06 março, 2021

CANTOS, Paulo - LISBOA. [Roteiro gaio-útil - Lisboa dentro da Betesga, ou bodas d'urânio da - Alface frescalhota].
Por... [Quarta Edição]
. [S.l.], [s.n. - Composto, impresso e depósito na Liga dos Combatentes da Grande Guerra - Lisboa], [1947?]. In-8.º (18,5 cm) de 192 p. ; il. ; B.

Obra ilustrada com bonitos e curiosos desenhos ao longo das páginas de texto.
Roteiro de Lisboa e Arredores, livro sui generis, interessantíssimo, como aliás toda a imaginativa produção artística-tipográfica do autor.
O volume foi concebido em jeito de agenda, contendo os seguintes capítulos, partindo das iniciais que compõem a palavra LISBOA:
L - Leste - Risco do 1.º Bairro - Freguesias : Presépios
I - In centro (Baixa, etc.) - Debuxo do 2.º Bairro - Freguesias Ruidosas!
S - Sul, a Norte, pelo Bairro Alto. - Traçado do 3.º Bairro - Freguesias Cidades
B - Belo Oeste. Topodiagrama do 4.º Bairro - Freguesias Marinheiras
O - Os arruamentos - Abreviaturas
A - Arre! dores... - Arredores
Paulo de Cantos (1892-1979). "Nasceu em Lisboa, estudou em Coimbra, onde foi contemporâneo de Salazar. Foi professor no Liceu Pedro Nunes, reitor do Liceu Eça de Queiroz, na Póvoa de Varzim, fez cursos de química, belas-artes e até vitivinicultura. Regressou a Lisboa onde fundou o Centro de Profilaxia da Velhice na sua casa, e criou a Bibliarte, um alfarrabista por onde passaram Fernando Pessoa, Cesariny, entre outros.Não é fácil sintetizar quem foi Paulo de Cantos (1892-1979). Professor, editor, gráfico, filantropo, filólogo. Foi tudo isto, mas talvez a melhor forma de o descrever seja a expressão “o livr-o-mem” (o livro-homem). O interesse em torno de Paulo de Cantos surge precisamente por causa dos livros, manuais didácticos, opúsculos, que editou freneticamente desde os anos 20 do século passado até morrer. São livros sobre os mais diversos temas - linguística, geografia, anatomia, literatura, matemática, folclore – e cuja particularidade é a forma como aproveitou a composição tipográfica para criar esquemas, desenhos estilizados, mapas antropomórficos. O resultado é um trabalho de vanguarda, praticamente desconhecido, muito visual, com uma preocupação pedagógica. Não é raro encontrar livros que podem ser lidos nos dois sentidos como Os reis do RISO…As leis do SISO (sem data) ou Sal-Azar/Sol!Az!!Ar!! (1961?). Ou ainda o Adágios (1946?), que compila um conjunto de adágios traduzidos em 10 línguas. De Cantos criou ainda uma língua própria. Depois de uma viagem ao Brasil, por volta de 1965, o autor organizou em sua casa um Congresso Luso-Brasileiro dedicado à língua portuguesa. Daí surgiu a ideia de unificar a grafia das duas línguas, a que chamou PAK."
(Fonte: https://www.publico.pt/2013/03/23/culturaipsilon/noticia/paulo-de-cantos-um-editor-a-frente-do-seu-tempo-1588835)
Exemplar em brochura, por abrir, bem conservado. Lombada apresenta pequena falha de papel na extremidade inferior.
Raro.
A BNP possui apenas um exemplar no seu acervo, não aludindo à edição.
Com interesse bibliográfico e olisiponense.
Peça de colecção.
Indisponível

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