08 abril, 2017

LARCHER, Capitão Jorge das Neves - MONUMENTOS DE PORTUGAL. Alcobaça e Batalha : Batalha, o Templo da Pátria. 2.ª edição profusamente ilustrada, correcta e aumentada. [S.l.], [s.n. - imp. nas oficinas de Litografia Nacional, Porto], 1927. In-4.º (23,5 cm) de [14], 38 p. ; [6] f. il. ; B.
Edição trilíngue (português/francês/inglês) ilustrada em separado com seis estampas, incluindo a maquete do Monumento a erigir em Lacouture - França, da autoria do escultor Teixeira Lopes, e o Lampadário «Chama da Pátria», projecto de Mestre António Augusto Gonçalves, executado por Lourenço Chaves de Almeida.
Contém, no interior do livro, o bilhete postal de inscrição da CPGG para a Subscrição Nacional.
"A Comissão dos Padrões da Grande Guerra, constituída por oficiais da Marinha de Guerra e do Exército, antigos combatentes da Grande Guerra, no Mar, em Angola, em Moçambique e na Flandres, vem trabalhando, ha anos, perseverantemente, com patriotica fé na realização do seu objectivo. [...]
Á  Comissão dos Padrões da Grande Guerra coube a iniciativa de comemorar a data de 9 de Abril - dia da Batalha do Lys - promovendo na Terra Portuguesa os Dois Minutos de Silencio, glorificação dos Mortos da Patria."
(Excerto do prefácio)
"A Batalha ficou sendo o «Templo da Patria», onde repousam os herois desconhecidos, e onde todos os anos, na data de 9 de Abril, devemos ir em romagem, juncar de flores os seus tumulos e perante Eles, recobraremos a fé nos destinos duma Patria Grandiosa, e ensinando aos nossos filhos, as grandes virtudes civicas dos seus antepassados, e fazendo-lhes despertar o nobre sentimento do amor pela Patria, sob aquelas venerandas abobadas.
A data escolhida para a peregrinação nacional á Batalha, a realizar todos os anos, não podia ser mais acertada, porque o 9 de Abril, é uma data verdadeiramente grandiosa para nós portugueses, porque nos tráz á memoria os mais belos actos de abnegação e heroismo praticados pelos soldados portugueses nos campos sangrentos da Flandres.
O 9 de Abril é uma bela e comovente epopeia inspirada pela bravura dos nossos heroicos serranos, que nas terras da Flandres, em reduzido numero, numa luta desigual e tremenda contra o mais formidavel exercito do mundo se bateram com lealdade e valentia, defendendo palmo a palmo o sector que lhes estava confiado e resistindo á brutal invasão das tropas alemãs, com uma forte e admiravel resistencia, que orgulha e enaltece a raça portuguêsa.
E quando, já gastas, as nossas munições, nesse combate violento e pavoroso; quando deixou de se ouvir o canhão honitroante e o matracar das metralhadoras, esses punhados de bravos portugueses, que os exercitos estrangeiros tão dignamente heroificaram, lançaram-se com galhardia para uma terrivel luta de corpo a corpo, opondo as avalanches de tropas inimigas a sua carne coberta de sangue e gloria.
Sublime holocausto dos soldados de Portugal, que uma vez em terras estrangeiras, souberam manter as gloriosas e nobilissimas tradições do exercito português e morrer no seu posto de honra, acarinhados até ao ultimo momento, pelas saudades da Patria distante."
(Excerto de Batalha, Templo da Patria)
Exemplar brochado em razoável estado de conservação. Afectado por diversas manchas de humidade nas capas e no corte lateral, onde as folhas apresentam um ligeiro esboroado.
Raro.
Indisponível

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