16 janeiro, 2024

JOÃO BRANCO NÚNCIO - ÉPOCA : Suplemento Especial. [Lisboa], Companhia Nacional Editora, 1973. In-4.º (28,5x20,5 cm) de 29, [3] p. (inc. capas) ; il. ; B.
1.ª edição.
Suplemento especial do jornal Época n.º 831 de 27 de Maio de 1973 dedicado às Bodas de Ouro da alternativa de Mestre João Branco Núncio. O jornal Época resultou da fusão dos jornais "A Voz" e "Diário da Manhã", foi lançado em 1 de Fevereiro de 1971 e circulou até Maio de 1974.
Contém uma reportagem de fundo sobre o cavaleiro - circunstância excepcional, dada a sua conhecida aversão a entrevistas. A contracapa reproduz autógrafo do toureiro com o agradecimento público a todos quanto o acompanharam na sua jornada de 50 anos.
Suplemento ilustrado com inúmeras fotografias do Mestre (no campo, feiras e praças), publicidade diversa, e um artigo sobre Nuno Salvação Barreto, cabo do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa.
"A singela homenagem que prestamos a João Branco Núncio no dia em que comemora as Bodas de Ouro da sua alternativa, tem  um duplo objectivo: o de festejar o artista que ao longo de cinquenta anos soube e pôde dignificar a sua Arte, e o de enaltecer o Homem probo, o chefe de Família, o trabalhador e o empresário que aos seus e à sua terra não regateou um avo da energia, ao longo da existência.
Respeitador dos valores tradicionais, em cada momento confiante nas amabilidades do futuro, tolerante e justo, nada mais se poderia acrescentar à vida de João Branco Núncio, se não fora a força com que enfrentou as adversidades, opondo-lhes persistentemente, uma ilimitada confiança de vitória.
Para além dos tumultos da existência, do bom e do menos bom existencial, da glória das arenas ou do secreto triunfo interior - homenageia-se também, e antes de tudo, aquele que tão portuguêsmente soube e sabe viver."
(Apresentação)
"Manhã cedo. A terra encharcada estendia-se por canteiros de arroz. Na outra, mesmo à ilharga, semeada de trigo, parecia também, aos olhos leigo da repórter, fortemente humedecida pelas violentas bátegas que, de espaços a espaços, caíam nas leiras castanho-escuras.
Dia de chuva, de vento desabrido, a secar em poucos instantes a água benfazeja.
Minutos antes deixáramos a Quinta da Palmeira, à saída de Alcácer, ao rés da estrada nacional que segue por esse Alentejo dentro, direita ao Torrão e a Beja.
João Núncio, calça de ganga azul justa às pernas, blusão ajaquetado de cabedal preto, botins de vitela, e na cabeça o tradicional chapéu e aba larga, senta-se ao volante do jipão e ruma a Vale de Lobos."
(Excerto da entrevista)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito raro.
Com interesse histórico e tauromáquico.
Indisponível

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