05 abril, 2017

AZEVEDO, João Baptista Schiappa d' - RELATORIO DA MINA DE COBRE DE SANTO ESTEVÃO NO CONCELHO DE SILVES (ALGARVE). Por... Lisboa, Typographia do Jornal do Commercio, 1864. In-8.º (20cm) de 11, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Estudo pioneiro sobre o potencial e viabilidade de extracção de minério da mina de Santo Estevão, em S. Bartolomeu de Messines, Silves. Com interesse para a história da mineração no Algarve.
"Convidado pela Empresa exploradora da mina de Santo Estevão para visitar este jazigo, e dar o meu parecer ácerca da sua importancia, venho hoje cumprir um rigoroso dever, dando conta do resultado das minhas observações... [...]
A simples inspecção do solo e as poucas pesquisas até agora feitas não são, em verdade, elementos sufficientes para se formar um conceito decidido e completo do jazigo cuprifero de Santo Estevão, mas podem conduzir desde já a um juizo muito aproximativo sobre a sua importancia industrial, e á deducção de fortes probabilidades de bom exito, que devem mover a actual companhia a emprehender energeticamente uma exploração bem dirigida, com o intuito de tornar patentes as condições do deposito em profundidade. [...]
No presente trabalho exporei succintamente os dados de observação que pude colligir sobre o terreno e nas excavações antigas feitas n'esta zona metallifera, as illações que d'ahi se podem deduzir, e o grau de valor que devem merecer os indicios directos, tendo em conta as condições geognosticas que se offerecem á apreciação."
(excerto do texto)
João Baptista Schiappa de Azevedo (1828-1882). Engenheiro e professor. Em 1844, matriculou-se na Escola Politécnica. "Apesar de todas as contrariedades e à custa de grandes esforços e de uma decidida tenacidade e perseverança concluiu o curso de engenharia e frequentou ainda a cadeira de montanistica e docimasia, que nessa época se criou na Escola Politécnica , sendo um dos primeiros em Portugal a adquirir essa habilitação. Concluídos esses estudos e sendo já 3.º oficial do tesouro, passou em 1855 para o ministério das obras públicas, e havendo-se relacionado nos últimos anos de escola com Carlos Ribeiro e com Delgado, que se dedicavam aos estudos geológicos, foi por eles levado a entregar-se ao ramo de minas e, pedindo para entrar nessa especialidade, foi como adjunto a Carlos Ribeiro, ainda em 1855, visitar algumas minas no Alentejo. Continuando ao serviço do ministério foi nomeado inspector de minas, tendo por isso de montar o serviço de lançamento do imposto sobre o rendimento das minas. Em 1858 ou 1860 foi incumbido de estudar em Espanha a mineração do ferro, quando se estabeleceram as inspecções permanentes dos distritos mineiros foi nomeado chefe do distrito do norte, fez parte da comissão do júri da exposição universal do Porto, e em 1866 nomeado para fazer da comissão encarregada do estudo da hidrologia do reino. Em 1880 foi escolhido para chefe da repartição das minas e desempenhando esse lugar até 1881, passou então para a junta de obras públicas. Desde 1878 regia a cadeira de mineralogia e geologia do Instituto Industrial; publicou com os outros membros da comissão de hidrologia um relatório sobre a geologia do Minho e Trás-os-Montes; sendo relator duma comissão encarregada de propor o método a adoptar na arqueação e medição dos navios, escreveu e imprimiu sobre esse assunto um trabalho muito interessante, e foi ele quem iniciou os trabalhos duma carta minerográfica de Portugal."
(fonte: www.arqnet.pt)
Exemplar em brochura (capas lisas). Bem conservado. Capa apresenta falha de papel no canto inferior dto.
Raro.
Sem registo na BNP.
Indisponível

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