GRANJO, Antonio - AGUAS. Famalicão, Typ. Minerva de Gaspar Pinto de Sousa & Irmão, 1909. In-8.º (22 cm) de 104 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Obra poética de António Granjo. Um olhar diferente do "herói da República" através de 35 composições em verso.
Edição impressa em papel de superior qualidade, ilustrada com bonitas vinhetas tipográficas encimando cada um dos poemas que compõem a obra.
"Nas lettras d'um missal, no pó d'um pergaminho,
Eu vejo sempre um que d'encanto e de carinho.
Um livro antigo é sempre a voz d'um coração
Que nos veio poisar na palminha da mão,
É sempre a imagem casta e simples d'uma freira
Que arremessou ao fogo a trança derradeira
E só levanta o olhar agora para o ceo...
Um livro antigo é sempre um peito que soffreu,
Uma dor feita verbo, um ai feito oração,
Uma gota de de sangue errando pelo chão
Dos claustros do Passado, a fé d'um cavalleiro
Partindo uma manhã, num barquinho velleiro,
Em demanda da India...
É sempre um livro antigo
Um conselho de pae, o braço d'um amigo."
(Os livros antigos)
António Joaquim Granjo (1881-1921). "Nasceu em Chaves, a 27 de Dezembro de 1881 e faleceu em Lisboa, a 20 de Outubro de 1921. Ingressou no seminário de Braga, em 1893, seguindo os estudos eclesiásticos até 1898, tirando o curo de Teologia no Porto, em 1899, e daí partiu para Coimbra, tendo tirado o bacharelato em Direito na Universidade de Coimbra, em 1907. Nesse ano, regressa a Chaves para exercer advocacia mudando-se para Lisboa em 1919. Assentou praça no regimento de Cavalaria 6 e integrou o Corpo Expedicionário Português no posto de alferes-miliciano. Foi iniciado na Maçonaria em 1911, no triângulo 187, de Santa Marta de Penaguião, com o nome simbólico de Buffon, tendo pertencido também à Carbonária de Chaves. Foi membro do Partido Republicano Português, do Partido Evolucionista e do Partido Liberal. A sua acção política iniciou-se com a participação no Comité Revolucionário Académico, organizando o núcleo revolucionário em Chaves e participando no Comité Revolucionário de Trás-os-Montes e Beiras. Com a implantação da Republica, ascendeu a administrador do concelho de Chaves, vindo a representar esta cidade como deputado de 1911 a 1921. Depois do assassinato de Sidónio Pais, António Granjo insurgiu-se contra a Monarquia do Norte, em 1919. Iniciou a sua carreira governamental como ministro da Justiça durante o governo do coligação de Domingos Leite Pereira e serviu o país como o Chefe do Governo por dois breves mandatos, de 19 de Julho a 20 de Novembro de 1920, num governo liberal, e novamente, de 30 de Agosto a 19 de Outubro de 1921. António Granjo foi assassinado na noite de 19 para 20 de Outubro de 1921, conhecida por Noite Sangrenta."
(LOFT, Manuel e FERREIRA, Sofia in http://resistencia.centenariorepublica.pt/)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Com pequenos defeitos nas capas e na lombada.
Raro.
45€
1.ª edição.
Obra poética de António Granjo. Um olhar diferente do "herói da República" através de 35 composições em verso.
Edição impressa em papel de superior qualidade, ilustrada com bonitas vinhetas tipográficas encimando cada um dos poemas que compõem a obra.
"Nas lettras d'um missal, no pó d'um pergaminho,
Eu vejo sempre um que d'encanto e de carinho.
Um livro antigo é sempre a voz d'um coração
Que nos veio poisar na palminha da mão,
É sempre a imagem casta e simples d'uma freira
Que arremessou ao fogo a trança derradeira
E só levanta o olhar agora para o ceo...
Um livro antigo é sempre um peito que soffreu,
Uma dor feita verbo, um ai feito oração,
Uma gota de de sangue errando pelo chão
Dos claustros do Passado, a fé d'um cavalleiro
Partindo uma manhã, num barquinho velleiro,
Em demanda da India...
É sempre um livro antigo
Um conselho de pae, o braço d'um amigo."
(Os livros antigos)
António Joaquim Granjo (1881-1921). "Nasceu em Chaves, a 27 de Dezembro de 1881 e faleceu em Lisboa, a 20 de Outubro de 1921. Ingressou no seminário de Braga, em 1893, seguindo os estudos eclesiásticos até 1898, tirando o curo de Teologia no Porto, em 1899, e daí partiu para Coimbra, tendo tirado o bacharelato em Direito na Universidade de Coimbra, em 1907. Nesse ano, regressa a Chaves para exercer advocacia mudando-se para Lisboa em 1919. Assentou praça no regimento de Cavalaria 6 e integrou o Corpo Expedicionário Português no posto de alferes-miliciano. Foi iniciado na Maçonaria em 1911, no triângulo 187, de Santa Marta de Penaguião, com o nome simbólico de Buffon, tendo pertencido também à Carbonária de Chaves. Foi membro do Partido Republicano Português, do Partido Evolucionista e do Partido Liberal. A sua acção política iniciou-se com a participação no Comité Revolucionário Académico, organizando o núcleo revolucionário em Chaves e participando no Comité Revolucionário de Trás-os-Montes e Beiras. Com a implantação da Republica, ascendeu a administrador do concelho de Chaves, vindo a representar esta cidade como deputado de 1911 a 1921. Depois do assassinato de Sidónio Pais, António Granjo insurgiu-se contra a Monarquia do Norte, em 1919. Iniciou a sua carreira governamental como ministro da Justiça durante o governo do coligação de Domingos Leite Pereira e serviu o país como o Chefe do Governo por dois breves mandatos, de 19 de Julho a 20 de Novembro de 1920, num governo liberal, e novamente, de 30 de Agosto a 19 de Outubro de 1921. António Granjo foi assassinado na noite de 19 para 20 de Outubro de 1921, conhecida por Noite Sangrenta."
(LOFT, Manuel e FERREIRA, Sofia in http://resistencia.centenariorepublica.pt/)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Com pequenos defeitos nas capas e na lombada.
Raro.
45€
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