09 abril, 2017

PADRÕES DA GRANDE GUERRA. Discurso proferido pelo coronel Sá Cardoso, presidente da Comissão Executiva dos Padrões da Grande Guerra na sessão soléne comemorativa do "9 de Abril" realisada na Escola Militar. O produto liquido reverte para a Subscrição Nacional dos Padrões da Grande Guerra. [S.l.], [s.n. - imp. na Tipografia Central : Alvaro de Souza, Porto], [1922?]. In-8.º (20cm) de 15, [1] p. ; B.
1.ª edição.
A Comissão dos Padrões da Grande Guerra protagonizou os fenómenos de maior sucesso na intenção do Governo Republicano na sagração da memória nacional. No dia 3 de Dezembro [de 1921] reuniram-se na sala nobre da Escola Militar, sob a presidência do General Gomes a Costa, alguns combatentes que formariam a base da origem da Comissão dos Padrões da Grande Guerra que, durante quinze anos, iria proceder ao levantamento dos padrões da Grande Guerra."
(fonte: http://www.portugal1914.org/portal/pt/historia/instituicoes/item/5204-comiss%C3%A3o-dos-padr%C3%B5es-da-grande-guerra)
O presente opúsculo reproduz, seguramente, uma das primeira intervenções públicas sobre os Padrões da Grande Guerra que foi dado à estampa, senão mesmo o primeiro. Trata-se do discurso do coronel Sá Cardoso proferido na Escola Militar por ocasião das celebrações do aniversário da Batalha de La Lys, julgamos que, em 1922, poucos meses após a formação da CPGG.
Junta-se uma bonita folha volante desdobrável (22x29cm) - distribuída na Sessão Solene(?) -, impressa em papel encorpado, com um poema inédito de António Correia de Oliveira - "Padrões da Guerra" - datado de Abril de 1922, cuja existência se desconhecia (não vem referenciado em nenhuma fonte bibliográfica) e que ilustra de forma indelével a associação do poeta a esta nobre causa.
"Monumentos como os que projectamos, fazem-se com tres coisas: Pedra - Bronze - Sangue!
O Sangue já lá está.
Correu á farta em terras de Africa, em Moçambique e em Angola. E tanto foi, que só não tingiu de vermêlho as terras de Africa, porque estão de ha muito habituadas a recebe-lo e a guarda-lo!
Em França, também brotou ás golfadas do peito de seis mil portuguêses que por lá ficaram. E na Flandres, como em Africa, ele amassará as terras que hão de servir de alicerce á pedra portuguesa, extraída das entranhas do paiz e ao bronze dos nossos velhos canhões; pedra e bronze que trabalhados por operarios portugueses, sob a patriotica inspiração dos nossos artistas, se transformarão em monumentos tão magestosos e empolgantes, pela sua simplicidade e grandeza, que obriguem todos, nacionais e estrangeiros, que num futuro longinquo, visitem terras de Portugal, o Alem-Mar português ou a Flandres a descobrir-se para saudar este pequeno paiz, que, ao passo que outras nações, grande e pequenas, eram compelidas á lucta para resistirem á arremetida alemã, ele, o nosso Portugal, tão pequeno em territorio e tão minguado de recursos, não hesitava em ombrear com uma das mais poderosas nações do mundo, os Estados Unidos da America, antecipando-se-lhe até na intervenção na guerra!
Guerra tão cruel e tão feroz, como jámais a humanidade, nos seus seis mil anos de existencia, poude vêr!"
(excerto do Discurso)
Exemplar em brochura + 1 folha volante, ambos, em bom estado de conservação.
Raro conjunto.
Com interesse histórico.
Indisponível

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