COSTA, Ricardo Madruga da - UMA IDEIA DE REFORMA PARA A ILHA DE S. MIGUEL EM 1813. O projecto do capitão-engenheiro Francisco Borges da Silva. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada, 2003. In-4.º (23 cm) de 117, [1] p. (177-293 pp) ; B. Separata da Revista Insvlana, Vol. LIX
1.ª edição independente.
Importante estudo histórico sobre o sistema de defesa da ilha de S. Miguel, Açores, levado a cabo no início do século XIX, e sobre o seu mentor.
"Seja por motivo da conjuntura nacional e internacional cujo episódio mais significativo, na perspectiva portuguesa, ocorre com a transferência da corte para o Brasil em 1807 da decorrência da primeira invasão do exército de Napoleão, seja pelo reconhecimento de uma maior vulnerabilidade do arquipélago dos Açores, sobretudo em virtude da deslocação dos interesses ingleses para o Atlântico, seja ainda pela criação do porto franco de Ponta Delgada por alvará de 26 de Outubro de 1810, o governo sediado no Rio de Janeiro entendeu mandar para a ilha de S. Miguel o capitão-engenheiro Francisco Borges da Silva com a missão de providenciar a recuperação das fortificações da mesma ilha."
(Excerto do Cap. 1, Francisco Borges da Silva e os Açores)
Matérias:
1 - Francisco Borges da Silva e os Açores. 2 - O contexto em que o arquipélago se situa. 3 - Sobre o documento. 4 - Análise do documento. 4.1 - Aspectos conceptuais. 4.2 - Diagnóstico da situação da Fazenda na ilha de S. Miguel. 4.3 - Reformulação das folhas eclesiástica, civil e militar. 5 - Um balanço da receita e da despesa. 6 - Uma Junta da Fazenda em S. Miguel e as condições de eficácia. 7 - O molhe de Ponta Delgada e o seu financiamento. 8 - Aspectos subsidiários. Conclusão. Anexos Documentais.
Francisco Borges da Silva (Santo Amaro de Oeiras, 10 de maio de 1786 - Ponta Delgada, 25 de novembro de 1820). "Foi um engenheiro militar português.Filho de um major de Artilharia com o mesmo nome assentou praça como
cadete, aos 13 anos de idade, no Regimento de Artilharia da Corte. Nesta
unidade frequentou o Colégio de Ensino Militar (antecessor do atual
Colégio Militar) de 1802 a 1807, ano em que embarcou para o Brasil, no
contexto da eclosão da Guerra Peninsular (1808-1814).Em 1808 foi promovido a 1.º tenente do Real Corpo de Engenheiros e
passou a trabalhar no Arquivo Militar então criado no Rio de Janeiro. Em
1811 foi promovido a capitão; em 1814, a major e, em 1819, a
tenente-coronel.
Em 1810 foi nomeado para prestar serviço na ilha de São Miguel, no
arquipélago dos Açores, com a missão primária de fortificar a ilha. A 23
de junho de 1811 chegou a Angra, na Terceira, onde o então
capitão-general lhe solicitou o seu parecer sobre a fortificação da
ilha, argumentando que a mesma precisava ser atualizada, uma vez que
ainda apresentava características da fortificação dos séculos XVI e
XVII.
Chegou a São Miguel a 30 de junho de 1811, na companhia do novo
Governador Militar da mesma, José Francisco de Paula Cavalcanti de
Albuquerque (1811-1815). Assim que se instalou fez um rápido
reconhecimento do estado da fortificação da ilha e, baseado no "Relatório"
do Sargento-mor João Leite de Chaves e Melo Borba Gato (1808) fez a sua
"analize", que iria fundamentar o seu relatório sobre a fortificação
micaelense. (AHU, cx. 72, doc. 72)
Exerceu funções até 1820, quando faleceu, solteiro. Nesse período,
desenvolveu uma intensa atividade no reconhecimento da ilha de São
Miguel. Avaliou as necessidades face ao estado das fortificações então
existentes, quais as que era necessário abandonar, reconstruir ou
construir de novo.
Foi responsável pela reconstrução de 23 fortificações, com destaque
para os trabalhos no Forte de São Brás em Ponta Delgada - que ampliou e
remodelou profundamente -, e ergueu, de raiz, o Forte Gonçalo Velho, em
Vila Franca do Campo, e o Reduto do Príncipe, em São Roque. Para
complemento da defesa de São Miguel planeou e construiu diversas
estradas na costa sul da ilha, a fim de permitir uma rápida deslocação
das tropas e de artilharia para socorro das guarnições eventualmente
atacadas.
Para além das suas funções de chefe da Comissão de Engenharia, ainda
em 1811 apresentou um plano de reorganização do Corpo de Milícias e, em
1812, um detalhado e abrangente Plano Geral de Defesa de S. Miguel que,
conforme a sua opinião, poderia ser aplicado, com ligeiras adaptações,
na defesa de todo o arquipélago."
(Fonte: http://fortalezas.org/?ct=personagem&id_pessoa=2403)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico-militar.
Indisponível
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