[KEMPIS, Tomás de] – IMITAÇÃO DE N. S. J. C. Direcção
literária de Plínio Salgado. Orientação artística e ilustrações de António-Lino.
[Lisboa], Editorial Verbo, 1962. In-4º grd. (28cm) de XXXV, [1], 310, [6] p. ; mto
il. ; E.
A Imitação de Cristo
é uma obra intemporal, clássico da literatura religiosa. Para esta edição
recorreram os realizadores ao texto da tradução de Frei António de Pádua e
Bellas, religioso da Arrábida, segundo a edição de 1791, da Tipografia Rolandiana,
de Lisboa, revista, actualizada e prefaciada por Plínio Salgado.
Edição luxuosa, impressa em papel encorpado,
profusa e superiormente ilustrada por António Lino.
“Desde o seu aparecimento, este misterioso livro tornou-se
contemporâneo de todos os séculos. Foi escrito para o Homem e, por conseguinte,
a sua importância permanece enquanto existirem homens sobre a Terra. Em suas
páginas se encontra a medida das acções humanas, segundo a interpretação das
realidades actuais e o sentido de um destino eterno. […] A Imitação de Cristo oferece-nos a imagem do Homem segundo as
realidades da sua vida interior e segundo as realidades do mundo exterior. É um
ente equilibrado, que deve procurar equilibrar-se no conjunto dos seus
semelhantes e na própria harmonia universal. […] Escreve-a Kempis num dos
momentos mais tumultuosos da história da Europa: a transição da Idade Média
para o Renascimento, nesse século XV assinalado por crises religiosas, pela
retomada dos filósofos gregos longamente esquecidos, pela transformação das
artes, pelo alvorecer da ciência e bruxulear das primeiras centelhas do
racionalismo. É também a época das navegações, em que emerge a figura
gigantesca do Infante de Sagres e a curiosidade dos homens se volta para os
mares desconhecidos, as terras e os povos até então ignorados pelas cartas
geográficas.
A Imitação de Cristo
é dividida em quatro livros: o primeiro trata da Vida Espiritual, ministrando
ao leitor conselhos úteis; o segundo da Vida Interior; o terceiro da Consolação
Interior, e o quarto é uma exortação à prática da Santa Comunhão.”
(excerto do prefácio)
Tomás de Kempis (1380-1471). “Monge e
escritor alemão, Tomás
de Kempis nasceu em 1380, em Kempen,
na Renânia do Norte
(perto de Colónia), faleceu a 24 de
julho de 1471, no
Mosteiro de Santa Inês. Aos 12 anos, foi estudar para a
escola de Deventer, na Holanda. Durante os
seus estudos em Humanidades, Tomás de Kempis revelou muito talento
na transcrição de manuscritos. Concluída a sua formação, em 1399,
o jovem foi admitido
no grupo Irmãos Regulares da Vida em
Comum que, ainda sem instalações definitivas,
viviam no Monte de Santa Inês (ou
St. Agnès), perto
de Zwolle, na Holanda,
onde o seu irmão
era prior. Sob a
direção do prior Florencio Radewijn, Tomás de Kempis iniciou uma
vida de pobreza, castidade, devoção e obediência,
em comunidade, tendo feito votos de noviço
apenas em 1406 e,
sido ordenado padre em 1413, um ano
depois de ter sido
edificada a igreja daquela comunidade religiosa.
Mais tarde, foi eleito subprior, mas devido
a um exílio da
comunidade, entre 1429
e 1432, Tomás de Kempis exerceu durante
pouco tempo essa função. Durante esse período,
esteve com o irmão
num convento perto da cidade holandesa de
Arnhem, onde este veio a falecer em
novembro de 1432. De regresso ao Monte
de Santa Inês, Tomás
de Kempis foi reeleito
subprior, em 1448, permanecendo nessas funções até ao final da
sua vida.
Tomás de Kempis produziu cerca de quarenta
obras representantes da
literatura devocional moderna.
Destaca-se o seu livro mais célebre, Imitação de Cristo, composto por quatro
volumes, no qual apela a uma vida
seguida no exemplo de Cristo, valorizando a comunhão como forma
de reforçar a fé.”
(in infopedia)
Encadernação inteira de pele com dourados gravados a seco e
a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível