22 novembro, 2012

NETO, Capitão David - DÔA A QUEM DOER. 8.º Milhar. Porto, Livraria Tavares Martins, 1933. In-8.º (19 cm) de 256, [1] p. ; B.
1.ª edição.
David Rodrigues Neto (1895-1971). "…Como quinto filho de camponeses pobres, o pequeno David não teve uma infância fácil e começou a trabalhar desde muito cedo, enquanto frequentava a escola primária. Ingressou depois no seminário de Faro, mas acabou por ser expulso, dada a sua rebeldia. Viria a fazer os estudos secundários no Liceu de Faro e, em 1915, foi cumprir o serviço militar. Promovido a alferes em 1916, seguiu com o Corpo Expedicionário Português para a frente de combate na I Grande Guerra. Na Flandres, junto com o seu ordenança, aprisionou uma patrulha alemã, acto que lhe valeu condecorações e a promoção a tenente. Feito prisioneiro na batalha de La Lys (9 Abril 1918), vindo a evadir-se para a Dinamarca, quase no final da guerra.
No regresso a Portugal, foi colocado na guarnição militar de Coimbra (teve a patente de capitão em 1922) e começou a frequentar o curso de Direito, vindo a concluir a licenciatura em 1926, já em Lisboa. Entretanto tinha participado activamente na organização do golpe de 28 de Maio de 1926 e tornou-se num dos militares mais destacados da Ditadura. O Capitão Neto era conhecido como uma das figuras mais proeminentes da Situação, sendo dirigente da "Liga 28 de Maio" e da "Cruzada Nuno Álvares" e um dos fundadores da "União Nacional". Admirador confesso de Mussolini, apoiou o Movimento Nacional-Sindicalista - os chamados "camisas azuis" - lançado por Rolão Preto, em 1933. Nesse ano, publicou o seu livro Dôa a Quem Doer, em que mostra alguma desilusão com os desvios do "espírito do 28 de Maio" e aconselha Salazar a ter cuidado com "corruptos" e "videirinhos"."
(Fonte: www.imprensaregional.com.pt)
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capas oxidadas, com defeitos; 1.º caderno solto.
Invulgar.
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