1.ª edição.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor ao poeta Vaz Passos.
Edição original daquela que é considerada, por muitos, a obra maior de Leonardo Coimbra.
"As almas verídicas (porque ha aparencias, esboços d'alma) nutrem-se dum unico alimento - o absoluto.
Procurar a substancia, o intimo das cousas, o que é, para além do que aparece, eis a ansiosa tarefa das almas.
O homem comum vive numa concha, formada dos seus habitos, deposito dum secular arranjo social.
Não se interroga, não pressente que, em torno dessa concha, marulha um infinito Oceano, removido de infinitas actividade e fórmas.
No entanto, ele mesmo acredita na absoluta solidez da sua concha, ele mesmo tem um direito e um dever. E quem deve, crê na singular excelencia do seu dever.
Por maior que seja o circulo do septicismo, alguns pontos solidos, alguns nucleos de realidade se encontram donde em onde, inexpugnaveis e serenos, sob o embate vertiginoso da duvida.
Entre eles, elevado e rutilo, como no meio dum oceano brumôso, soberba Montanha de verdes pâmpanos e poeiras de Sol, abre em asa o Píncaro da Alegria.
Nenhuma expressão mais clara, mais viva, mais fresca, mais originaria e directa que a Alegria!
Tão directa que quasi não é expressão!"
(excerto de A Alegria)
Leonardo Coimbra (1883-1936). Professor, orador, político e
filósofo português. “Leonardo José Coimbra nasceu na Lixa (Borba de Godim),
concelho de Felgueiras, em 29 de Dezembro de 1883, filho do Dr. António Inácio
Coimbra, médico, e de D. Bernardina Teixeira Leite Coimbra.
Fez os estudos secundários no Colégio do Carmo, em Penafiel, e posteriormente frequentou a Universidade de Coimbra, a Escola Naval de Lisboa, a Academia Politécnica do Porto e o Curso Superior de Letras.
Fez os estudos secundários no Colégio do Carmo, em Penafiel, e posteriormente frequentou a Universidade de Coimbra, a Escola Naval de Lisboa, a Academia Politécnica do Porto e o Curso Superior de Letras.
Leccionou em diversos liceus: no Liceu Central, no Porto
(1910-1911); no Liceu Eça de Queiroz, da Póvoa de Varzim (1912-1913); nos
Liceus Rodrigues de Freitas e Sampaio Bruno, do Porto (1914-1918); no Liceu Gil
Vicente, de Lisboa (1918-1919). Leccionou, também, na Universidade Popular da
Póvoa de Varzim (de 27 de Dezembro de 1913 a 8 de Abril de 1914) e na Universidade
do Porto (de Abril a Maio de 1914). Mas a sua principal actividade pedagógica
foi a que exerceu de 1919 a 1931 como professor catedrático e director do grupo
de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, por ele fundada
quando Ministro da Instrução Pública, em 1919, de que também foi Director. Com
a extinção da Faculdade de Letras do Porto, regressou ao Liceu Rodrigues de
Freitas (1931-1936).
Entre 1911 e 1912 dirigiu o Colégio dos Órfãos de Braga.
Neste último ano, fundou a Renascença Portuguesa. Professor Filósofo, criador
de "O Criacionismo" (Esboço de um Sistema Filosófico), publicou cerca
de vinte livros entre 1912 e 1935.
Em 1913, filiou-se no Partido Republicano Português e aderiu
à Maçonaria. A filiação neste partido cessou em 1925 quando aderiu à Esquerda
Democrática, onde fez propaganda a favor da intervenção de Portugal na Primeira
Grande Guerra. Em 1918, durante o Sidonismo, esteve preso.
Foi eleito deputado ao Parlamento por Penafiel (Maio de
1919) e pelo Porto (Janeiro de 1922) e, por duas vezes, foi Ministro da
Instrução Pública. A primeira, entre 2 de Abril e 28 de Junho de 1919, a
segunda, de 30 de Novembro de 1922 a 8 de Janeiro de 1923.
Nos finais de 1935 converteu-se à Igreja Católica, casou e
baptizou o filho. Faleceu a 2 de Janeiro de 1936, no Porto, três dias depois de
um despiste de automóvel na descida da Serra de Baltar.”
(Texto de Maria de Fátima Coelho Videira, 2008, in https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=1000779)
Belíssima encadernação em meia de pele com nervuras e ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Aparado à cabeça, com o corte das folhas carminado. Capa posterior apresenta falha de papel no canto inferior direito.
Raro.
Indisponível
(Texto de Maria de Fátima Coelho Videira, 2008, in https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=1000779)
Belíssima encadernação em meia de pele com nervuras e ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Aparado à cabeça, com o corte das folhas carminado. Capa posterior apresenta falha de papel no canto inferior direito.
Raro.
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