1.ª edição.
Edição original de um livro de poesias de Maria Rattazzi, que entre nós ficou conhecida pela obra Portugal à vol d'oiseau (Portugal de relance) - "uma curiosa perspectiva do Portugal do final do século XIX, resultado da sua permanência e viagens pelo país. Uma obra que aquando da sua publicação foi responsável por uma verdadeira tempestade, na qual se envolveram, entre outros, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental e Ramalho Ortigão".
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa da autora.
"Immobile et muet, sous la roche escarpé,
Un Vieillard est assis, près du gouffre entr'ouvert.
Sa tunique de lin, sévèrement drapée,
Reflète la blancheur se son front découvert.
Ce n'est pas Caliban, dont le souffle de flame
Sur les flots soulevés promène la terreur;
Ce n'est pas Ariel, que Miranda réclame
Quand il a de Neptune apaisé la fureur.
C'est la Génie aimé de cette solitude.
Il dompte le tempête; et, sûrs du lendemain,
Les matelots, qu'il guide avec sollicitude,
A travers les écueils se tracent un chemin.
L'Océan n'a pour lui ni secret ni mystère;
Son regard pénétrant plonge dans l'orizont;
Son esprit entrevoit les destins de la terre,
Et le doute jamais n'obscurcit sa raison."
(excerto de L'Ombre de la Mort, Cap. I)
Maria Rattazzi (1831-1902), cujo nome de família era Maria Letizia Studolmire Wyse, nasceu na Irlanda e era sobrinha-neta de Napoleão. Durante algum tempo adoptou o apelido do segundo marido, Urbano Rattazzi. Publicista, romancista, poetisa, autora de textos dramáticos e tradutora. Esteve em Portugal em 1876 e em 1879, onde conviveu com figuras do meio político e cultural. Após o seu regresso a França publicou o polémico Portugal à vol d'oiseau : portugais et portugaises (1879), com tradução para português no ano seguinte, em 1880.
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Peça de colecção.
45€
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