10 dezembro, 2013

CASTRO, D. João de – O ANNEL DE FERRO. Lisboa, Empreza da Historia de Portugal, 1913. In-8º (18cm) de 48 p. ; il. ; B. Historias para Crianças, I
Ilustrado com bonitos desenhos no texto.
Conto histórico infantil. De acordo com a bibliografia consultada, esta terá sido a única incursão do autor neste género literário, escrito a pedido de sua filha Brites(?). Inaugurou a Colecção «Histórias para Crianças», não tendo sido possível apurar se mais números desta colecção foram publicados.
“Em uma manhã de Abril a princeza Angelica, filha unica de el-rei Leonildo, o Grande, esquecendo as precauções que sempre lhe haviam aconselhado os sábios e magos da côrte, alongou o seu passeio até aos confins do parque real, que era muito extenso de emmaranhados caminhos.
A princeza, que não tinha ainda dezoito annos e era bella como o sol de estio quando nasce, levava apenas na sua companhia a mais querida das suas aias, Lavinia, quasi tão nova e tão linda como ella. Ligeiras, contentes, como duas andorinhas, por toda a parte tinham espalhado a sua graça e alegria; e já demandavam o caminho do palacio, quando de repente, junto d’uma fonte que borbulhava entre musgos e avencas, encontraram um homem adormecido.”
(excerto do texto)
D. João de Vasconcelos Sousa Castro e Melo (1871-1955). "Ficou na história da literatura portuguesa com o nome de D. João de Castro. Tornou-se inicialmente conhecido devido à inovadora obra poética, mas salientou-se no romance psicológico de caracteres e na investigação histórica. Fez parte de um grupo de escritores que na sua irreverente juventude foi conhecido pelos "Nefelibatas", de que faziam parte, entre outros, Júlio Brandão, Raúl Brandão, Justino de Montalvão, Alberto de Oliveira, Eduardo d'Artayett e, ainda, o pintor Inácio de Pinho e o caricaturista Celso Hermínio. Deixou vasta obra (poesia, romance, teatro, etc.), e colaborou desde 1926 até à sua morte, em 1955, com "O Primeiro de Janeiro", escrevendo quinzenalmente os "artigos de fundo", muitos deles dedica dos à história das famílias. Também foi o autor das notas históricas incluídas nos primeiros 80 números do "Boletim da D.G. dos Edifícios e Monumentos Nacionais."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas defeituosas com restauros toscos; falha de papel na base e topo da capa.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

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