GUIMARÃES, José Marques – TACTICA NAVAL. Artigo publicado no
Jornal do Commercio do dia 25 de Abril de 1902 : pelo vice-almirante… Rio de
Janeiro, Typ do Jornal do Commercio, de Rodrigues & C., 1902. In-8º grd.
(22,5cm) de 13, [1] p. ; B.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do Almirante
Marques Guimarães na capa anterior.
Opúsculo com interesse histórico e militar publicado pouco
antes do falecimento do autor.
José Marques Guimarães (Desterro (Florianópolis) 1838 - Rio
de Janeiro, 1903). Político e militar de prestígio da Marinha brasileira. “Presidente
(governador) do antigo estado do Rio de Janeiro, de 10.12.1891 a 11.12.1891.
Presidente do Clube Naval em dois mandatos: de 11/06/1897 a 11/06/1898, e de
11/06/1898 a 11/06/1900. Em 1854 seguiu para a Corte. Assentou praça de
aspirante a Guarda-Marinha em 1º de março e matriculou-se na Academia da
Marinha. […] Na corveta D. Isabel naufragou a 11 de novembro de 1860, na Costa
do Cabo Spartel, no litoral da Berberia. Atendeu galhardamente ao salvamento de
um navio incendiado no porto de Nova Iorque, e recebeu elogios. Era homem
animoso e franco, tendo tido daí por diante, até à guerra do Paraguai, varias
prisões, admoestações e conselhos de guerra, de que se viu absolvido. Primeiro
tenente em 24.05.1862, foi eleito deputado à Assembléia Provincial de Santa
Catarina. Em 1865 recebeu medalha humanitária por haver salvo náufragos do
vapor Marseille e da escuna americana Marrokim. Em novembro de 1865 começa a
sentir a guerra do Paraguai. Assume o comando interno da canhoneira Greenhalgh
e entra em jogo contra as baterias da Ilha Sant'Ana. Depois novamente
bombardeia o Forte de Curupaiti. Promovido a capitão-tenente a 21.01.1867. […] Comandante
da canhoneira Araguari e depois da Colombo, corveta encouraçada. Fez o
forçamento de Humaitá e entrou no combate às fortificações do Passo de
Angostura. Doente, teve licença para voltar ao Brasil. Nomeado diretor do
Estabelecimento Naval de Cerrito. Recebeu as comendas da Rosa, de S. Bento de
Aviz e a medalha da campanha do Paraguai passadeira de prata nº 3. Ainda esteve
na esquadra em Assunção até 1873, voltando para o Rio onde recebeu comissão na
Europa. Em 1875 recebeu o Monitor Javary e assumiu-lhe o comando. De volta ao
Brasil respondeu a conselho de guerra por desobediência a ordens. Serviu na
esquadra em Montevidéu e montou o farol de Arvoredo em Santa Catarina. Em 1880,
era capitão de Mar e Guerra. Comandou o cruzador Almirante Barroso e o
encouraçado Solimões. Em 1889, nomeado governador do Paraná assumiu o posto a 3
de dezembro. Em 11 de dezembro, dissolveu a Assembléia Legislativa e nomeia
para fazer-lhe as vezes uma Comissão Municipal, chefiada pelo Dr. Vicente
Machado. Que realmente foi um homem capaz de dirigir o movimento político,
naquela emergência. Promovido a contra-almirante, deixa o governo do Paraná a
18 de fevereiro de 1890. Não completou três meses de administração. Comandante
da divisão de Cruzadores e logo chefe do Estado Maior da Armada, em 1892, é
reformado no posto de vice-almirante, mas reverte ao quadro ativo de Armada,
para assumir o cargo de Inspetor de Arsenal da Marinha da Capital Federal. Signatário
do Manifesto dos 13 Generais, que se rebelaram contra a posse de Floriano, foi
mandado a Cucuí, no extremo norte do país. Sua atuação durante a campanha
federalista, foi de oposição velada, sem atitudes desassombradas e nítidas.
Mais tarde, Consultor efetivo do Conselho Naval e diretor da Escola Naval. Além
das medalhas que já possuía, foi-lhe concedida a de ouro de serviços militares.”
(in História biográfica da república no Paraná, de David Carneiro e Túlio
Vargas, 1994).
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas
apresentam vincos e manchas de humidade marginais.
Raro.
25€
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