18 março, 2023

RAMOS, Mario Paredes - ANTÓNIO FRANCISCO BARATA : notícia bio-bibliográfica com alguns inéditos. [S.l.], [s.n. - Edição do Autor - imp. Tip. de Ventura Cardoso, Cucujães - O. de Azeméis], 1945. In-8.º (22 cm) de 55, [3] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Apontamento biográfico de António Francisco Barata (Góis, 1836 - Évora, 1910), conhecido dramaturgo e romancista autodidacta. Inclui reprodução da sua correspondência, relacionada sobretudo com a sua produção bibliográfica.
Livro ilustrado com um retrato do biografado em extra-texto.
Publicação restrita a 250 exemplares, numerados e rubricados pelo autor.
Duplamente valorizado pela sua dedicatória autógrafa na f. ante-rosto ao insígne historiador ilhavense Dr. António da Rocha Madahil.
António Francisco Barata (Góis, 1836 - Évora, 1910). "Erudito, publicista, escritor, historiador e grande observador dos costumes nacionais. Órfão e sem recursos, iniciou-se na vida profissional como aprendiz de barbeiro em Coimbra. Espírito curioso e amante da leitura, o contacto com os lentes da Universidade, que frequentavam a barbearia onde trabalhava, determinaram a sua formação de autodidacta. Aos 24 anos publicou a primeira obra, sob o título, Lucubrações de Um Artista (1860), que reunia algumas composições poéticas. No ano seguinte (1861) dava à estampa a Breve memória histórica acerca da velha Coimbra, arrasada por Ataces e Remismurado, e da fundação ou edificação da actual Coimbra; em 1862 um drama em quatro actos, A Conquista de Coimbra; e em 1863, as Novas Lucubrações de Um artista. Trabalhador infindável e polemista vigoroso, é extensíssima a sua obra dividida em vários géneros literários, tendo firmado alguns dos seus escritos com os pseudónimos de D. Bruno da Silva e Bonifaciano Tranca Ratos, este adoptado em polémicas e em assuntos que se prestavam à ironia. Colaborou com os vários periódicos existentes em Évora, Elvas, Estremoz, Barcelos e Coimbra. A sua bibliografia é bastante vasta, pois era profundo conhecedor dos costumes e história da região de Évora, dedicando à cidade a sua vida e erudição, através de ensaios de história e arqueologia. Escreveu romances históricos como O Manuelinho de Évora (1873), fez recolha de composições para o Cancioneiro Quinhentista (1902), que se pretendia a continuação do de Garcia de Resende. Colaborou também no Dicionário Heráldico e no Dicionário Espanhol-Português e Português-Espanhol de Figanière (1879). Espírito empreendedor, foi fundador da «Typographia Minerva», inicialmente situada na Praça de Giraldo, nº 40 e 41. Nos primeiros anos do século XX, já velho e doente, ainda produziu algumas obras: Évora e seus arredores (1904), Évora Antiga (1909), e Homenagem de Évora a Alexandre Herculano (1910). Nos últimos anos da sua vida, procurou deixar uma bibliografia de toda a sua produção, Escritos e Publicações de António Francisco Barata - 1866-1908. Personalidade controversa para muitos seus contemporâneos, a verdade é que foi um homem singular."
(Fonte: http://bdalentejo.net/conteudo_a.php?id=103)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

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