02 fevereiro, 2016

SOUZA, Alberto - ALFACINHAS : os lisboetas do passado e do presente. Plano e ilustrações de... Este livro é uma ideia de Alberto Souza e as suas ilustrações o testamento de Arte que o Mestre legou a Lisboa. Lisboa, [s.n. - imp. Litografia Amorim], [196-]. In-4.º (23x29 cm) de 209, [1] p. ; todo il. ; E.
1.ª edição.
Direcção literária de Artur Inez. Textos de Acúrcio Pereira; Alfredo Guisado; Alves Redol; Aquilino Ribeiro; Artur Inez; Ferreira de Castro; Jaime Lopes Dias; Joaquim de Oliveira; Julieta Ferrão; Maria Judite de Carvalho; Moreira das Neves; Urbano Tavares Rodrigues. Coordenou e editou Fernando Souza.
Publicada após a morte de Alberto de Sousa, em Dezembro de 1961, por seu filho, esta é uma obra de grande esmero e apuro gráfico, profusamente ilustrada com reproduções de belíssimas aguarelas representativas do trabalho etnográfico do Mestre.
                                             ...............
"Na síntese imposta pelo espaço disponível, dada a natureza da própria obra e até porque «Alfacinhas» é um livro que vive quase inteiramente das preciosas ilustrações que o enriquecem, o Povo de Lisboa está todo ele aqui, nas sugestivas aguarelas de Mestre Alberto Souza e nos admiráveis desenhos e apontamentos de artistas célebres, nossos e lá de fora, de Roque Gameiro a Delerive, a Noel e a L'Evêque."
(excerto de O Povo de Lisboa)
Alberto Augusto de Sousa (1880-1961). Ilustrador e aguarelista português. Nasceu em Lisboa, em 6 de Dezembro de 1880; faleceu em Lisboa em 1961. Aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa e das Escola Industriais do Príncipe Real, Rodrigues Sampaio e Machado de Castro, estudou modelo vivo no Grémio Artístico e na Sociedade Nacional de Belas Artes. Em 1897 foi admitido no atelier de desenho industrial que Roque Gameiro dirigia na Companhia Nacional Editora. Deixou o atelier em 1903 e entrou para a Ilustração Portuguesa, a revista semanal do jornal diário de Lisboa O Século, a convite do seu director, Silva Graça. Pouco tempo ficou na revista, passando a ilustrar para publicações como os jornais Mundo, Novidades, A Capital, República, entre outras. Colaborou também para publicações estrangeiras como o L'Illustration e o Illustrated London News. Como aguarelista expôs pela primeira vez em 1901, no Grémio Artístico. Em 1911 concorreu a uma exposição realizada em Madrid e em 1913 teve a sua primeira exposição individual, na redacção de A Capital, passando no começo dos anos 20 a expor regularmente. Em 1914 foi nomeado conservador artístico na Inspecção das Bibliotecas e Arquivos Nacionais.
Ilustrou obras conhecidas: Pátria Portuguesa, de Júlio Dantas, Olivença, de Rocha Júnior e Matos Sequeira, entre outros. Em 1916 fundou a revista Terra Portuguesa com D. Sebastião Pessanha e o Dr. Virgílio Ferreira, onde era dado um especial ênfase à etnografia e arqueologia artística. Alberto de Sousa abordou nos seus trabalhos temáticas bem portuguesas: os bairros típicos de Lisboa - Alfama e Mouraria -, retratou as figuras típicas e históricas do seu país bem como os seus usos e costumes. Em 1931 participou na Exposição Colonial de Paris com um conjunto de aguarelas dos monumentos portugueses em Marrocos. Dedicou-se também à ilustração de livros, tendo organizado muitas das obras da Enciclopédia pela Imagem.O Mestre aguarelista percorreu Portugal desenhando e pintando as comunidades rurais e urbanas, a sua faina, as festas e as romarias, pintou e desenhou capelas, pórticos, claustros e fontes."
(Fonte: Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, Enciclopédia Verbo)
Encadernação editorial inteira de tela com figura em relevo na capa e ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada. Conserva a guarda de brochura. Sem sobrecapa.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar e muito apreciado.
45€

Sem comentários:

Enviar um comentário