24 janeiro, 2018

SALGADO, Heliodoro - MENTIRAS RELIGIOSAS. Prefacio de Fernão Botto Machado. Lisboa, Typographia do Commercio, 1906. In-8.º (19,5cm) de 183, [9] p. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada com um retrato do autor.
"Heliodoro Salgado, d'entre os maiores o maior luctador e apostolo da Causa da Justiça e da Liberdade merece todos os preitos que se lhe faça. Elle foi um homem que dedicou toda a sua vida á cuasa dos opprimidos, portanto, a estes cumpre o dever de propagar a sua obra, a maior e a mais sincera homenagem que se lhe pode dedicar. Bem novo ainda, comprehendeu a não existencia de Deus; desde então começou a sua vida revolucionaria. No nosso tempo não houve quem o igualasse. A mentira religiosa, foi por elle autopsiada, tão tenazmente, que conseguiu pôr a religião em decadencia."
(Excerto da introdução)
Heliodoro Salgado (1861-1906). Começou a desenvolver a actividade de jornalista no jornal O Operário de tendências socialistas, porque nessa altura estava inscrito no Partido dos Operários Socialistas. No final da década de oitenta do século XIX começa a aproximar-se cada vez mais das ideias republicanas a que veio a aderir próximo do Ultimato inglês de 1890. Nas eleições realizadas em Março de 1890 apresentou-se como candidato a deputado, mas obteve um resultado decepcionante. Manifestou sempre fortes preocupações sociais destacando-se como defensor da instrução popular, da melhoria das condições de vida das classes trabalhadoras e a veemência dos seus textos valeram-lhe em diversas ocasiões a prisão e a censura dos seus escritos. [...] “Protótipo do proletário intelectual” [David Ferreira, Dicionário de História de Portugal, vol. V, dir. Joel Serrão, Livraria Figueirinhas, Porto, 1992, p. 425-426], Heliodoro Salgado acaba por morrer com 45 anos. Era considerado um grande orador nos comícios organizados pelos republicanos, para defender as causas dos mais fracos e injustiçados socialmente."
(Fonte: arepublicano.blogspot.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com defeitos.
Muito invulgar.
Indisponível

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