SCHWALBACH, Luís - A GEOGRAFIA DA CIRCULAÇÃO E OS AGREGADOS HUMANOS - O ENTRONCAMENTO. [Por]... Professor da Universidade de Lisboa. Separata da Revista da Faculdade de Letras, tomo XII. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso nas Grande Oficinas Gráficas "Minerva" de Gaspar Pinto de Sousa, Suc.es Ld.ª - Vila Nova de Famalicão], 1946. In-4.º (24 cm) de 14, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Importante trabalho sobre a cidade do Entroncamento, cujo estabelecimento e progresso se deve à sua localização estratégica ferroviária.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
Opúsculo com interesse histórico e sociológico, publicado no ano seguinte à elevação do Entroncamento a vila (1945). Ilustrado ao longo do texto com mapas e fotogravuras a p.b.
"Concelho criado pelo decreto-lei n.º 35:184, de 24/11/1945, com parte das freguesias de Atalaia, do concelho de Vila Nova da Barquinha, e de Santiago, do concelho de Torres Novas.
O Entroncamento deve o seu nome ao facto de aí se entroncarem duas linhas de caminho-de-ferro: Linha do Norte (que liga Lisboa ao Porto), e a Linha da Beira Baixa (que liga o Entroncamento à Guarda). O que antes era um espaço ermo desenvolveu-se, em grande medida, devido à passagem do comboio. Dessa forma, o Entroncamento acabou por se tornar uma freguesia autónoma, sendo desanexada de Torres Novas e Vila Nova da Barquinha em 25 de agosto de 1926.
Posteriormente, a 24 de novembro de 1945, devido ao continuado progresso aí verificado, a sua sede foi elevada à categoria de vila tornando-se, ao mesmo tempo sede de município independente, tendo mais tarde sido elevada à condição de cidade (em 20 de junho de 1991)."
(Fonte wikipédia)
Relativamente a esta obra, com a devida vénia a Carlos Barbosa Ferreira, transcrevemos parte de um post por si publicado no blogue 3º frt. do pinhal da lameira, cujo link infra indicamos:
"A Geografia da Circulação e os Agregados Humanos. O Entroncamento, de Luís Schwalbach, publicada como separata da Revista da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tomo XII, em 1946, é o primeiro estudo académico que conhecemos sobre o Entroncamento.
O trabalho divide-se em duas partes. A primeira faz uma abordagem teórica e descritiva à geografia da circulação, abordando os diferentes meios de transporte e o modo como eles influíram na mobilidade, na distribuição da população e na paisagem. A segunda parte faz uma abordagem ao Entroncamento, que ao surgir e crescer com o caminho de ferro, constituiu um exemplo perfeito da teoria inicial.
No que a nós mais nos interessa, descreve o território, físico e administrativo, a sua evolução demográfica e urbana e o papel de interface na conjugação do transporte ferroviário com o rodoviário.
Justifica, com o seu rápido crescimento, a classificação como vila, a formação do concelho e a previsível ascensão a cidade.
A Geografia da Circulação e os Agregados Humanos. O Entroncamento, de Luís Schwalbach, é um clássico..."
(Fonte: https://pinhallameira.blogspot.com/2013/05/)
"Quando em 1862 começou a exploração do troço da linha de Leste compreendido entre a Ribeira de Santarém e Abrantes, a via férrea servia um lugarejo denominado Ponte da Pedra, a cerca de légua e meia de Torres Novas. De acordo com a opinião expressa por vários engenheiros ao serviço da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses ficou resolvido efectuar o enlace entre essa linha e a do Norte junto àquele local, tendo sido escolhida uma faixa de terreno a Oeste da Ribeira da Ponte da Pedra; apareceram desde logo os primeiros edifícios relacionados com a vida ferroviária (gare, oficinas, habitações para funcionários da Companhia, etc.) e o minúsculo povoado tornou-se conhecido por um vocábulo que correspondia ao motivo fundamental da sua origem: o Entroncamento. Não demorou também a construção de casas de hóspedes e de pequenas lojas, esboçando-se assim o que em 1926 deveria representar o núcleo de uma nova freguesia do concelho de Vila Nova da Barquinha (comarca da Golegã). [...]
Dado o valor estratégico do Entroncamento - ligação entre a linha do Norte, com as suas derivantes, e as linhas de Leste (ramal de Cáceres) e da Beira Baixa - o Ministério da Guerra fixou aí ou nas suas proximidades a sede de bastantes serviços (batalhão de Sapadores dos Caminhos de Ferro, esquadrão de Cavalaria Motorizada, sucursal da Manutenção Militar, secção do Depósito Geral de Medicamentos Sanitários e de Hospitalização e Posto Fiscal), o que naturalmente ocasionou um decidido acréscimo na actividade da povoação."
(Excerto de O Entroncamento)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar no seu acervo.
25€
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