VIEIRA, Júlio Martins - CAMINHOS DA SERRA. [S.l.], [s.n. - Espaço Gráfico, Lda.], [1997]. In-8.º (20,5 cm) de 118, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Histórias e narrativas das jornadas empreendidas pelo autor, campista associativo militante, à "sua" Serra da Estrela.
Livro muito ilustrado com desenhos e fotogravuras a p.b. ao longo do texto, bem como uma carta militar da Serra em duas páginas. Inclui diversas canções e respectivas partituras.
Tiragem restrita a apenas 600 exemplares.
"Aproximando-se o vigésimo quinto aniversário do Clube de Campismo e Caravanismo da Covilhã, nascido em 27-05-1972, quero deixar este livro como um contributo para o historial deste Clube. [...]
Ireis encontrar algumas páginas com pequenos roteiros pedestres, mais localizados no maciço central da Serra da Estrela. Alguns, ao subirem até ao seu cume, ficavam por ali parados sem saberem o que fazer, no tocante ao embrenhamento no seu interior.
O porquê desses pequenos percursos, deve-se ao facto de não existir nenhuma sinalização dos mesmos, nem tão pouco "bredas" turísticas.
Deste modo pretendo contribuir para o melhor conhecimento da Serra da Estrela."
(Excerto de Do autor para o leitor)
"No ponto mais elevado de Portugal Continental, numa esplanada alterosa, fica O Malhão da Estrela, na Serra do mesmo nome: Estrela A sul dos Cântaros, na quota de 1991 m. a., encontra-se a dita esplanada alargada. O príncipe D. João VI, em 1802, mandou ali construir uma pirâmide de 9 m de altura com pedra extraída no local. Sendo hoje esta pirâmide mais conhecida pelo nome "A Torre", a 2000 m. a.
Ela passou, na época, a servir de elemento à triangulação na carta geográfica do Reino.
Os pastores, ao tempo, tinham por habituação chamarem à pirâmide Malhão Maior. E por quê? Pelo simples facto de eles mesmo terem construído em muitos pontos da Serra alguns malhões com 2m de altura, de características iguais a esta pirâmide. A utilidade destes pequenos malhões para os pastores é guardar os farnéis na sua cúpula, fora do apetite devorador das cabras.
Com o decorrer dos anos, a cúpula da pirâmide foi-se desmoronando aos poucos, por efeito dos gelos e dos ventos fortes próprios dos locais altos.
As pedras caídas das cúpulas da pirâmide, por ignorância as pessoas, foi atribuída à malvadez dos pastores, o que na realidade não correspondia à verdade concreta."
(Excerto de Os 2000 m. a. da Torre e o Cruzeiro)
Exemplar em brochura, bem conservado. Carimbos oleográficos (2) na f. rosto.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar no seu acervo.
Indisponível
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