CORREIA, General J. Santos - O NOVE DE ABRIL E A PRIMEIRA GRANDE GUERRA. Conferência realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa em 9 de Abril de 1953. Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa : Janeiro a Março de 1954. Lisboa, [Distribuidores Gomes & Rodrigues, L.da, 1954. In-4.º (24,5cm) de 34, [2] p. ; [4] f. il. ; B.
1.ª edição.
Conferência
proferida pelo General Santos Correia sobre a participação portuguesa na Grande Guerra, e em especial na Batalha de La Lys, trágico episódio da nossa
história militar, não deixando no entanto de focar os
antecedentes do conflito.
Edição ilustrada com 4 folhas separadas do texto:
1. Mapa do teatro de operações militares com pormenor das frentes. 2. Mapa com dispositivo da 2.ª Divisão, em 8/9 de Abril de 1918. 3. Fotografia do Padrão de Lacouture e Uma trincheira portuguesa. 4. Fotografias da Festa da Vitória - desfile dos combatentes portugueses: em Paris; em Londres.
Livro muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao Coronel Mauro Olavo Correia de Azevedo.
"O Sector Português estava situado numa planície argilosa, que o degelo ou as chuvas transformavam em lamaceios, motivo dos muitos drenos que o atravessavam, permitindo a saída das águas para o rio Lys, ao Norte, e para a ribeira Lawe, sua tributária, a Oeste.
Ao longo dos seus 10 quilómetros de frente, estendia-se uma trincheira contínua - a linha avançada ou Linha A -, em parte cavada nesse terreno, preservando-se os combatentes do contacto da água por meio de grades de madeira colocadas acima do fundo. Um muro de sacos de terra servia-lhe de parapeito; à frente, três faixas de arame farpado dificultavam o seu acesso ao inimigo.
Para além dessa linha, uns 100 a 300 metros, ficava a 1.ª linha inimiga e, entre ambas, a «terra de ninguém», faixa de terra revolvida pelas granadas, onde apenas se via uma ou outra árvore decepada, vestígio de antiga casa ou cratera formada por granada, que a água transformava em pântano. Era uma faixa de desolação e morte: de desolação, pelo seu aspecto triste; de morte, porque, dia e noite, os combatentes a vigiavam."
(Excerto de A Batalha do Lys ou o 9 de Abril)
"O Sector Português estava situado numa planície argilosa, que o degelo ou as chuvas transformavam em lamaceios, motivo dos muitos drenos que o atravessavam, permitindo a saída das águas para o rio Lys, ao Norte, e para a ribeira Lawe, sua tributária, a Oeste.
Ao longo dos seus 10 quilómetros de frente, estendia-se uma trincheira contínua - a linha avançada ou Linha A -, em parte cavada nesse terreno, preservando-se os combatentes do contacto da água por meio de grades de madeira colocadas acima do fundo. Um muro de sacos de terra servia-lhe de parapeito; à frente, três faixas de arame farpado dificultavam o seu acesso ao inimigo.
Para além dessa linha, uns 100 a 300 metros, ficava a 1.ª linha inimiga e, entre ambas, a «terra de ninguém», faixa de terra revolvida pelas granadas, onde apenas se via uma ou outra árvore decepada, vestígio de antiga casa ou cratera formada por granada, que a água transformava em pântano. Era uma faixa de desolação e morte: de desolação, pelo seu aspecto triste; de morte, porque, dia e noite, os combatentes a vigiavam."
(Excerto de A Batalha do Lys ou o 9 de Abril)
Índice: [Preâmbulo]. | O Anteguerra. | A Guerra. | A intervenção de Portugal na Guerra. | O C. E. P. | A Batalha do Lys ou o 9 de Abril. | A Continuação da Guerra. | A Última Ofensiva. | A Cooperação de Portugal. | Dois esboços. | Quatro fotografias, of. do Sr. A. Garcês.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
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