10 novembro, 2012

GUIMARÃES, José Marques – TACTICA NAVAL. Artigo publicado no Jornal do Commercio do dia 25 de Abril de 1902 : pelo vice-almirante… Rio de Janeiro, Typ do Jornal do Commercio, de Rodrigues & C., 1902. In-8º grd. (22,5cm) de 13, [1] p. ; B.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do Almirante Marques Guimarães na capa anterior.
Opúsculo com interesse histórico e militar publicado pouco antes do falecimento do autor.
José Marques Guimarães (Desterro (Florianópolis) 1838 - Rio de Janeiro, 1903). Político e militar de prestígio da Marinha brasileira. “Presidente (governador) do antigo estado do Rio de Janeiro, de 10.12.1891 a 11.12.1891. Presidente do Clube Naval em dois mandatos: de 11/06/1897 a 11/06/1898, e de 11/06/1898 a 11/06/1900. Em 1854 seguiu para a Corte. Assentou praça de aspirante a Guarda-Marinha em 1º de março e matriculou-se na Academia da Marinha. […] Na corveta D. Isabel naufragou a 11 de novembro de 1860, na Costa do Cabo Spartel, no litoral da Berberia. Atendeu galhardamente ao salvamento de um navio incendiado no porto de Nova Iorque, e recebeu elogios. Era homem animoso e franco, tendo tido daí por diante, até à guerra do Paraguai, varias prisões, admoestações e conselhos de guerra, de que se viu absolvido. Primeiro tenente em 24.05.1862, foi eleito deputado à Assembléia Provincial de Santa Catarina. Em 1865 recebeu medalha humanitária por haver salvo náufragos do vapor Marseille e da escuna americana Marrokim. Em novembro de 1865 começa a sentir a guerra do Paraguai. Assume o comando interno da canhoneira Greenhalgh e entra em jogo contra as baterias da Ilha Sant'Ana. Depois novamente bombardeia o Forte de Curupaiti. Promovido a capitão-tenente a 21.01.1867. […] Comandante da canhoneira Araguari e depois da Colombo, corveta encouraçada. Fez o forçamento de Humaitá e entrou no combate às fortificações do Passo de Angostura. Doente, teve licença para voltar ao Brasil. Nomeado diretor do Estabelecimento Naval de Cerrito. Recebeu as comendas da Rosa, de S. Bento de Aviz e a medalha da campanha do Paraguai passadeira de prata nº 3. Ainda esteve na esquadra em Assunção até 1873, voltando para o Rio onde recebeu comissão na Europa. Em 1875 recebeu o Monitor Javary e assumiu-lhe o comando. De volta ao Brasil respondeu a conselho de guerra por desobediência a ordens. Serviu na esquadra em Montevidéu e montou o farol de Arvoredo em Santa Catarina. Em 1880, era capitão de Mar e Guerra. Comandou o cruzador Almirante Barroso e o encouraçado Solimões. Em 1889, nomeado governador do Paraná assumiu o posto a 3 de dezembro. Em 11 de dezembro, dissolveu a Assembléia Legislativa e nomeia para fazer-lhe as vezes uma Comissão Municipal, chefiada pelo Dr. Vicente Machado. Que realmente foi um homem capaz de dirigir o movimento político, naquela emergência. Promovido a contra-almirante, deixa o governo do Paraná a 18 de fevereiro de 1890. Não completou três meses de administração. Comandante da divisão de Cruzadores e logo chefe do Estado Maior da Armada, em 1892, é reformado no posto de vice-almirante, mas reverte ao quadro ativo de Armada, para assumir o cargo de Inspetor de Arsenal da Marinha da Capital Federal. Signatário do Manifesto dos 13 Generais, que se rebelaram contra a posse de Floriano, foi mandado a Cucuí, no extremo norte do país. Sua atuação durante a campanha federalista, foi de oposição velada, sem atitudes desassombradas e nítidas. Mais tarde, Consultor efetivo do Conselho Naval e diretor da Escola Naval. Além das medalhas que já possuía, foi-lhe concedida a de ouro de serviços militares.” (in História biográfica da república no Paraná, de David Carneiro e Túlio Vargas, 1994).
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas apresentam vincos e manchas de humidade marginais.
Raro.
25€

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