MARTINS, General Ferreira - O PODER MILITAR DA GRAN-BRETANHA E A ALIANÇA ANGLO-LUSA. Conferência realizada na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, em sessão solene do Instituto de Coimbra, de 29 de Abril de 1938. Coimbra, Separata do Instituto de Coimbra, vol. 94, 1938. In-4.º (24 cm) de [4], 78, [2] p. ; B.
1.ª edição independente.
Importante resenha histórica da aliança "mais antiga do mundo" - Portugal-Inglaterra - por ordem cronológica, de D. Fernando I (1373) até às negociações bilaterais entre os dois países, com o triângulo estratégico Lisboa-Cabo Verde-Açores na agenda, pouco tempo antes da deflagração da Segunda Guerra Mundial.
De salientar o espaço dado pelo autor na sua alocução à participação de Portugal na Grande Guerra e à cooperação luso-britânica no conflito, destacando-se os seguinte capítulos:
- A Grande Guerra. - Os primeiros cem mil. - Os exércitos de Sir Douglas Haig. - A marinha e a aviação britânicas. - Portugal na Grande Guerra. - Os portugueses na Flandres. - 1918: A Vitória. - A Paz de Versailles. - O período experimental. - As infracções ao Tratado de Paz.
"Em 7 de Agôsto de 1914, três dias depois de ter a Gran-Bretanha entrado decididamente na luta, Portugal fazia saber ao mundo, pela voz do Presidente do seu Govêrno, perante o Congresso da Rèpública, que estava disposto a cumprir «os deveres da aliança que livremente contraímos e a que em circunstância alguma faltaríamos». [...]
Foi preciso que, em Fevereiro de 1916, e ainda por solicitação expressa da nossa aliada, apreendessemos todos os navios inimigos que se encontravam ancorados em todos os portos portugueses, para que o adversário, tomando êsse acto como casus belli, declarasse a guerra a Portugal em 9 de Março seguinte, data a partir da qual cessava perante o mundo a pseudo-neutralidade portuguesa."
(Excerto de Portugal na Grande Guerra)
"Segui-se, em Janeiro de 1917, o envio das primeiras tropas portuguesas para França, a que outros contingentes se sucederam, para constituirem o Corpo Expedicionário Português (C. E. P.) que ia bater-se ao lado dos aliados, na frente ocidental da Europa. [...]
Desde então, passaram portugueses e britânicos a compartilhar, na Flandres, das mesmas tristezas e amarguras - como das mesmas alegrias - de que já vinham comparticipando na costa oriental de África, onde igualmente se batiam, contra o mesmo adversário terrível, tropas brancas e negras das duas nações aliadas."
(Excerto de Os portugueses na Flandres)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos.
Muito invulgar.
Indisponível
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