do rio Rovuma).
Foi desactivado em 1934 e vendido à marinha mercante.”
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas apresentam defeitos marginais.
Raro. 
25€