18 janeiro, 2018

HOGAN, Alfredo - IVANHOE : drama em cinco actos e nove quadros extrahido do romance de Sir Walter Scott Ivanhoe ou a volta do Cruzado. Por... Lisboa, Typ. da Rua da Bica de Duarte Bello, N.º 55. 1849. In-8.º (20,5cm) de 111, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Adaptação para teatro da visão muito particular de Hogan, "com significativas modulações de personagens, situações e temas", do romance Ivanhoe, de Walter Scott, considerado o primeiro romance histórico da corrente literária do Romantismo.
"Ahi vai então, o meu segundo drama - Ivanhoè - extrahido do romance do mesmo titulo, de Sir Walter Scott. Foi uma escolha temeraria, a d'esse romance, para extrahir o meu segundo drama; mas só o conselho de um amigo meu, em quem confio, e pessoa de reconhecido merito litterario, a tal me induziu.
Li pois com attenção o romance que me fôra indicado, estudei-o, procurei entende-lo, e meditando sobre o grande trabalho a que me propunha, como o de apresentar no curto espaço de um drama, o desinvolvimento das paixões, que um romance largamente nos descreve e apresenta; cingir a preceitos e regras estabelecidas os episodios que um bom romance nos descreve sem que observe mais do que a naturalidade e elegancia d'acção; não me poupando emfima trabalho algum, depois d'algumas vigilias, consegui o meu segundo drama.
Fallar sobre o seu assumpto, seria desnecessario, que ninguem ha ai, que não tenha lido o melhor romance de Sir Walter Scott, a melhor pedra da sua corôa litteraria."
(Excerto do preâmbulo, Ao publico)
Alfredo Possolo Hogan (1830-1865). "Nasceu e faleceu em Lisboa. Funcionário dos correios, cultivou a literatura negra, tornando-se um romancista e um dramaturgo bastante popular em Lisboa. Nas suas obras notam-se influências de Eugène Sue e Alexandre Dumas. Escreveu vários romances históricos: Marco Túlio ou o Agente dos Jesuítas (3 vols, 1853), Mistérios de Lisboa (4 vols, 1851), Dois Ângelos ou Um Casamento Forçado (2 vols, 1851-1852), etc. Das peças de teatro, destacam-se: Os Dissipadores (1858), A Máscara Social (1861), Nem Tudo que Luz É Oiro (1861), A Vida em Lisboa (em parceria com Júlio César Machado, 1861), O Dia 1.º de Dezembro de 1640 (1862), As BrasileirasSegredos do Coração e O Colono. Foi-lhe atribuída (e com propriedade) a autoria do romance A Mão do Finado (1853), publicado anonimamente em Lisboa, pretendendo ser a continuação de O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Sem capa frontal. Pelo interesse e raridade, a justificar trabalho de encadernação.
Raro.
Indisponível

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