09 março, 2021

SAGUER, Theophilo - FALEMOS DA GUERRA.
[Por]... Professor do Conservatorio. [Prefacio do Dr. Santos Gil, Prof. do Conservatorio e do Lyceu Passos Manoel]
. Lisboa, [s.n. - Composto e Impresso no Centro Tip. Colonial, Lisboa], Outubro de 1920. In-8.º (21,5 cm) de [2], 61, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Obra interessantíssima, talvez a mais invulgar da bibliografia do autor. Numa visão muito pessoal do conflito, o autor discorre sobre a Grande Guerra, as causas que concorreram para a sua eclosão e os responsáveis. Faz um balanço do pós-guerra e aponta a democracia - num apontamento visionário muito curioso - como o caminho a seguir para a salvação da humanidade.
Livro muito valorizado pela dedicatória manuscrita do autor, datada, ao Maestro Pedro Blamelo.
Matérias: I. - Lições da guerra - Ambições que falharam - Profecia cumprida - A Força e o Direito. | II. - Civilisação e guerra - O Ideal latino e o germânico - Valentia e baixeza - A Marselheza hino da liberdade. | III. - Um «livro branco» de monstruosas malicias - Fazer o mal e a caramunha - Mentiras refalsadas - A verdade nua e crua - Metternichs e a politica cavilosa. | IV. - A politica prussiana no século XIX, as anexações - O papel de Bismark - Guerras e alianças - Habilidades politicas - A guerra franco-prussiana (1870). | V. - Depois de seis mezes de silencio o auctor volta a ocupar-se das questões da guerra - Feita a Paz seguem-se as mesmas mentiras as mesmas ambições e o mesmo e egoismo. | VI. - Guilherme II e a atitude da Holanda - Já se esqueceram os milhões de mortos - Os estropeados, as miserias e o esgotamento da humanidade de que Guilherme II foi o maior culpado. | VII. - A crise moral - O crime dos neutros - O heroismo portuguez. | VIII. - Ainda a crise moral - O açambarcador - O novo rico - A falta de honra e a falta de vergonha - O bolchevista imitando o burguês. | IX. - A guerra e a patria - O que é a democracia - Como a democracia ha-de salvar a humanidade - A taboleta do bolchevismo servindo de isca aos germanofilos - Remedios do mal contemporaneo - Reflexões filosoficas.
Teófilo Saguer (1880-1954). "Filho de João Saguer Carbonell, natural de Peratallada, província de Girona (Catalunha) e de Francisca Antónia, filha ilegítima de João Alexandre Guerreiro Barradas, nasceu em Grândola em 1 de dezembro de 1880. Demonstrando, desde cedo, dotes musicais, assentou praça em Caçadores 5 e matriculou-se no Conservatório Nacional. Integrou a banda da Guarda Nacional, ingressou nas orquestras dos Teatros de São Carlos e da Trindade e, mais tarde, como trompista, nas orquestras sinfónicas de Lambertini, Blanch, Cardona e David de Sousa. Em 1912, casou com a violoncelista Adelaide Guerreiro Saguer e, nas palavras da filha Albertina Saguer, com ela viveu uma vida de perfeita comunhão de ideais, a par tocando, ensinando e escrevendo. 4 Em março de 1915 estreou-se como compositor no Teatro Politeama com o poema sinfónico Ode à Bélgica e, no mesmo ano, apresentou e dirigiu em São Carlos a Abertura Sinfónica. Quatro anos depois, tornou-se professor de Composição no Conservatório onde regeu as cadeiras de Ciências Musicais, Piano e Instrumentos de Sopro e Metal, atingindo o grau de professor de Alta-Composição. Dedicou-se ao estudo da musicologia e exerceu crítica musical publicando artigos em diversos jornais. Foi autor das seguintes obras: Monárquicos e Republicanos, Falemos da Guerra, A Entoação, A Anarquia dos Sons, Pedagogia Musical e A Radiotelefonia, para além de outras que deixou inéditas. Segundo sua filha, quando a doença o acometeu, veio despedir-se de Grândola, que entre todos os lugares da terra, ele, Teófilo, a conservou sempre no lugar que lhe cabia, e que para ele, seu filho distante e sempre presente, foi sempre o primeiro. Faleceu em Lisboa, em 1 de dezembro de 1954."
(Fonte: http://arquivo.cm-grandola.pt/_docs/Os%20Guerreiro%20Barradas%20e%20a%20M%C3%BAsica.pdf)

Exemplar brochado, por abrir, em bom estado geral de conservação. Capa apresenta mancha de humidade antiga à cabeça.
Raro.
Indisponível

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