ARRIAGA, Manuel d’ – NA PRIMEIRA PRESIDENCIA DA REPUBLICA PORTUGUEZA : um rapido relatório. 2.º milhar. Lisboa, Livraria Classica Editora de A. M. Teixeira, 1916. In-8.º (21,5cm) de 304 p. ; E.
1.ª edição.
1.ª edição.
Assinatura de posse de Bento Roma*, com a indicação “Chaves” manuscrito por baixo do nome, na capa de brochura e na f. rosto.
*Coronel Bento Esteves Roma (1884-1953), militar português, à época major, integrou o CEP na Flandres, durante a 1ª Guerra Mundial, onde foi distinguido por actos de bravura; feito prisioneiro na Batalha de La Lys, a 9 de Abril de 1918, seria libertado após o armistício.
Manuel de Arriaga (1840-1917). "Foi o primeiro Presidente da República de Portugal, eleito em Agosto de 1911. “Filiado no Partido Republicano Português, pertencia ao Directório quando rebentou a revolta de 31 de Janeiro de 1891, mas não foi incomodado pelas autoridades. Nesse mesmo ano candidatou-se a deputado pela Madeira tendo sido eleito. Passados alguns anos voltou a assumir funções parlamentares, distinguindo-se na luta contra as instituições monárquicas e contra a corrupção. Entretanto participou activamente em comícios que se realizavam em Lisboa e os seus discursos inflamados contribuíam para aumentar o número de adeptos à causa republicana. Depois do 5 de Outubro foi deputado às Constituintes e, no dia 24 de Agosto de 1911, tomou posse do cargo de Presidente da República. O seu mandato foi muito agitado e cheio de dificuldades porque os diferentes partidos republicanos que então se formaram não se conseguiam entender. Além disso, instalou-se um clima de grande agitação social tendo havido também tentativas de reposição da monarquia. Greves, tumultos, insegurança levaram a sucessivas quedas do governo. Só entre 1911 e 1914 tomaram posse oito governos. Em Janeiro de 1915, Manuel de Arriaga dissolveu o parlamento e consentiu que se instalasse a ditadura de Pimenta de Castro. As reacções não se fizeram esperar. Os opositores reuniram-se, o Presidente da República foi declarado fora da lei e, logo em Maio, rebentou uma revolução que repôs a ordem democrática e o forçou a demitir-se.” Ao abandonar a Presidência da República, Manuel de Arriaga dedicou-se à escrita; em 1916 publica a presente obra - “Na Primeira Presidência da República Portuguesa : um rápido relatório” - onde procura justificar o seu rumo político até à sua demissão.
“O receio de desaparecermos, dum momento para outro, devido á nossa muita edade e ao estado muito precario da nossa saude, e o desejo de deixarmos esclarecidos os factos mais importantes da nossa magistratura, para evitarmos interpretações erradas e falsas criticas, levaram-nos a escrever rapidamente este relatorio com auxilio, apenas, d’alguns documentos, cujas copias possuimos, e da nossa memoria já enfraquecida.”
(Excerto da nota de abertura)
(Excerto da nota de abertura)
Exemplar encadernado em meia de pele com ferros a ouro na lombada; conserva as capas de brochura.
Bom estado de conservação.
Invulgar, com interesse histórico.
Indisponível
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