LARCHER, Capitão Jorge das Neves - MONUMENTOS DE PORTUGAL. Alcobaça e Batalha : Batalha, o Templo da Pátria. 2.ª edição profusamente ilustrada, correcta e aumentada. [S.l.], [s.n. - imp. nas oficinas de
Litografia Nacional, Porto], 1927. In-4.º (23,5 cm) de [14], 38 p. ;
[6] f. il. ; B.
Edição trilíngue (português/francês/inglês)
ilustrada em separado com seis estampas, incluindo a maquete do
Monumento a erigir em Lacouture - França, da autoria do escultor
Teixeira Lopes, e o Lampadário «Chama da Pátria», projecto de Mestre
António Augusto Gonçalves, executado por Lourenço Chaves de Almeida.
Contém, no interior do livro, o bilhete postal de inscrição da CPGG para a Subscrição Nacional.
"A Comissão dos Padrões da Grande Guerra,
constituída por oficiais da Marinha de Guerra e do Exército, antigos
combatentes da Grande Guerra, no Mar, em Angola, em Moçambique e na
Flandres, vem trabalhando, ha anos, perseverantemente, com patriotica fé
na realização do seu objectivo. [...]
Á Comissão dos Padrões da Grande Guerra
coube a iniciativa de comemorar a data de 9 de Abril - dia da Batalha
do Lys - promovendo na Terra Portuguesa os Dois Minutos de Silencio,
glorificação dos Mortos da Patria."
(Excerto do prefácio)
"A
Batalha ficou sendo o «Templo da Patria», onde repousam os herois
desconhecidos, e onde todos os anos, na data de 9 de Abril, devemos ir
em romagem, juncar de flores os seus tumulos e perante Eles,
recobraremos a fé nos destinos duma Patria Grandiosa, e ensinando aos
nossos filhos, as grandes virtudes civicas dos seus antepassados, e
fazendo-lhes despertar o nobre sentimento do amor pela Patria, sob
aquelas venerandas abobadas.
A data escolhida para a peregrinação
nacional á Batalha, a realizar todos os anos, não podia ser mais
acertada, porque o 9 de Abril, é uma data verdadeiramente grandiosa para
nós portugueses, porque nos tráz á memoria os mais belos actos de
abnegação e heroismo praticados pelos soldados portugueses nos campos
sangrentos da Flandres.
O 9 de Abril é uma bela e comovente
epopeia inspirada pela bravura dos nossos heroicos serranos, que nas
terras da Flandres, em reduzido numero, numa luta desigual e tremenda
contra o mais formidavel exercito do mundo se bateram com lealdade e
valentia, defendendo palmo a palmo o sector que lhes estava confiado e
resistindo á brutal invasão das tropas alemãs, com uma forte e admiravel
resistencia, que orgulha e enaltece a raça portuguêsa.
E quando,
já gastas, as nossas munições, nesse combate violento e pavoroso; quando
deixou de se ouvir o canhão honitroante e o matracar das metralhadoras,
esses punhados de bravos portugueses, que os exercitos estrangeiros tão
dignamente heroificaram, lançaram-se com galhardia para uma terrivel
luta de corpo a corpo, opondo as avalanches de tropas inimigas a sua
carne coberta de sangue e gloria.
Sublime holocausto dos soldados
de Portugal, que uma vez em terras estrangeiras, souberam manter as
gloriosas e nobilissimas tradições do exercito português e morrer no seu
posto de honra, acarinhados até ao ultimo momento, pelas saudades da
Patria distante."
(Excerto de Batalha, Templo da Patria)
Exemplar
brochado em razoável estado de conservação. Afectado por diversas
manchas de humidade nas capas e no corte lateral, onde as folhas
apresentam um ligeiro esboroado.
Raro.
Indisponível
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