FERRO, Marc - HISTÓRIA DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL : 1914-1918. [Prefácio de Pierre Renouvin]. Lisboa, Edições 70, [1992]. In-8º (21,5cm) de 327, [1] p. ; B. Colecção Lugar da História, 46
1.ª edição portuguesa.
Estudo histórico sobre a Grande Guerra.
Sinopse: "Pela primeira vez os beligerantes dispõem de armamento capaz de infligir
danos em escala inimaginável, e os combatentes participarão em todos os
horrores: guerra química, bombardeamento aéreo, luta de trincheiras
prolongada e ataques em massa em que os intervenientes eram dizimados
pelas minas e pela metralha. É, também, um conflito entre potências
imperiais, que vêem nas suas colónias uma importante fonte de
recrutamento. No final do conflito, a Europa está devastada, o Império
Otomano exangue e prestes a implodir, e a Alemanha guilhermina vê-se
obrigada a pôr fim (temporariamente) aos seus desígnios de expansão."
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"Longa, dolorosa, mortífera, a Grande Guerra viu matarem-se entre si milhões de homens que, ainda na véspera, juravam «guerra à guerra». Eram irmãos de armas daqueles que acusaram de serem militaristas, patrioteiros, belicistas; e igualmente de milhões de outros que fizeram a guerra por dever ou ainda sem saberem muito bem porquê.
Após 1918, transformados em antigos combatentes, nem uns nem os outros puseram em dúvida a legitimidade do seu sacrifício: haviam combatido pela defesa da pátria e a guerra que tinham feito era uma «guerra justa». Durante cinquenta anos, não pararam de o repetir. [...]
Em 1914, os convocados não fizeram perguntas; todos partiram e, quando desfilavam, os rostos deixavam transparecer o estado de espírito: estavam radiantes. [...]
Sem dúvida que, em 1914, acreditavam que a guerra seria curta, que voltariam no Natal, agraciados com os louros da vitória: é verdade que em Paris, como em Londres ou em Berlim, os soldados partiram a cantar, cheios de alento e com uma «flor na espingarda»."
(excerto da Primeira Parte, Porquê a Guerra?)
Marc Ferro (n. 1924). "É um dos maiores historiadores franceses. Embora se tenha
especializado inicialmente na história soviética, com os anos viria a
abrir o leque da sua investigação. Foi director da École des hautes
études en sciences sociales e director da célebre revista dos Annales,
cargo para o qual foi nomeado por Fernand Braudel. É autor de vasta
obra."
Eexemplar brochado em bom estado de conservação.
Pouco vulgar.
20€
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